23/03/2023 às 15h59min - Atualizada em 24/03/2023 às 00h08min

De olho na inovação, empresas investem em educação tecnológica na rede pública

Empresas inovadoras e de olho no futuro das próximas gerações, buscam através das leis de incentivo, patrocinar projetos que levam formação tecnológica para dentro das escolas.

SALA DA NOTÍCIA Anna Cecilia Galvão de França
cgceducacao.com.br
divulgação

Enquanto a Microsoft anuncia novo recurso de inteligência artificial, Brasília está sediando a maior competição de robótica educacional do Brasil.  E Sobral (CE), município que leva o título número 1 por oferecer a  melhor educação do País, introduzirá a disciplina Pensamento Computacional no currículo escolarA tecnologia chegou ao novo século a um patamar que não tem mais volta e exige que as futuras gerações dominem as máquinas, para não se deixarem dominar.

Empresas inovadoras e de olho no futuro das próximas gerações, buscam através das leis de incentivo, patrocinar projetos que levam formação tecnológica para dentro das escolas.  Para o diretor da agência Muda Cultural, Ítalo Azevedo, o interesse das empresas por projetos formativos começou a alguns anos, quando a cultura digital chegou ao Brasil.

Um dos projetos da Muda Cultural, é o Aprendizes Digital, que está em sua 3ª edição e leva oficinas semanais de robótica educacional para alunos das escolas públicas em vários cantos do País. O projeto também prevê a formação dos professores das instituições contempladas.

“Desde o primeiro ano do projeto, os alunos e os professores ficaram muito envolvidos. Nossos estudantes são de classe média baixa, e nunca teriam acesso à robótica, se não fosse contemplado pelo Aprendizes Digital”, conta o diretor André Luiz da Silva, da EE Prof. Sebastião de Souza Bueno, na Vila Medeiros em São Paulo.

Para o diretor do Transformative Learning Technologies Lab – TLTL – da Universidade de Columbia, Paulo Blikstein, investir em projetos de inovação é uma forma de tornar o ensino mais significativo, desde que todas as ferramentas estejam atreladas à aprendizagem.

Mais importante do que a tecnologia brilhando na mesa, é permitir um espaço de criação e descoberta para os alunos. “A geração atual nasceu conectada. Quando levamos para a sala de aula problemas para os alunos resolverem através da robótica, eles se sentem mobilizados e pensam fora da caixa”, conta Thiago Costa, coordenador da Robomind, empresa de robótica educacional e responsável pelas oficinas oferecidas pelo projeto.

“Houve ano que a empresa patrocinadora Clearsale – de segurança cibernética- chamou dois alunos do ensino médio que haviam terminado o curso, a estagiarem na empresa”, conta Thiago. Ele explica que o intuito do projeto é dar aos alunos o acesso a ferramentas que provocam o desenvolvimento das suas habilidades, tanto em sala de aula, como futuramente na vida profissional.

Empresas privadas interessadas a incentivar projetos que introduzem a tecnologia, através da arte e da cultura, no currículo escolar das escolas públicas por meio das leis de incentivo, podem optar pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, e o ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo), através de incentivos fiscais.  

A Lei Federal de Incentivo à Cultura permite que empresas e pessoas físicas financiem projetos culturais e tenham os valores abatidos do Imposto de Renda. Já o programa de incentivo do Governo do Estado, executado por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, permite que as empresas patrocinem projetos e com isso abatam parte do valor investido do ICMS devido.


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