DivulgaçãoA retomada do trabalho híbrido e presencial após os períodos mais críticos da pandemia não apenas transformou as formas de produzir nas empresas, como intensificou a realização de eventos corporativos. Seja em reuniões internas para treinamentos dos funcionários ou em convenções organizadas fora das sedes das corporações, a demanda vem contribuindo para aumentar a procura por serviços de buffet. Segundo levantamento do portal especializado Feiras do Brasil, a demanda reprimida por eventos presenciais em 2022, após dois anos de pandemia, gerou um número recorde, com aumento de cerca de 160% em relação ao ano anterior. A tendência de crescimento deve se confirmar em 2023, favorecendo o mercado de buffets.
O balanço apresentado pelo Feiras do Brasil traz o Estado de São Paulo no topo da lista, com 2.658 feiras e eventos realizados em 2022. Em todo o país, 896 cidades sediaram 6.165 feiras e eventos no ano passado.
A considerar os bons resultados do levantamento nacional, 2023 deve ser promissor para todos os serviços que atuam em eventos, especialmente os corporativos.
Recepção, orientação de público, coffee break, e tudo o que envolve os buffets, têm movimentado os dias úteis do setor, que antes concentrava suas atividades prioritariamente nos fins de semana. A possibilidade de trabalho com a agenda mais fixa dos eventos corporativos é algo que agrada aos profissionais do ramo, embora o mercado ainda se ressinta da falta de mão de obra especializada.
“Quando se trata de aniversário e casamento, por exemplo, falamos de eventos realizados entre sexta-feira e domingo”, avalia a empresária Tatiana Porcari. Juntamente com a sócia Giovanna Teixeira, ela é proprietária em Campinas (SP) do buffet Fala Que Eu Cozinho.
“No caso de eventos corporativos, as atividades se estendem pelos dias úteis, com reuniões, treinamentos e convenções realizados pelas empresas”, destaca Giovanna.
O Fala Que Eu Cozinho é um buffet móvel que desloca sua estrutura tanto para os salões de festas particulares quanto para as sedes das empresas ou locais escolhidos pelas corporações para a realização de convenções e encontros com muitos participantes. “Nós contamos com uma base, que tem o escritório e a nossa cozinha, onde produzimos os alimentos”, explica Tatiana.
A demanda por eventos corporativos representa oportunidade de trabalho, segundo as empresárias. “No setor são muitas vagas abertas, mas os buffets, de um modo geral, têm tido dificuldade para encontrar mão de obra especializada em cozinha, atendimento e outras funções”, diz Giovanna.
Enquanto os aniversários, casamentos e outras festas particulares agregam trabalhadores interessados em fazer uma renda extra, as contratações dos serviços de buffets pelas empresas demandam vagas mais fixas.
“A considerar o crescimento da procura neste início de 2023 pelos eventos corporativos, é bem provável que haverá ainda mais oferta de trabalho este ano”, aposta Tatiana Porcari. “Com o aumento da demanda, esperamos poder contar também com mais profissionais especializados no mercado”, completa Giovanna Teixeira.
