27/02/2023 às 11h47min - Atualizada em 27/02/2023 às 20h09min

Livro didático figital integra universo digital ao impresso

Para manter alunos interessados, edtech usa programa multidisciplinar, com livro híbrido criado a partir de conteúdo exclusivo da BBC Learning e BBC Bitesize

SALA DA NOTÍCIA Priscila Nishimori
Divulgação

Em meio às discussões sobre o uso da Inteligência Artificial, como o ChatGPT, celebrar o dia nacional do livro didático, em 27 de fevereiro, abre espaço para muitos questionamentos. Entre eles está o uso de material impresso em sala de aula. 

Para a gerente pedagógica da amais educação, Veruska Alves, os livros não vão morrer, mas precisam se adequar para a realidade atual. “Vivemos em uma era com forte presença do digital, então é natural que os livros físicos também usem esse recurso como seu aliado”. 

A representante da edtech fez parte do time que estruturou o aplus, programa bilíngue para brasileiros feito com conteúdos exclusivos da BBC Learning e BBC Bitesize, e que utiliza a solução “figital”, que integra materiais físicos e digitais sem a necessidade de logins ou acessos multi faseados. 

“O livro didático tem duas funções principais, a primeira é auxiliar o docente a aplicar o conteúdo para que o aluno aprenda e retenha o conhecimento adquirido. A outra função é despertar o interesse do estudante sobre o tópico estudado e até provocá-lo a buscar novas fontes”, explica Veruska. 

Para enriquecer a experiência de aprendizagem, o aplus adota a metodologia baseada em projetos, educação maker, STEAM e com foco no desenvolvimento de habilidades socioemocionais, além de trazer conteúdo multidisciplinar alinhado com as habilidades e competências previstas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 

Outro diferencial está no preparo dos docentes. A edtech amais educação oferece apoio às escolas por meio de assessoria pedagógica e formação inicial  e continuada para professores, principalmente no que refere à abordagem CLIL (Content and Language Integrated Learning), que prevê o ensino de diferentes conteúdos por meio da língua inglesa.  

Alguns professores dão aula em mais de uma escola e se familiarizar com diversos materiais didáticos diferentes sozinhos pode ser desafiador.  “Quando a escola escolhe o livro, o professor precisa conhecer o material para estruturar sua aula. Fazer isso com apoio fica muito mais fácil. Por isso, optamos por um programa bilíngue completo e uma metodologia imersiva e integrada com outras disciplinas para que o aluno aprenda e pratique o segundo idioma de maneira orgânica e fluída”, finaliza Veruska. 

Não há espaço para livros ruins

No Brasil, o material impresso tem um custo elevado e isso pesa no bolso das famílias. Por isso, o gestor escolar precisa analisar com atenção os materiais que serão selecionados para o ano letivo. 

Segundo Paulo Dantas, CEO da Troika, consultoria full-service em educação e referência na elaboração de materiais para o mercado educacional, existem alguns pontos que são fundamentais para a escolha do material didático. Veja abaixo os quatro pontos principais apresentados por Dantas:

As mensagens e o conteúdo textual devem ter aderência ao projeto pedagógico escolhido pela instituição.

A proposta do programa precisa corresponder ao modelo de ensino adotado pela escola, por exemplo, os bilíngues devem trazer vivências de outras áreas do saber para além da língua inglesa, enquanto, os programas com carga estendida de qualidade precisam ter uma multidisciplinaridade para uma aquisição linguística mais sólida. 

O material didático precisa oferecer suporte ao professor para que ele seja capaz de apresentar o conteúdo e proporcionar uma aprendizagem de alto impacto para o estudante. A escola precisa olhar para a experiência que o professor tem com esse material e é importante envolver o docente na escolha.  

Os gestores precisam observar o que o programa oferece para além do livro didático, pois em abordagens interdisciplinares, por exemplo, os professores precisam ser capacitados em outras disciplinas, em alguns casos, precisam conhecer metodologias ativas se for aplicar a disciplina de forma mais comunicativa e com menos conteúdo textual. Oferecer um programa que traga sinergia entre o material e as habilidades necessárias para a aplicação em sala é fundamental para que o conteúdo seja transmitido com mais qualidade.   

 

O que não vemos

Além disso, é importante que o gestor da escola esteja atento à disponibilidade do material e o prazo de entrega nos pontos de distribuição. Isso porque da solicitação até a chegada na escola existe uma questão logística importante. 

O planejamento e a escolha do modal de transporte faz toda diferença e deve estar alinhada a quantidade de material. “Neste primeiro ano entregamos mais de 30 mil livros do aplus para 18 estados. O sucesso do lançamento superou as expectativas e novos livros tiveram que ser impressos. Ainda assim, buscamos em três semanas a produção de mais livros e uma logística aérea. Trabalhamos para que tudo chegasse em tempo hábil, garantindo o início das aulas com os materiais em sala à disposição dos alunos”, relata Fabrício Pereira, Gerente Executivo de Operações da amais educação. 

O atraso do material didático pode prejudicar o desenvolvimento das atividades pedagógicas previstas pela escola e atrapalha a preparação da aula pelos professores. Além de gerar insatisfação de pais e alunos. 

“Sempre tivemos como compromisso cumprir o prazo de entrega e oferecer o melhor material didático possível, tanto em termos de qualidade física quanto de conteúdo. Fizemos questão de enviar tudo embalado para que o estudante fosse o primeiro a ter contato com o livro dele. São detalhes pequenos, mas que fazem muita diferença”, completa Pereira.


 
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