28/06/2023 às 17h10min - Atualizada em 28/06/2023 às 16h54min

Tudo o que necessita saber sobre a histerectomia total em mulheres

Provavelmente já ouviu falar de histerectomia, um procedimento cirúrgico que não é muito agradável. Este consiste na remoção total do útero da mulher, o que significa que leva a algumas consequências menos positivas.

A mulher deixa de poder engravidar, de menstruar e pode inclusive levar ao
envelhecimento precoce. Contudo, é um procedimento indispensável para responder a problemas de saúde graves, como o saneamento abdominal, a prolapse uterina e o cancro.

Actualmente, a medicina está num nível altamente avançado, com novas conquistas a uma velocidade impressionante. Isto significa que a histerectomia total em mulher é um procedimento cirúrgico cada vez mais simples e rápido.

A sua recuperação demora em média entre quatro a seis semanas, dependendo do tipo de procedimento. É que, além do útero, a maioria das histerectomias podem exigir a remoção dos orgãos circundantes, como é o caso dos ovários, por exemplo.

Diferentes  tipos de histerectomia

Existem vários tipos de histerectomias, dependendo da condição da mulher. São essas causas que vão determinar qual o tipo de histerectomia necessária. Para isso, necessita de consultar um médico especializado, capaz de efectuar um diagnóstico acertado e seguro.

Comecemos então pela mais radical e exigente de todas. A histerectomia total consiste na remoção total do útero e do colo do útero, como o próprio nome indica, mas permanecendo os ovários da mulher. Além dessa, existe também a hsiterectomia supracervical, que consiste na remoção apenas da parte superior do útero, permanecendo o colo do útero.

Finalmente, há ainda a histerectomia radical, que consiste na remoção do útero e do colo do útero, assim como de todas as estruturas circundantes, como é o caso de parte da vagina e dos gânglios linfáticos.

Porque é necessária a histerectomia?

Os números oficiais mostram que cerca de 300 mil mulheres são submetidas a um destes procedimentos cirúrgicos por ano, apenas nos Estados Unidos da América. Isso mostra como, ao contrário do que possa parecer, este é um procedimento mais comum do que seria de esperar. E é provável que continue a aumentar, seguindo a tendência dos últimos anos, associada a níveis de vida cada vez mais sedentários e a alimentações deficitárias.

Assim, podemos dizer que a histerectomia é um procedimento cirúrgico recomendado para todas as mulheres que sofram de algum tipo de doença relacionada com o seu sistema reprodutor.

É o caso de menorragias, dor pélvica crónica, miomas, pólipos uterinos recorrentes, cancro, prolapso uterino ou hiperplasia, ou seja, o aumento do número de células do útero. Por isso é que é fundamental efectuar exames regularmente e visitar o seu médico mesmo quando não sofre de nenhuma dor ou mal aparente.

Vantagens e desvantagens da histerectomia

Como qualquer intervenção cirúrgica, a histerectomia apresenta também vantagens e desvantagens para o paciente. No campo dos benefícios, é fácil perceber que a histerectomia ajuda a mulher a ter melhores condições de vida, especialmente se sofrer de dor pélvica crónica ou saneamento irregular. Além disso, se tem alto risco de cancro no útero, uma histerectomia pode reduzir essa probabilidade e ser potencialmente um salvador de vidas.

Em relação às desvantagens, uma delas tem a ver com a longa recuperação que o procedimento exige. Além disso, como em qualquer intervenção, existem sempre riscos associados. A probabilidade é muito reduzida, mas nunca é zero.

Além disso, o envelhecimento precoce ou a menopausa precoce são também consequências que podem surgir país a histerectomia. E, claro, sem falar do óbvio: a impossibilidade de engravidar a partir desse momento.

Perguntas mais frequentes

A histerectomia é um procedimento cirúrgico que assusta as mulheres, mas que necessita de ser mais desmistificado. Para isso, é importante responder a algumas das questões mais comuns que surgem junto das pacientes. Uma delas prende-se com o efeito sobre a vida sexual.

E podemos afirmar que a histerectomia não afecta em nada todas as suas funções sexuais. No entanto, com a remoção dos ovários, a menopausa pode ser espoletada e isso leva a alguns sintomas secundários, como a quebra do apetite sexual ou a secura vaginal.

Outra pergunta muito frequente prende-se com o facto de existirem alternativas à histerectomia. Essa é uma pergunta que só pode ser respondida na totalidade pelo seu médico, pois ele é o profissional habilitado para efectuar o diagnóstico correcto e prescrever o tratamento mais eficaz e seguro. No entanto, quando a histerectomia é inevitavelmente necessária, não há muito mais a fazer.

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