Marcelo Calone - Gestor de Marcas e CEO do Grupo CALONE® - Foto divulgaçãoTanto no xadrez quanto na gestão de uma personalidade, é importante seguir várias etapas para chegar aos objetivos. Quando o jogo se inicia, dois jogadores se sentam, um de frente para o outro, e iniciam a partida. Cada oponente tem sua cor. Os movimentos são feitos após a jogada do adversário. Não é diferente nos negócios. Quando você é contratado ou tenta ser recontratado, é preciso se adequar às necessidades do mercado. É fundamental entregar mais que a concorrência. É essencial conhecer o público. Conhecer-se é primordial para conquistar o objetivo almejado.
No xadrez, existem seis tipos de peças. Nos negócios, o número de pessoas é diversificado, porém, ambos não podem ser conduzidos sozinho. Para jogar, para gerir, você precisa de suporte de outras peças/especialistas como estratégias/táticas. Aprenda uma coisa: uma pessoa não faz gestão. Como uma peça não vence o jogo.
Compreenda que o peão é a primeira peça do xadrez que entra no jogo. Temos o início da partida. É a peça com maior quantidade no tabuleiro. Ela é responsável por abrir caminhos nos confrontos. Chamamos essa peça de autoridade, audiência, influência, presença, reputação, legalização, moralização e regularização. Já nos negócios, as equipes ou departamentos cuidam da base, diretrizes, leis, métricas, normas, padrões, parâmetros e políticas – também apelidados de “peões” devido ao jogo – são responsáveis pelo sucesso do pré, pro e pós-contrato. Eles fazem o negócio funcionar e a contratação ser assertiva, com a melhor projeção e menor margem de erro.
No jogo de xadrez, a torre tem o objetivo de observar e proteger seu adversário. Trata- se da maior peça no tabuleiro. Nos negócios, a torre seria a gestão de imprensa e o nosso cliente (personalidade), representado o conteúdo que foi negociado; tendo a mesma função de proteger seus gestores - equipe estratégica/tática - conforme a inteligência de dados.
O bispo, no jogo de xadrez, pode ser considerado uma grande ameaça ao seu oponente.
Além disso, dois bispos intimidam bastante quanto à habilidade de um jogador. Dentro dos negócios, o bispo faz parte das vendas, gestão de marketing e tecnologia.
A tecnologia é a responsável por influenciar compras, fechar os contratos, aumentar o valuation e fazer a diferença no inventário.
A rainha é a peça mais poderosa no jogo. Ela tem os movimentos mais privilegiados, podendo imitar quase todas as peças, com exceção do cavalo. Analistas de risco e financeiro são ótimos exemplos de “rainha” dentro da negociação. Eles possuem liberdade para tomar decisões. A gestão de comunicação é responsável por codificar tudo que é exato para a compreensão humana.
O cavalo, no jogo, tem poder de andar em “L”, vertical e horizontal. É a única peça que pode pular as outras, sem precisar estar na sua cor, além de ser uma peça flexível de ataque, versátil e eficaz. Quem é o cavalo no negócio? É a Produção - Gestão de Audiovisual e Evento. Eles atuam na parte da concretização das estratégias do jogo e em qualquer outra caso que haja necessidade para não perder os “peões”, oferecendo suporte para tomadas de decisões, para interpretações dos outros gestores e abertura de novos caminhos.
A peça mais importante no xadrez é o rei. Podemos dizer que ele é representado no negócio por um CEO, presidente e até mesmo o proprietário. Se o rei recebe o xeque- mate do adversário, o jogo acaba. No negócio, o xeque-mate é o fracasso da contratação. O rei é a peça que dá suporte estratégico a todas as peças. Na gestão, falamos que o Rei (Marca) comanda uma equipe de gestores táticos: Rainha (Comunicação), Bispo (Marketing e Tecnologia), Cavalo (Audiovisual e Evento), Torre (Imprensa e Cliente). Os Gestores lideram os times operacionais (departamentos): audiência, autoridade, influência, presença, reputação, legalidade, moralidade e regularidade do cliente (personalidade). Para que essas peças, em conjunto, levem a vitória, é preciso análise estratégica e desenvolvimento de táticas para a pré, pro e pós- contratação do cliente (personalidade). Se indagarmos se existe um diferencial, a resposta será a tecnologia da inteligência de dados.
A estratégia pode ser entendida como uma escolha da melhor posição das peças para enfrentar o jogo. No mundo corporativo, um exemplo seria aumentar nosso valuation e para construir um inventário impecável. Entendemos a tática como fazer movimentos corretos para ganhar o jogo. Os negócios mostram a importância de ter um time especialista em determinada área para cuidar da audiência, autoridade, influência, presença, reputação, legalidade, moralidade e regularidade.
Estudos mostram que existem cerca de 170 setilhões de maneiras de se fazer os dez primeiros movimentos numa partida de xadrez. Calma! Não vou comparar esses números do jogo com as negociações. Não posso deixar de dizer que é possível encontrar inúmeras maneiras de adequar um cliente (personalidade) a uma contratação de sucesso, mesmo se ele tiver que iniciar a recuperação de imagem, posicionamento econômico ou proteção autoral dele. Basta encontrar bons gestores. As estratégias funcionam como um mapa que podemos saber qual é o cenário em que o cliente vive, onde ele quer chegar e o caminho mais assertivo.
Com o xadrez, aprendi uma coisa: Estratégia sem tática é viver em um mundo apenas de planos. Tática sem estratégia é escolher a ação que “qualquer uma serve”. Portanto, fechar negócios não é tão fácil assim. Veja como um jogo de xadrez. Escolha as peças certas. Confie na equipe que analisa, pensa e investe. Confie em gestores táticos especializados em dar xeque-mate nos problemas. Escale times de sucesso para começar qualquer negociação. Nunca é tarde para reverter o jogo. Comece a ganhar todas as partidas.
