Quando é chegada a hora de resgatar o rendimento de uma aplicação financeira ou receber os dividendos pagos por uma ação, o investidor pode ficar em dúvida sobre qual o melhor destino para o dinheiro. A orientação de especialistas do mercado é avaliar o momento para saber como proceder.
Para Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), investir é o caminho para realizar sonhos materiais. Por isso, é aconselhável que o investidor define um objetivo antes de realizar as aplicações.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), ter um objetivo definido permite identificar quais investimentos são mais compatíveis com o interesse do investidor em termos de rentabilidade e prazo.
No momento do resgate da aplicação ou do recebimento de dividendos, é preciso avaliar se o objetivo final foi alcançado. Se a resposta for sim, o investidor poderá utilizar o dinheiro como planejou inicialmente. Caso seja não, ele deve reinvestir o valor.
Domingos explica que qualquer dinheiro economizado não pode ficar “parado” e que o ideal é investir para fazê-lo render.
No caso dos fundos de investimentos imobiliários (FIIs), o reinvestimento de dividendos é apontado como o caminho para conquistar uma renda passiva mais robusta.
O especialista Marcos Correa explica que o dinheiro recebido pelos dividendos pode ser direcionado para a compra de novas cotas do fundo, o que aumenta o retorno financeiro no mês seguinte e cria o efeito conhecido como “bola de neve”.
A estratégia de longo prazo é aconselhável para quem deseja aumentar o patrimônio financeiro ou incrementar a aposentadoria com uma renda mensal.
Na Bolsa de Valores (B3), há mais de 430 FIIs listados. A oferta inclui três modalidades: tijolo, papel e fundos de fundos (FOFs). Parte deles pagam dividendos mensais aos investidores. Os valores são proporcionais aos lucros do fundo e às cotas adquiridas.
Na lista de FIIs que pagam dividendos estão o Brasil Varejo (BVAR11), Brio Real State (BRIM11), Even Permuta Kinea (KINP11), Grupo RCFA (RCFA11), Mogno Real State (MGIM11), Performa Real Estate (PEMA11), Polo Recebíveis Imobiliários (PLRI11), RBR Desenvolvimento (RBRM11), Riza Arctium Real Estate (ARCT11) e Urca Prime Renda (URPR11).
Os fundos de tijolo investem em empreendimentos prontos, que podem ser residenciais ou comerciais. Já os de papel direcionam os recursos dos investidores a títulos imobiliários para financiar projetos do setor. Por fim, os FOFs investem em outros fundos imobiliários.
Para saber qual é o melhor FII para investir, a Anbima orienta analisar a gestão do fundo, conhecer a administração e saber quais são as taxas cobradas. Também é necessário analisar o desempenho e, para isso, deve-se solicitar a lâmina, documento que traz todas as informações detalhadas.
Antes de investir, é preciso ter uma conta em uma plataforma de investimentos que dê acesso ao home broker da Bolsa de Valores. A compra e a venda de cotas são feitas on-line.
