Diversos fatores podem contribuir para que crianças com síndrome de down tenham certa dificuldade no aprendizado na fase da alfabetização. Portanto, alfabetizar um aluno com síndrome de down pode, para muitos profissionais da educação, ser uma tarefa desafiadora.
De acordo com dados do IBGE, cerca de 300 mil pessoas possuem síndrome de down no Brasil. As crianças com esta condição possuem potencial para aprender a ler e escrever na rede de ensino convencional. No entanto, a escola precisa fazer algumas adaptações e fornecer um atendimento personalizado aos alunos.
O processo de alfabetização requer um treinamento dos professores da rede pública e privada, afinal, eles precisam compreender que crianças com Síndrome de Down possuem um progresso diferente em relação ao restante da turma. Aliás, os métodos de avaliação também são diferentes.
Assim, para que esse processo ocorra de maneira tranquila e com certa fluidez, é necessário que o professor tenha o preparo adequado, e isso inclui saber compreender e respeitar as dificuldades e os limites de cada criança.
Por este motivo, neste artigo, falaremos sobre como alfabetizar um aluno com síndrome de down, apresentando propostas de atividades e exercícios. Confira!
Fatores como dificuldades na audição e memória podem contribuir para que o processo de alfabetização de crianças com síndrome de down seja mais dificultoso e, portanto, represente um desafio aos educadores, uma vez que essas habilidades são importantíssimas na aprendizagem da leitura e da escrita.
O primeiro passo para isso é compreender que cada criança tem um processo de aprendizagem próprio e específico. Em geral, os alunos que não têm síndrome de down costumam aprender a ler e a escrever a partir da associação entre uma palavra escrita e a imagem que corresponde a ela.
Por exemplo, ao ser apresentada à palavra “casa”, a criança corresponde o “desenho” da palavra escrita à fotografia ou à ilustração de uma casa. Em seguida, o aluno passa a compreender o som de cada sílaba da palavra “casa” e aprende a decodificar a escrita de cada palavra.
No entanto, o processo é diferente no caso das crianças com síndrome de down. Estas têm maior facilidade em fazer as associações visuais, mas a etapa alfabética é um pouco mais difícil.
Além desta, outras limitações comuns que podem comprometer a alfabetização de alunos com síndrome de down podem ser:
Coordenação motora;
Orientação espaço-temporal;
Atenção;
Noção de imagem corporal.
Por este motivo, o grande segredo para saber como alfabetizar um aluno com síndrome de down é conhecer suas principais dificuldades, limites e processos e, acima de tudo, respeitá-los.
O ambiente para a alfabetização de uma criança com síndrome de down deve ser adequado para isso. Uma vez que esses alunos possuem maior dificuldade para manter a atenção nas informações que são apresentadas, é importante que o local não tenha estímulos externos que os desconcentrem.
Também é essencial que o local seja um ambiente prazeroso que desperte de fato o interesse das crianças. Preparamos algumas dicas que podem contribuir para que o processo de alfabetização de alunos com síndrome de down seja mais tranquilo. Veja:
Não é interessante despejar todos os novos conteúdos de uma vez sobre as crianças. Deste modo, os pequenos não absorverão ou memorizarão o conhecimento e, desta forma, não aprenderão;
Para que as crianças mantenham o foco. Além disso, esta é uma forma de trabalhar, inclusive, a capacidade de associação dos pequenos.
Utilizando músicas, jogos e brincadeiras para que as crianças aprendam brincando. Desta maneira, o aprendizado será mais divertido e leve para os pequenos.
Mais uma ótima dica para a alfabetização de crianças com síndrome de down é apostar em atividades de alfabetização para imprimir. Estas são fáceis de ser aplicadas em sala de aula e oferecem diversas possibilidades para os alunos.
Entre os exemplos desse tipo de atividade estão:
Completar os espaços em branco com a opção de palavra correta;
Passar com o lápis por cima da linha pontilhada que forma cada letra ou palavra;
Ligar a palavra escrita ao desenho que corresponde a ela.
Vale lembrar que, para que o ensino da leitura e da escrita no caso das crianças com síndrome de down ser bem-sucedido, é necessário que o docente seja paciente e não cobre do aluno mais do que ele pode entregar.
Por fim, entenda que a chave para esta desafiadora tarefa de alfabetizar um aluno com síndrome de Down é compreender e respeitar os processos e limites da criança.