Foto: DivulgaçãoO Brasil, que normalmente depende da importação de fertilizantes, está reexportando cargas devido à falta de infra-estrutura para armazenar os grandes volumes que chegaram este ano, disse segunda-feira a autoridade portuária de Antonina, Paraná.
Os fertilizantes agrícolas - ou adubos - são substâncias aplicadas no solo ou diretamente na planta com o objetivo de melhorar a produção do plantio e conservar os alimentos por mais tempo.
Após o início da guerra na Ucrânia, que provocou sanções ocidentais contra um grande fornecedor global, a Rússia, os preços dos fertilizantes subiram, e pairava uma ameaça de interrupções de fornecimento.
Porém, em uma reviravolta inesperada, um importador redirecionou 24.700 toneladas de fertilizantes DAP que chegaram da Jordânia, mas que agora serão embarcadas para a Turquia nos próximos dias. No mês passado, já havia ocorrido a reexportação de 17 mil toneladas de fertilizantes fosfatados vindos do Egito. A carga esteve em um armazém alfandegário em Antonina por dois meses até ser reexportada para os Estados Unidos em 22 de setembro - uma situação que a autoridade portuária descreveu como sem precedentes.
"Há quatro ou cinco meses estávamos falando de uma possível escassez de fertilizantes", disse Jeferson Souza, um analista da Agrinvest. "Agora não temos onde colocar o produto".
Os raros negócios de reexportação de fertilizantes expõem os problemas logísticos do Brasil em uma época de grande oferta e de compras lentas dos agricultores. Após o início da guerra na Ucrânia.
