29/11/2017 às 13h49min - Atualizada em 29/11/2017 às 13h49min

TEATRO: ESPETÁCULO RIBANCEIRA EM CARTAZ NO ESPAÇO CIA DA REVISTA

Foto: Barbara Moraes
Texto inédito do autor Aramyz, o espetáculo RIBANCEIRA permanece em temporada até 07 de dezembro, às quartas e quintas-feira, às 21h, no Espaço Cia Da Revista. A peça aborda a questão dos desastres ambientais e as tragédias ocasionadas por eles na vida das pessoas menos favorecidas. Com direção de Maria Basilio, a montagem é encenada pela Cia Trilhas da Arte – Pesquisas Cênicas etraz o ator Antonio Ginco em seu primeiro solo após 45 anos de carreira.
RIBANCEIRA apresenta as lembranças do personagem Zé, sobrevivente de uma catástrofe na qual perdeu mulher e filhos, mas, que tenta refazer a sua vida resgatando o antigo sonho de ser escritor. Zé é humano, tem preconceitos, comete erros e chega a ser cruel. Atribui a Deus as responsabilidades pelo que acontece aos seres humanos, se vê em uma situação da qual só sairá se tomar as rédeas da própria vida.
“O texto fala sobre perdas e ganhos, dos valores e direitos pelos quais esquecemos de lutar. O Zé representa a vida dessa gente esquecida e que aos poucos foi perdendo a consciência do que é certo e errado, mas nem por isso para de sonhar e rir de suas próprias desgraças”, afirma o autor Aramyz. “Quando escrevi o texto ainda não tinha acontecido a tragédia de Mariana, mas acho que ela tem um diálogo direto com o texto”, completa.
“A peça é inspirada na observação de uma realidade vivida por muitas famílias no Brasil e em diversos outros países. O Zé, personagem sem sobrenome, representa os diversos sobreviventes de catástrofes sejam as causadas por enchentes, pela falta de recursos financeiros, ou pela impotência de quem vive do lado reservado a uma parcela menos privilegiada da humanidade, demarcado pelo capital e pelo poder”, declara o ator Antonio Ginco.
A montagem tem como norteador o Teatro de Narração, além de Eugenio Barba, Piscator e Rudolf Laban, que embasaram o trabalho corporal e de interpretação. “A peça se realiza no plano da memória e no plano da realidade, e ainda que a realidade de Zé seja atemporal, ele nos fala do aqui e do agora. Alguns objetos cênicos criam imagens lúdicas que contrapõem o forte teor dramático”, afirma a diretora Maria Basilio. “Ainda que a interpretação seja feita por apenas um ator, o personagem dialoga com a plateia e com outros personagens que estão em sua memória e que, às vezes, ganham corpo e voz”, finaliza a diretora.
A peça tem iluminação de Décio Filho, cenografia e sonoplastia de Maria Basílio e Antonio Ginco, figurinos de Paulo de Moraes e adereços de Eduardo Mena. Além de projeções realizadas por Renato Grieco. O trabalho contou também com a colaboração dos pesquisadores Sol Verri e Diego Pereira.
Aramyz: Formado em Artes Cênicas pela Fundação das Artes, em Letras (Claretiano), Pedagogia (UNINTER), atualmente cursando sua terceira licenciatura em artes visuais (UNIJALES), pós-graduado em psicopedagogia (UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI), autor, diretor e ator. Escreveu, entre outros textos: Do Lixo ao Luxo, que teve sua direção, Minhas Mulheres, no qual também atuou, com direção de Antonio Ginco e Escapamento, encenado pelo Trilhas da Arte. Lançou pela Editora Giostri, o livro O Nome do Teu Nome, no Brasil e na Argentina. Como ator, foi finalista da mostra de Humor dos Parlapatões (2007/2008); convidado do Memorial da América Latina para a Mostra de Teatro Ibero Americano com o Pocket Show de Humor AHAMMM!!! (2008); convidado de Comediantes em Pé de Guerra, no Parlapatões (2010); um dos criadores dos espetáculos: Deboshow, A comédia de todos Nós e Confraria da Comédia. Em teatro atuou nos espetáculos Dom Casmurro, adaptação a obra de Machado de Assis, direção de José Paulo Rosa e A Casa de Bernarda Alba, de Garcia Lorca, direção de Roberto Nogueira. Na TV, foi vencedor do Concurso de Humoristas do Programa Toda Sexta / Adriane Galisteu, na Band (2011) e vice-campeão do Concurso de comediantes Arquibancada do Riso, no SBT (2012).
 
Maria Basilio: Atriz com formação pelo SENAC/SP, licenciada em Artes Visuais, pós-graduada em História da Arte, e bacharela em Filosofia. Participou de cursos de extensão, como: Augusto Boal (Teatro do Oprimido), Chico de Assis (dramaturgia), Leona Cavalli e Roberta Carreri – Odim Teatret – (interpretação), ZéCarlos de Andrade, e Osvaldo Gabrieli/XPTO (cenografia), Bonecos Urbanos, Cia. Truks e Seres de Luz (Teatro de Bonecos), Flávia Bertinelli (Comédia Dell’Arte), Bárbara Heliodora, Marco Antônio Pâmio, Paul Heritage e Catherine Silverstone (Teatro Shakespeariano), Grupo Tapa (Teatro Realista e Naturalista), Alberto Gaus (Clown), Bru Palmieri (Teatro Físico), Tato Ficher e Eric D’Avila (preparação vocal),  UNESP (Cavalo Marinho) Cia. do Feijão (narrativa musical),  Grupo Magiluth (Jogo Comum), SP Escola de Teatro (Crítica) entre outros. É integrante do Grupo Pirilampo de Teatro; escreveu e dirigiu Alice em Nós da EducaçãoMadame MargotA ChegançaO CataDorO Espelho; traduziu para o espanhol e dirigiu A Cantora Careca; dirigiu, atuou e criou o figurino de Recomeçar; atuou e criou o figurino de Máscaras; dirigiu A Ceia dos Cardeais. Trabalhou para companhias como: Cia. Livre e Cia. São Jorge de Variedades. Integrou a Cia. de Thaetro, onde participou das montagens de Chico Mendes e o Encantado (atuação e preparação de atores), Uninawa (Traduziu para o espanhol e atuou), e Lendas das Águas (escreveu, dirigiu e criou o figurino).  Atuou em: Esperando GodotMacbethOs Irmãos das Almas, e Maria Cachucha. Na peça, Estação Cubo (grupo XPTO), participou de todo o processo: da dramaturgia à apresentação.
Antonio Ginco: Autor, ator e diretor, pós-graduado em Arte-Educação pela Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP). Atua profissionalmente desde 1970. Ministrou diversas oficinas para a Secretaria de Cultura do Município de São Paulo e para a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, com destaque para o curso de formação de público do Projeto Ademar Guerra. Atuou, entre outros espetáculos, em Da Abertura ao Rombo, direção Edson Santana; Faixa de Segurança, da obra Palhaços,de Thimochenko Webhe, direção Affonso Barrella; O Mulato, direção Carlos Di Simoni; Almannacco Bananeré, com o Grupo dos Sete; Woyzeck, de George Buchnner e A Casa de Bernarda Alba, de Federico Garcia Lorca. Dirige a Cia Se Liga de Teatro em Americana por 10 anos (1991/2001), que se transfere para São Paulo com o nome de Trilhas da Arte – Pesquisas Cênicas. Na Capital a Cia realizou os espetáculos nos quais atuou: Catadióptrico, direção Letícia Olivares (2012) e Escapamento,direção Valter Bahia Filho (2014/2015). Dirigiu, entre outras peças: Passagem das Horas, de Fernando Pessoa, em parceria com a Cia. Corpocena (2005/2010) e Senhorita Júlia, de August Strindberg (2009/2012), com a Cia Trilhas da Arte, além dos textos de sua autoria: Réquiem Para Os Vivos (2000) e Vice-Versa: Como Brincamos Quando Ser (1998/1999). No cinema, atuou no longa Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanzky e nos curtas O Retrato da Senhora Urche (baseado no conto de Edgar Alan Poe), por Vivi Amaral sob supervisão de Susana Amaral e Tótem, de Donny Correa, com participação na 34ª Mostra Internacional de Cinema. Atuou em séries do Tribunal na TV, na TV Bandeirantes. Participou da XII FITEI Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica no espetáculo Mulheres de Jorge Amado, direção de José Educardo Amarante, no Porto-Portugal. É autor da música Porto Solidão, primeiro MPB Shell (Festival de Música Popular Brasileira realizado pela TV GLOBO, em 1980, prêmio de melhor interprete para o cantor Jessé).
Cia Trilhas da Arte – Pesquisas Cênicas: Formado em 1991 na cidade de Americana (SP), a partir de 2005, o grupo se estabelece em SP e filia-se à Cooperativa Paulista de Teatro. Em Americana tem sua sede própria que abriga outras companhias e oferece cursos de interpretação e oficinas ministradas por vários profissionais convidados, como Verônica Fabrini (Boa Cia.) Tiche Vianna (Barracão Teatro) e Carlos Simioni (Lume Teatro). Criou o Festival Nacional de Teatro, com palestras e oficinas abertas aos participantes e a comunidade. Profissionais convidados: Neyde Veneziano, Antonio Januzeli, Renata Palotine entre outros. Em 2010, inaugura sua sede em São Paulo, o Café Teatro Estação Caneca – Espaço Cultural Trilhas da Arte, permanecendo no espaço até 2013.  Entre 2010/12 fica em cartaz com Senhorita Júlia, de Strindberg, com direção de Antonio Ginco e O Pequeno Senhor do Tempo, de Raphael Júdice, com direção de Juliana Calligaris. Em 2013, Catadióptrico, de Monalisa Vasconcelos, com direção de Leticia Olivares, além de excursionar com Senhorita Júlia e O Pequeno Senhor do Tempo em Festivais e pelo SESC. 2014/15 fica em cartaz com o espetáculo Escapamento sob direção de Valter Bahia Filho e o solo Janelas para uma Mulher com Juliana Calligaris sob orientação de Letícia Olivares. Em seu currículo constam 10 espetáculos, com indicações e prêmios em diversas categorias (direção, cenário, figurino, maquiagem, ator e atriz) em vários Festivais de Teatro. Entre os espetáculos, estão: Passagem das Horas, Réquiem para os Vivos, O(s) Rinoceronte(s)Pedreira das Almas, entre outros.

Serviço:
Espetáculo Teatral “Ribanceira”
Espaço Cia da Revista

Alameda Nothmann, 1135 – Fone: (11) 3791-5200
(entre metrôs Santa Cecília e Pça Marechal Deodoro)
Temporada até 07 de dezembro – todas as quartas e quintas-feiras – 21h
Ingressos: R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia) 
Ingressos no https://compreingressos.com/ ou na bilheteria do teatro
Duração: 60 minutos.
Recomendação12 anos.

(Compra de ingressos somente para espetáculos a partir de 08/11)
Estacionamento conveniado – Av. São João, 1915 – (4 horas – R$15,00)

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https://www.facebook.com/espetaculoribanceira
ESPAÇO CIA DA REVISTA – Alameda Nothmann, 1135 – Santa Cecília – Cep: 01216-001 – Fone: (11) 3791-5200 – 90 lugares.
* Bilheteria funciona três horas antes das apresentações. Aceita Cartão de débito/crédito pelo sistema Compre Ingressos. Acesso para deficientes. Ar condicionado. Bar: Botequim Contra-Regra – Estacionamento conveniado – Av. São João, 1915 (R$15,00 para 04 horas).
FICHA TÉCNICA:
Produção – Trilhas da Arte – Pesquisas Cênicas
Produção Executiva – Antonio Ginco
Texto – Aramyz
Direção – Maria Basilio
Com – Antonio Ginco
Divulgação – Trilhas da Arte – Pesquisas Cênicas
Iluminação – Décio Filho
Cenografia e Sonoplastia – Antonio Ginco e Maria Basilio
Figurino – Paulo de Moraes
Aderecista – Eduardo Mena
Trabalhos Corporal e Voz – Maria Basilio
Vídeo/Projeção e Design Gráfico – Renato Grieco
Operadores Técnicos – Décio Filho, Thiago Zanotta e Renato Grieco

 
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