21/03/2024 às 15h46min - Atualizada em 21/03/2024 às 15h36min

Recursos modernos podem proporcionar vida normal para quem tem diabetes

Parte indispensável do controle da doença demanda hábitos saudáveis, monitoramento e cuidados do próprio paciente.

Os avanços na medicina e na tecnologia têm transformado o tratamento do diabetes. As inovações incluem dispositivos inteligentes para administração de insulina, sensores de glicose de última geração e medicamentos com potencial para melhorar o controle glicêmico, ao lado de remédios como o Ozempic 1 mg, por exemplo, que faz o controle da glicose em adultos com diabetes tipo 2.

Essas soluções podem facilitar a vida dos pacientes, oferecendo opções terapêuticas mais eficazes e maior precisão no monitoramento.
 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a doença é crônica e atinge mais de 16 milhões de brasileiros. A Pesquisa Vigitel Brasil 2023 revelou ainda que a prevalência do diagnóstico na população adulta das capitais do Brasil cresce conforme a faixa etária dos entrevistados.

Entre os indivíduos com mais de 65 anos, 30,3% são diagnosticados com a doença. Além disso, o país ocupa a quinta posição no ranking mundial de incidência de diabetes, atrás de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.

 

Parte indispensável do controle da doença, segundo entidades especializadas no assunto como a própria SBD, é feita por meio de hábitos de vida saudáveis, monitoramento e cuidados que o próprio paciente deve adotar todos os dias. Suplementos nutricionais também podem ser importantes para quem tem intolerância anormal à glicose, no diabetes tipo 1 e 2, como o Glucerna

 

Comer bem, se movimentar e seguir as ordens do médico são importantes, mas a tecnologia também pode ajudar a melhorar o tratamento. 

Novidades no tratamento da doença oferecem ferramentas para controle

 

O diabetes não tem cura, mas pode ser tratado. Ao longo do tratamento, é preciso fazer ajustes e o acompanhamento geralmente conta com endocrinologista, clínico geral e nutricionista. Com os recursos tecnológicos e o avanço da medicina, o tratamento do diabetes tem ganhado novos horizontes, proporcionando mais ferramentas para o controle da doença e melhor qualidade de vida para os pacientes.

 

Conforme ressaltado pelo endocrinologista, pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP e coordenador do Endodebate e do Diarcordis, Carlos Eduardo Barra Couri, em artigo à imprensa, entre as inovações para 2024, destaca-se o sensor de glicose na pele, como o Libre 2 da Abbott. O mecanismo envia dados ao smartphone do paciente e dispensa as medições na ponta do dedo. 

 

Outra novidade é o sensor Simplera, da Medtronic, que oferece precisão e se conecta continuamente ao celular, além da smartpen da mesma fabricante – uma caneta de insulina inteligente que monitora o histórico de aplicação do hormônio e ajuda no cálculo da dose apropriada.

Já no campo dos medicamentos, a injeção semanal de tirzepatida, da Eli Lilly, é aguardada pela sua ação na redução da glicose.

 

Outros recursos modernos incluem as versões genéricas ou biossimilares de medicamentos como a insulina basal Glargina pela Biomm e a linagliptina pelos laboratórios Libbs e EMS.

Atendimento especializado e disponibilidade de remédio proporcionam anos de vida saudáveis

 

A JDRF International, organização sem fins lucrativos, divulgou dados inéditos em 2023 sobre o diabetes tipo 1 no Brasil, mostrando que, dependendo do estado onde moram, os brasileiros com esse problema perdem de 32 a 48 anos de vida saudável. A média nacional é de 38 anos perdidos por pessoa com diabetes tipo 1 – para o cálculo foi considerado um diagnóstico aos 10 anos de idade.

 

A pesquisa foi apresentada durante um painel on-line promovido pelo Fórum Intersetorial para Combate às Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil e usou dados do T1D Index, uma ferramenta de simulação para medir o impacto do diabetes tipo 1 em 201 países. A análise indicou que as intervenções públicas em saúde, como o acesso a tiras de glicemia e insulina, são fatores determinantes para essas disparidades.

 

O evento enfatizou ainda a necessidade de se aprimorar o atendimento especializado e a disponibilidade de remédios fundamentais para pessoas com diabetes. Isso porque, a melhoria no tratamento da doença, segundo os estudos, pode devolver mais de 20 anos saudáveis de vida aos pacientes. 

 

Riscos associados ao diabetes e importância do acompanhamento

 

Conforme artigo publicado no portal Drauzio Varella, o tipo 1 da doença é caracterizado por pouca ou nenhuma produção de insulina, hormônio fabricado no pâncreas e responsável por regular o nível de glicose no sangue. A patologia é geralmente diagnosticada na infância ou na adolescência.

 

Já o tipo 2 costuma aparecer na fase adulta, após os 40 anos, e há uma resistência do organismo à insulina. Por ser uma condição crônica, é preciso fazer  acompanhamento ao longo de toda a vida.

Com o passar dos anos, especialmente se o diabetes não estiver controlado, podem surgir complicações como problemas nos rins, nos olhos, acidente vascular cerebral (AVC), perda de sensibilidade nos pés e infarto.

 

Segundo o endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional São Paulo (SBEM-SP), Fernando Valente, em entrevista à imprensa, à medida que o diabetes fica fora do controle, os riscos de desenvolver complicações aumentam e aparecem de modo silencioso.

 

Por isso, é importante fazer exames anuais preventivos, como o check-up da função dos rins, o exame de fundo de olho e a avaliação dos pés em consulta. Ele explica também que esse risco depende da predisposição genética e da presença de outras doenças, como o aumento do colesterol e da pressão arterial.

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