O músico mineiro Diogo Reis inicia uma série de lançamento de singles instrumentais tocando acordeon. O artista espera alcançar diferentes públicos e, para isso, aposta em músicas tidas como “clássicos” para o instrumento e que já foram executadas por diversos acordeonistas renomados mundialmente.
Diogo começou na música ainda criança, tocando teclado por volta dos 9 anos. Após o teclado, estudou violão popular e, posteriormente, acordeon. Lembra que tudo começou como um hobby quando ganhou um acordeon de sua mãe e desde então nunca mais abandonou o instrumento.
O músico afirma que “o acordeon é o instrumento que mais lhe impressiona devido às suas inúmeras possibilidades com diversos timbres, formas de apresentar dinâmicas, dentre outros aspectos exclusivos do instrumento. Além disso, o som do acordeon (sanfona ou gaita como também é conhecido) é produzido praticamente no peito do instrumentista, o que lhe causa muita emoção ao tocar.”
Diogo ressalta a importância do estudo e da dedicação a esse peculiar instrumento, destacando que é necessária a coordenação das duas mãos e ainda ter o controle do fole, pois sem o ar o instrumento simplesmente não produz som e é esse controle que pode fazer a diferença na execução de determinada peça, fazendo com que ela transmita ao ouvinte a emoção que o artista deseja evidenciar.
Como exemplos que lhe inspiram o instrumentista cita Daniel Castilhos, integrante do Quinteto Persch, que foi seu professor por mais de 04 anos e Eliomar Landim, uma das principais referências em música de câmara executadas com acordeon no atual cenário brasileiro, além de ser seu atual professor e mentor.
Interessante ressaltar que o músico é formado em Direito, possuindo algumas pós graduações e o título de mestrado, porém ele ressalta que a música é a sua verdadeira paixão e que por isso decidiu realizar eventos como casamentos, homenagens, gravações e aulas presenciais e on-line.
Desde que se dedicou ao estudo e ensino do instrumento realizou curso de extensão musical na UFRGS, oficinas de acordeon (com Mirco Patarini e Denis Patkovic, por exemplo), cursos de harmonização e improvisação, dentre outros. Ele ressalta que o músico nunca para de estudar e deve estar em constante evolução e auto aperfeiçoamento já que não há limites para a arte.
No lançamento dos singles, o instrumentista apresenta sua interpretação de peças consagradas de grandes nomes no mundo do acordeon e da música, tais como: Richard Galliano (França), Nini Flores (Argentina), Luis Bacalov (Itália), Yann Tiersen (França), dentre outros. Para ele, gravar essas composições “materializa a realização de um sonho idealizado por anos” e marca o início de uma nova fase em sua vida.
Diferentemente dos cursos prontos e vendidos nas plataformas digitais, Diogo aposta no ensino individualizado, pois para ele, cada ser é único em tudo: biotipo, dedicação, necessidades, objetivos, tempo disponível, dentre outros fatores. Por isso, é necessário um material específico e aulas direcionadas para cada aluno. Diogo compara sua atividade a de um preparador físico:
- “Você daria credibilidade a um personal trainner que passa os mesmos exercícios para todos os seus alunos? Cada um tem uma história, uma necessidade, uma meta, tempo disponível e força de vontade diferentes. O papel do bom professor é identificar as deficiências e os pontos fortes do seu aluno para trabalha-los sempre de forma a favorecer o desenvolvimento. Além disso, o progresso e a evolução do aluno é que motiva o professor. Querer ver seu aluno evoluir é fundamental e se for pra fazer tudo igual não é necessário ter um professor particular”, destaca.