18/07/2023 às 09h38min - Atualizada em 18/07/2023 às 09h19min

Paternidade: a importância da presença do pai por toda a vida

A importância da paternidade é um assunto que vem sido discutido cada vez mais, ainda mais em um país em que a maioria das pessoas possui pai ausente em sua criação.

A sociedade como um todo possui padrões de comportamento e normas que ela cria para a convivência. Esses padrões e normas se alteram de acordo com gerações e com a mudança de pensamento das pessoas. Um exemplo claro disso é como a sociedade enxerga homens e quais devem ser seus comportamentos.

 

Por muitos anos, comportamentos foram impostos em homens e mulheres, criando assim papéis de gênero, tais como: o homem tem que prover, não deixar faltar comida ou qualquer outra coisa dentro de casa e a mulher cuidar da casa e criar os filhos 24h por dia, 7 dias por semana e saber tudo sobre a criança, desde a temperatura certa do leite até se ela usa fralda Huggies ou Pampers. 

 

Esse pensamento foi primeiramente questionado pelo movimento feminista e, sendo debatido e estudado, foi analisado que o número de suicídio e depressão entre homens é quatro vezes maior. Sendo assim, questionar esses padrões e papéis de gênero se tornou um assunto para todas as pessoas, principalmente para os homens conversarem entre si, sobre seus sentimentos e angústias, principalmente sobre a paternidade. 

 

Ao contrário de antigamente, hoje é normal vermos os pais serem mais presentes na vida dos filhos, participando ativamente da sua criação, desde os primeiros anos até a vida adulta. Com isso, a importância do papel do pai na vida do filho tem sido estudada e debatida e os benefícios vão para além dos filhos, mas também para as mães e para a vida dos próprios pais. Confira alguns desses benefícios.

Na vida dos próprios pais

Quantas vezes ouvimos um dito popular que a maternidade é uma benção? Apesar desse dito não se aplicar a todas as mulheres, ele pode ser aplicado inclusive em homens. Com a participação ativa na criação dos filhos, pais têm criado uma maior vulnerabilidade, mostrado mais seus sentimentos, além de tratar e curar seus próprios traumas que teve em sua criação, proporcionando um relacionamento saudável consigo mesmo, com seu cônjuge e com seus filhos.

Na vida dos filhos

Por muitos anos, devido à masculinidade tóxica, muitos homens foram negligentes, ausentes ou até abusivos na criação dos filhos, criando traumas e marcas para a vida. Hoje com a desmistificação da terapia, mais homens procuram curar seus traumas, a fim de não criarem um ciclo e se entenderem para não passar esses traumas para frente.

 

Apesar disso, todas as pessoas erram, mas a reação ao erro é o que fica marcado na vida das pessoas. Com a vulnerabilidade dos pais, os filhos têm um exemplo de como podem lidar com seus sentimentos e como respeitar as pessoas ao seu redor, além de como ter um relacionamento saudável consigo mesmo ou amoroso.

Na vida da mãe

Por muitos anos, a criação dos filhos era exclusivamente tarefa da mãe. Até hoje vemos o estigma de que a mulher é mãe natural, enquanto o pai precisa aprender a ser pai. No entanto, mães também estão aprendendo a ser mães e estudam sobre o assunto, leem livros e pesquisas.

 

Hoje com a redefinição de masculinidade, homens também estão pesquisando mais e participando ativamente da criação dos filhos, o que permite que a mãe foque em si mesma, nos seus relacionamentos com outras pessoas e em sua carreira, algo que, por vezes, deixava de lado para cuidar da família. Além disso, a participação ativa do pai tira a sobrecarga que existe na vida das mães, em sua jornada dupla, por vezes tripla, com trabalho e casa. 

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