29/01/2022 às 22h50min - Atualizada em 31/01/2022 às 09h55min

O conflito entre as escolas de idiomas

Quem deveria ajudar a categoria, acaba atrapalhando

SALA DA NOTÍCIA Educação
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Reprodução

Por Eduardo Negrão

As escolas de idiomas do estado de S. Paulo são representadas por um sindicato, o
Sindelivre. Até aí tudo bem, toda categoria profissional ou classe empresarial precisa de uma representação coletiva. O estranho nesse caso é que os representados (as escolas de idiomas) desconfiam que o Sindelivre ao invés de defender seus direitos atua contra os representados.

Tem mais o Sindelivre evita ao máximo o contato com seus próprios filiados, na última convenção para o dissídio salarial os associados enviaram mais de uma centena de e-mails e telegramas solicitando a data, local e a hora da convenção. O Sindelivre ignorou essa tsunami de mensagens e efetuou a convenção sem a participação dos associados.

Frustrados, os empresários da área decidiram constituir um novo sindicato que efetivamente os representasse, o SINDIOMAS. Um dos advogados que representam o novo sindicato, Dra Luciana Monteiro, falou sobre o caso: “atuamos de forma jurídica estratégica para que consigamos o direito de representar de modo mais específico a categoria e efetivamente defender seus interesses de forma transparente e eficiente”.

Em decisão recente, a juíza Drª Cristina de Carvalho Santos (foto), da 10ª vara do trabalho de S. Paulo determinou que o Sindelivre está obrigado a dar ampla publicidade em sites, redes sociais, listas de e-mails e jornais de grande circulação às convocações – especialmente para acordos coletivos ou dissídios.

Pairam sobre o Sindelivre fortes suspeitas de mau uso dos recursos dos associados, de nepotismo e contratações irregulares. Sobre isso ouvimos o Dr. Igor Morais Vasconcelos, assessor jurídico de mais de 300 dessas escolas de idiomas, avaliou assim: “Vamos lutar mais forte em todas as instâncias para dar transparência ao Sindelivre. Já conseguimos na justiça que eles sejam obrigados a dar publicidade às convocações das assembleias. Agora é hora de ir para as contas e jogar luz em cada detalhe financeiro do Sindelivre e responsabilizar qualquer eventual ato indevido. Nada vai ficar escondido e sem responsabilidade pessoal dos envolvidos. Esse é o nosso propósito, é o que fazemos de melhor”.

Eduardo Negrão é jornalista

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