31/03/2021 às 16h18min - Atualizada em 31/03/2021 às 16h38min

“Portas se fecharam na minha frente, mas eu continuei tentando”, diz Rachel Maia em entrevista ao Trace Trends

Executiva fala sobre o lançamento de seu primeiro livro, além da importância de sonhar e ser ousada

SALA DA NOTÍCIA Marina Sá
Rachel Maia, CEO da RM Consulting e conselheira de grandes companhias (Foto: Claudio Gatti)

Rachel Maia, conhecida por ser a primeira mulher negra a ocupar o cargo de CEO em uma grande empresa no Brasil, recentemente lançou sua autobiografia, Meu caminho até a cadeira nº1. Em seu novo momento de carreira, a executiva presta consultoria em Diversidade e Inclusão, Varejo e Liderança, por meio da RM Consulting, e atua também como conselheira. Durante bate-papo com os apresentadores Alberto Pereira Jr. e Xan Ravelli, a convidada fala sobre família, carreira e diversidade.

Rachel, que já comandou a Tiffany & Co Joalheria, Pandora e Lacoste Brasil, narra sua trajetória de vida em seu primeiro livro. “É importante que fique claro para todos que eu tenho a base igual à grande massa da população negra. É muito importante dizer que o seu valor, a única pessoa que pode sequer pensar em definir, é você mesmo. Cada um tem o seu, e não pode ser ignorado isso”. “Eu quero que outras pessoas leiam e entendam que minha história é básica, muito simples, e mesmo assim, eu ousei. O joelho ralou pra caramba, quebrei a cara, portas se fecharam na minha frente, mas eu continuei tentando”, completa.

Sua trajetória até a liderança de grandes empresas teve seus percalços, ao que ela pontua: “Definir onde e quando está sob minha responsabilidade. Eu precisei e preciso ajustar a rota diversas vezes, mas isso não significa deixar de sonhar, pelo contrário, eu sonho e planejo todos os dias. E é muito importante que fique claro que eu não sonhei lá na escola do João de Deus, no extremo Sul da Zona Sul [SP], já ser a presidente. Não, eu sonhei em trabalhar e comprar cesta básica”.

A cesta básica a qual Rachel se refere não era para sustentar a sua casa. Desde muito nova, ela tem o compromisso com causas sociais. “Eu queria mais do que simplesmente trabalhar. Eu vestia roupa de brechó, porque era tão enlouquecida em ajudar o próximo, e queria saber quantas cestas básicas eu poderia comprar com aquele dinheiro”. Atualmente, a executiva é fundadora do projeto social Capacita-me, com o viés na educação e empregabilidade de pessoas em situação de vulnerabilidade, além de ocupar a cadeira de Presidente do Conselho Consultivo da Unicef Brasil.

Da mesma forma, Rachel se dedica ao empoderamento de minorias, em especial, à promoção de práticas antirracistas. “Não tinha muito preto nas festas de luxo, mas nas minhas tinham. Eu via que as pessoas ficavam falando assim, a mídia já me falou várias vezes que eu sou disruptiva. Fui a primeira a fazer um pocket show na Tiffany, há quase 20 anos, com a Paula Lima. Gosto de empoderar os meus, acho que é dessa forma! Tem que ter consistência, tem que ter conteúdo. Nós temos que fazer com que a sociedade entenda que não dá mais para oprimir”, salienta.

O programa traz ainda uma entrevista com o sambista Darlan, músico símbolo de representatividade, deficiente visual e com uma voz potente. O cantor fechou contrato com a Soul Music e está preparando o seu primeiro DVD, que contará com as participações de Jorge Aragão e Grupo Bom Gosto. E mais, nesta terça-feira a apresentação do último episódio da série Harmonização Poderosa, além do quadro Afro Negócios e os Bafros musicais de Marcelo Falcão, Thaís Badu, Natiruts e mais!

O Trace Trends vai ao ar toda terça-feira, às 22h45, na RedeTV!


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