Freepik. Seja simplesmente para afastar a obesidade — mal que afeta mais de 1 bilhão de pessoas — combater o cansaço físico e mental ou ter uma atividade de rotina, o fato é que a prática de atividades físicas no Brasil é um hábito.
Dados da Associação Brasileira de Academias (ACAD) já apontam, por exemplo, que o país é o segundo mercado de academias do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Em 2023, o setor movimentou cerca de R$12 bilhões, e a tendência é de aumento contínuo para os próximos anos.
Junto às atividades físicas, a indústria fitness também movimenta outros: roupas, acessórios e alimentos, o que tem atraído os olhares de um setor que antes poderia ser impensável: o de sorvete.
Dados da pesquisa ‘’O Sorvete quer Falar’’ mostram que 47,5% das empresas do setor pretendem explorar novos mercados e que o setor fitness é será o 2°que mais receberá investimentos para além dos sabores normais. O segmento perde apenas para o de comida vegana e com zero lactose, como aponta o estudo feito pela Fispal Sorvetes, em parceria com a Associação Brasileira do Sorvete e Outros Gelados Comestíveis (Abrasorvete) e a Associação Gaúcha das Indústrias de Gelados Comestíveis e Afins (Agagel).
Dados do Serviço Social da Indústria (Sesi) mostram atualmente que 22% da população brasileira — cerca de 48.512.094 milhões de pessoas — se exercitam atualmente. E com a prática de exercícios físicos cresce também a demanda por produtos para além das academias de ginásticas.
Uma matéria no site da Fundação Instituto de Administração (FIA) destaca, por exemplo, que há 04 grandes áreas para negócios dentro do mundo fitness: a de academias, a da moda, estética e a da nutrição, que só em 2020, movimentou 100 bilhões de reais no Brasil.
Dentre os produtos preferidos pelo público fitness estão whey protein, caseína, proteínas vegetais e suplementos multivitamínicos como ômega-3, cujo mercado pode ultrapassar a marca de 1,25 trilhão de reais até 2025.
A pesquisa “O sorvete quer falar” aponta que o setor de sorvetes vem crescendo no Brasil desde os anos 2000. Em 2023, o mercado cresceu 22,4% em volume em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 438 milhões de litros no ano. Para 2024, a previsão é de ganhos ainda maiores.
“A expectativa para o setor em 2024 é de crescer 5% e acreditamos que os investimentos da indústria neste segmento, já que restrita aos respondentes da pesquisa é de R$ 230 milhões, avaliando todo o setor, esse número pode passar de R$ 1 bilhão.”, comentou Martin Eckhardt, presidente da Abrasorvete, empresa parceira do estudo.
Diante desse cenário, a diversificação de produtos e nichos de mercado para serem explorados, contribui para a economia e a manutenção de diversos postos de empregos no país. E, claro, para que as pessoas se sintam bem comendo um alimento que gostam e que lhes fazem bem.
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ALICE BATISTA DE ALMEIDA
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