07/06/2024 às 10h02min - Atualizada em 10/06/2024 às 18h03min

Think Eva aponta ações para empresas promoverem a equidade de gênero

Mulheres ainda ganham 21% menos que os homens; consultoria especialista em equidade, inclusão e gênero, traz importância de conscientização do mercado corporativo

LUANA CRUZ
Nana Lima, sócia e cofundadora da Think Eva. Crédito da imagem: DIVULGAÇÃO

No dia 8 de março de 2024, Dia Internacional das Mulheres, dentre outras lutas, a data marcou o limite para as empresas entregarem o Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, iniciativa que visa garantir a igualdade salarial entre homens e mulheres. Dados do IBGE divulgados em março, apontam que, mesmo mais escolarizadas, as mulheres ganham 21% menos que os homens. Em cargos de liderança, ainda ganham 78% a menos em comparação ao salário dos homens. Além da disparidade salarial, são muitos os desafios para as mulheres no mercado de trabalho. 

De acordo com dados de uma pesquisa realizada pela Think Eva, consultoria especialista em equidade e gênero no mercado corporativo, em parceria com o LinkedIn, 47,12% das mulheres já sofreram assédio sexual no ambiente corporativo. Nana Lima, diretora da Think Eva, aponta a necessidade de um olhar integrado e constante. “Um mercado de trabalho justo e seguro para as mulheres passa pela responsabilidade das empresas. Realizar ações apenas no Dia Internacional da Mulher não resolverá o problema: é necessário combater a violência e a desigualdade diariamente, com políticas institucionalizadas, programas afirmativos e ações constantes que gerem indicadores e tragam resultados palpáveis”, afirma.

Para apoiar as empresas, a especialista lista quatro ações que contribuem para um mercado de trabalho mais justo:

1. Conscientização sobre desigualdade

O Fórum Econômico Mundial estima mais de 135 anos para que homens e mulheres alcancem o mesmo patamar na economia, na política e na educação. Essa desigualdade prejudica não apenas as mulheres, mas toda a sociedade e o mercado corporativo, que perde em potencial, oportunidades e diversidade. Na prática, as empresas podem fazer oficinas, formações e letramento de forma geral sobre o tema. 


2. Promover ações que cuidem da saúde mental feminina 

Dados do relatório “Esgotadas” do Lab Think Olga, lançado em 2023, apontam que 45% das mulheres brasileiras relataram diagnóstico de ansiedade, depressão ou transtorno mental. É importante que o setor privado desenvolva ações para diminuir o impacto negativo e fortalecer a saúde mental feminina, compreendendo quais políticas, benefícios  e caminhos institucionais podem ser adotados nessa jornada. "Mulheres seguras e fortes constroem empresas que respeitam, acolhem e incluem", destaca Nana.


3. Estimular a autonomia das mulheres

Garantir a autonomia feminina é essencial para promover segurança e crescimento para todas as mulheres. É importante estimular mulheres a se enxergar como agentes de mudança em prol da emancipação feminina e de uma sociedade mais justa e inclusiva para todos. Quanto ao papel prático das empresas, estão políticas que permitam maior autonomia, rotinas de trabalho mais flexíveis, licenças de parentalidade que contemplem a dos homens também, entre outros.


4. Envolver os homens na luta por equidade

Uma sociedade e, consequentemente, um mercado de trabalho justo e igualitário, depende do envolvimento de todos, e os homens são fundamentais no processo. Apresentar dados, conceitos e barreiras impostas às mulheres no mercado de trabalho, de forma acessível e conciliadora, é uma ação valiosa para que os homens sejam aliados na prática e façam a diferença na vida de suas colegas. Ao criar iniciativas que tornem os homens parte ativa do processo de equidade, é importante considerar todos os estágios de hierarquia - dos funcionários em começo de carreira às altas lideranças.


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LUANA DA CRUZ GASPAROTTO
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