05/06/2024 às 09h48min - Atualizada em 05/06/2024 às 20h06min

Dia Mundial do Meio Ambiente: iniciativas verdes transformam comunidades e empresas

Interdependência entre mercado, sociedade e meio ambiente deve estimular ações para diminuição do impacto ambiental e a preservação da biodiversidade

LARISSA BATALHA | MáQUINA CW
Divulgação: BASF
O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho e instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972, tem como objetivo principal chamar a atenção da população para as questões ambientais. Isso envolve uso consciente de água, preservação da biodiversidade, controle da poluição, menor consumo de energia, redução das emissões de CO2 e diversos outros fatores.

Parte importante na cadeia produtiva, a indústria química pode contribuir com a diminuição da pegada de carbono dos produtos a partir de suas iniciativas internas. Uma vez que ela está na ponta inicial do processo, todo o restante é beneficiado. A BASF, como indústria química global, adota diversas iniciativas com o objetivo de avaliar e melhorar as práticas de sustentabilidade como um todo. A empresa trabalha desde a cadeia de fornecimento de matérias-primas, passando pela produção, até a entrega de insumos que tornam os produtos mais sustentáveis.

“Em média, cerca de 70% da pegada de carbono dos nossos produtos vem das matérias-primas que são adquiridas por nossos fornecedores, diretamente relacionadas às emissões de Escopo 3”, afirma Caroline Lima Santos, Gerente de Sustentabilidade da BASF para América do Sul.

Em seu último relatório de sustentabilidade, a companhia apresentou uma nova meta em direção à neutralidade climática em 2050: a de reduzir as emissões relacionadas a matérias-primas em 15% até 2030, tendo como base o ano de 2022. Esse compromisso acentua os esforços da companhia a continuar proporcionando produtos químicos com uma pegada de carbono cada vez menor, considerando as 11 unidades de negócio da multinacional.

Produção mais sustentável

Um exemplo pode vir da Suvinil, marca de tintas decorativas da BASF, que pretende ser a fabricante mais sustentável do setor no Brasil. Dentro da estratégia da marca, a economia circular tem ganhado destaque. Com foco em reutilização e reciclagem de resíduos, a Suvinil se movimenta por meio da fabricação de embalagens de papel e o aumento de vendas de seus vernizes base água.

O lançamento foi acompanhado por um estudo de análise de ciclo de vida feito em parceria com a
Fundação Eco+, instituição mantida pela BASF que trabalha com consultoria para práticas regenerativas florestais na América do Sul, com resultados auditados pela ACV Brasil.


A pesquisa concluiu que a solução de papel causa menor impacto ambiental quando comparada ao galão metálico de 3,6 litros. A composição natural do papel permite uma decomposição completa no solo 7 vezes mais rápida em comparação a uma embalagem metálica.

Materiais renováveis

O Complexo Acrílico de Camaçari, na Bahia, foi a primeira fábrica da companhia a receber a Certificação Internacional de Sustentabilidade e Carbono (ISCC Plus) para a produção de produtos com balanço de biomassa ou com o selo Ccycled®. Na localidade são produzidos Ácido Acrílico, Acrilato de Butila e Polímero Superabsorvente (SAP), insumos utilizados em diversas indústrias, como adesivos, construção civil, higiene e produtos de pintura. A partir de agora, esses produtos continuam oferecendo o mesmo desempenho e qualidade com o benefício adicional de terem uma menor pegada de carbono.

Preservação da biodiversidade

A área de Soluções para a Agricultura, em parceria com a Fundação Solidaridad, tem ajudado agricultores brasileiros a monitorar abelhas criadas, facilitar a comunicação com apicultores e analisar a viabilidade do mercado baseado na natureza no Brasil. A primeira fase do projeto teve início em janeiro de 2024 e deve durar doze meses. A meta de longo prazo é criar um ecossistema que incentive os agricultores e as agricultoras a realizar projetos positivos para a natureza em paralelo às práticas agrícolas existentes.

De olho no reflorestamento

A Fundação Eco+ tem estudado os impactos das práticas de reflorestamento na preservação da biodiversidade. O estudo “Vendo a floresta a partir das árvores”, feito em parceria com a Social Carbon Braisl, revela que a diversidade de espécies em projetos de reflorestamento, principalmente nativas de um determinado bioma, ainda é baixa. Apenas 12% dessas iniciativas plantam dez ou mais espécies nativas no local, o que é considerado pelos pesquisadores como abaixo de um mínimo ideal de 50%. O estudo foi realizado pela Fundação Eco+ em parceria com a Social Carbon Foundation – ONG inglesa que trabalha para promover ações de mitigação das mudanças climáticas.

“Até mesmo em iniciativas que plantam espécies nativas, a taxa de diversificação também é baixa, de somente 18%. Percebemos que, mesmo tendo um crescimento de projetos desse tipo nos últimos anos, essa expansão pode ter ocorrido ao custo de uma menor riqueza de biodiversidade”, comenta Tiago Egydio, biólogo e gerente da Fundação Eco+.

Biodiversidade e economia circular são alguns dos caminhos possíveis para desenvolver uma economia de baixo carbono capaz de mitigar os impactos das mudanças climáticas, já sentidas em todo o planeta. A interação entre empresas, governos e sociedade civil é fundamental para acelerar esse processo, onde os esforços devem se concentrar na preservação do meio ambiente e da vida.

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LARISSA LUIZA BATALHA BENEDITO
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