28/05/2024 às 10h03min - Atualizada em 29/05/2024 às 20h00min

Recursos não chegam e empresas podem não conseguir pagar salários no RS

Sem faturamento, bares e restaurantes gaúchos não terão como pagar salários em junho, estima entidade

TATIANE FERREIRA
Foto: Diego Vara
A Abrasel emitiu um grave alerta à sociedade sobre a crise enfrentada pelas empresas do setor de alimentação no Rio Grande do Sul, especialmente as pequenas, devido às recentes inundações. Com a proximidade do pagamento dos salários dos trabalhadores, a Abrasel questiona de onde virá o dinheiro para as empresas afetadas, direta ou indiretamente, honrarem esse compromisso fundamental. Os bares e restaurantes, foi um setor muito prejudicado pelas enchentes: na semana passada, 55% das empresas estavam sem água, um terço sem energia e três em cada dez empregados foram diretamente atingidos pelas enchentes – muitos deles sem condições ainda de trabalhar.

“Nossa pesquisa mostrou que mais de um terço dos estabelecimentos estão fechados, sem faturar nada. E dos que estão abertos, 94% dos apontaram queda no faturamento. A isso se soma a dificuldade que já havia no estado, pois mesmo antes da enchente, quase metade já trabalhava no prejuízo. Ou seja, as empresas já vinham com dificuldades, não havia fôlego ou reserva. Sem ajuda, não há como pagar salários”, afirma o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, que gravou um vídeo nesta segunda-feira com o alerta sobre a situação. Clique aqui e assista à íntegra do vídeo

Essa situação de calamidade, causada por fatores naturais e diversas falhas, pode se agravar ainda mais com a falta de pagamento dos salários na próxima semana. Durante a pandemia, em um cenário de iminente fechamento de empresas, o Governo Federal, junto com o Parlamento, o Judiciário e a sociedade civil, conseguiu, em apenas três semanas, conceber e publicar a MP 936, o BEM, que salvou empregos, empresas e vidas.

“Dos bilhões anunciados pelo Governo Federal para socorrer as empresas afetadas pelas enchentes, nenhum recurso foi liberado até agora. A inércia do poder público ameaça destruir empresas, empregos e a esperança de superar desafios e tragédias como as inundações no Rio Grande do Sul”, completa Solmucci.

A Abrasel lembra que ainda há tempo para a edição de uma medida provisória, como foi feito durante a pandemia, para evitar um colapso ainda maior. É urgente a mobilização e ação rápida por parte do poder público para impedir a devastação do setor de alimentação e garantir a sobrevivência das empresas e dos empregos no Rio Grande do Sul.

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TATIANE RAQUEL FERREIRA RIBEIRO
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