PexelsNos últimos anos, houve um aumento significativo na adoção dessa fonte renovável por empresas de diferentes setores, contribuindo para a redução de emissões de carbono e para a sustentabilidade ambiental.
Por exemplo, um estudo recente da Agência Internacional de Energia (AIE) apontou que, até 2023, a capacidade global instalada de energia solar fotovoltaica atingiu cerca de 1.000 gigawatts, um marco que reforça a importância dessa tecnologia no combate às mudanças climáticas.
Por isso e muito mais, é fundamental compreender quais empresas já estão na vanguarda dessa transição energética e como elas têm implementado e se beneficiado da energia solar. A seguir, vamos apresentar algumas dessas empresas e suas iniciativas, detalhando desde o início da implementação até os resultados obtidos.
A Google é uma das pioneiras na adoção de energia solar entre as gigantes da tecnologia.
Desde 2017, a empresa tem se comprometido a utilizar energia 100% renovável para todas as suas operações globais.
Com isso, a Google investiu em vários projetos de energia solar, incluindo o desenvolvimento de parques solares como o Regulus, na Califórnia, que possui uma capacidade de 82 megawatts.
Esforços esses que permitiram à Google não apenas reduzir suas emissões de carbono, mas também economizar significativamente os custos operacionais.
A Apple é outra gigante da tecnologia que tem se destacado no uso de energia solar, já que em 2018, a empresa anunciou que todas as suas instalações ao redor do mundo são alimentadas por energia 100% renovável, incluindo energia solar.
A Apple construiu diversas fazendas solares, como a instalação de 130 megawatts no Deserto de Nevada.
Além de reduzir sua pegada de carbono, a empresa tem incentivado seus fornecedores a adotarem práticas sustentáveis, ampliando o impacto positivo ao longo de sua cadeia de suprimentos.
A Natura, uma das maiores empresas de cosméticos brasileiras, também tem investido fortemente. Finalizado no ano de 2019, a empresa recebeu a maior instalação de painéis solares fotovoltaicos orgânicos do mundo em sua sede, localizada em Cajamar, São Paulo.
O projeto, que utiliza 1.800 metros quadrados de filmes fotovoltaicos orgânicos, tem o objetivo de reduzir e neutralizar as emissões de gases do efeito estufa, gerados antes em sua cadeia produtiva.
Os resultados incluem uma economia anual de milhões de reais em custos de energia e um significativo impacto positivo no meio ambiente.
A Petrobrás tem investido fortemente em energia solar como parte de seu compromisso com a sustentabilidade.
Tanto é que a empresa lançou recentemente um planejamento estratégico de expansão, que pretende conquistar 10% do mercado de geração eólica e solar centralizada do Brasil até 2028.
Parte dessa iniciativa inclui o investimento de US$ 5,2 bilhões em energias renováveis, que contemplam eólicas onshore e usinas fotovoltaicas.
Em implementação desde 2018, a Petrobrás tem previsto a construção de usinas solares em três refinarias, com uma ordem de 48 MW.
O Mercado Livre, assim como outras empresas nacionais, tem se empenhado em tornar suas operações neutras em carbono e, para isso, tem investido significativamente.
Sua sede comporta uma enorme instalação de painéis fotovoltaicos que conta com duas mil placas e todo o ecossistema que envolve traçador de curva e outros equipamentos, em uma área de 4,7 mil metros de telhado, capaz de gerar até 700 MWh ao ano.
Como resultado, mais de 100 toneladas de CO2/ano são evitadas, o que equivale a, mais ou menos, 560 árvores plantadas no período.
Com operações iniciadas em 2020, a operadora de telefonia Claro fechou um contrato pelos próximos 12 anos para obter 911 GWh de potência em energia renovável.
Assim como outras gigantes do setor, a empresa tem instalado painéis solares em suas sedes espalhadas pelo Brasil, como parte de um plano que surgiu em 2017, com foco no abastecimento energético solar em todas as suas operações e instalações.
Atualmente, são 90 usinas que integram a iniciativa da operadora e já foram evitadas a emissão de mais de 500 mil toneladas de CO2 na atmosfera desde a implementação do projeto.
Conhecida por ser uma das maiores varejistas do país, a Magazine Luiza também é uma grande defensora da energia solar.
Com um investimento milionário, ela oferece soluções para 626 lojas espalhadas por todo o país, abastecidas por 17 usinas de energia solar, distribuídas por 11 estados.
A empresa instalou painéis solares através do sistema desenvolvido em parceria com gigantes do segmento de energia solar, que atuam no desenvolvimento e fornecimento para terceiros.
Esses esforços estão alinhados com a missão da Magalu de acelerar a transição do mundo para energia sustentável.
Com um contrato de 15 anos assinado em parceria com a Enel Green Power Brasil, que irá atender a 100% da demanda de energia de 170 lojas pelo país, a Renner também faz parte das empresas empenhadas por um mundo mais sustentável.
No total, 40% do consumo da Lojas Renner no Brasil será suprido por energia renovável, visando benefícios ambientais e financeiros, e eliminando cerca de 6.200 toneladas de emissões de CO2 por ano.
Por fim, a Ambev, uma das maiores fabricantes de bebidas do mundo, também tem investido fortemente no segmento.
A empresa instalou painéis solares em várias de suas fábricas e centros de distribuição, contribuindo para a meta de utilizar 100% de energia renovável em suas operações até 2025.
Os resultados incluem uma redução significativa nos custos de energia e um impacto positivo no meio ambiente, se alinhando aos compromissos de sustentabilidade da empresa.
A iniciativa faz parte do compromisso da empresa de ter 100% da energia consumida de fontes renováveis e reduzir em 25% as emissões de carbono até 2025.
A adoção de energia solar por essas e outras grandes empresas ao redor do mundo só demonstra um compromisso crescente com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental.
Uma tendência praticamente inevitável que está se expandindo rapidamente, impulsionada por avanços tecnológicos e a necessidade urgente de enfrentar as mudanças climáticas. Algo que o presente já aponta para um aumento futuro na adoção de fontes renováveis, beneficiando tanto o meio ambiente quanto as economias.
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HENRIQUE SILVA MORGANI
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