16/05/2024 às 16h13min - Atualizada em 16/05/2024 às 16h13min
Ricardo Nunes é um dos 20 prefeitos em todo o mundo convidados pelo Papa para falar sobre combate à crise climática
Prefeito participa de audiência com Francisco e integra mesa redonda em que apresenta os exemplos práticos da Prefeitura no combate à crise climática
O compromisso da Prefeitura de São Paulo com a proteção do meio ambiente e suas ações de sustentabilidade levaram o Papa Franciso a escolher o prefeito Ricardo Nunes como um dos 20 chefes de Executivos em todo o mundo para falar dessas iniciativas durante o seminário “Da crise climática à resiliência climática”, entre 15 e 17 de maio, na Cidade do Vaticano, na Itália. O prefeito embarcou para a Itália na tarde desta segunda-feira (13).
No dia 16, Ricardo Nunes participou de audiência com o Papa ao lado dos outros prefeitos e integra mesa redonda em que apresenta os exemplos práticos que a Prefeitura implementa no combate à crise climática. Vai falar, por exemplo, como a cidade vem se preparando para reduzir a emissão de poluentes e o compromisso assumido pela cidade por meio do Programa de Metas, em que prevê respostas imediatas às demandas locais e globais, zelando pelas gerações futuras e posicionando São Paulo mundialmente na vanguarda da promoção da sustentabilidade e qualidade ambiental.
“A cidade de São Paulo está muito honrada com o convite do Papa, que chamou 20 prefeitos do mundo que tinham as 20 iniciativas mais interessantes de sustentabilidade e meio ambiente. Estamos muito felizes em tratar desses temas no Vaticano porque São Paulo é um exemplo nessa questão”, destacou o prefeito Ricardo Nunes.
O prefeito vai explicar algumas dessas ações, como o aumento da cobertura da área vegetal da cidade, passando de 48% para 54,13%, e a redução das emissões de poluentes em 50% até 2030 e, até 2050, zerar as emissões de carbono adotando medidas como a eletrificação da frota de ônibus.
“Hoje, 15% do território da cidade são áreas públicas de florestas que compõem parques estaduais, municipais e áreas indígenas”, disse o prefeito, que em fevereiro assinou um decreto que desapropria para o município 11% de áreas verdes particulares para preservação sob proteção da Prefeitura. “A gente vai passar para 26% do território da cidade de área de mata, preservada, área pública. Isso representa um quarto da cidade”, salientou Nunes. Atualmente, a cidade conta com 112 parques e, até o final do ano, serão entregues 9 parques à população. A capital planta 55 mil árvores por ano.
Além disso, a cidade ampliou a cobertura vegetal, passando de 48% para 54% do território. “Chegamos a 337 jardins de chuva na cidade, em áreas impermeáveis que recebem intervenções para virar permeáveis. A gente tira o concreto, faz o jardim, aprofunda um metro, coloca brita, põe o jardim e fica uma área permeável”, explicou o prefeito.
As medidas adotadas pela Prefeitura buscam melhorar a qualidade do ar, reduzir a temperatura e a poluição, além de aumentar a permeabilidade do solo e regular o curso de rios.
A Prefeitura também criou a Operação Integrada em Defesas das Águas (OIDA), que estabelece o Plano Preventivo de Chuvas de Verão, para prevenção, atendimento emergencial e assistência social, além de construções de reservatórios e dos jardins de chuva.
Seminário
As Pontifícias Academias de Ciências (PAS) e de Ciências Sociais (PASS) do Vaticano realizam o seminário “Da crise climática à resiliência climática” para debater o fortalecimento da resiliência diante da crise climática.
O seminário se baseia em três pilares de atuação: mitigação, de modo a reduzir as causas do fenômeno climático; adaptação, a fim de lidar com os riscos inevitáveis decorrentes desse processo; e a transformação social, como meio de promover a mitigação e a adaptação, buscando soluções que abordem a proteção da biodiversidade e a redução da desigualdade, com especial atenção para a promoção da saúde humana e os impactos da transição climática sobre o aumento de fluxos migratórios.
