14/06/2024 às 10h07min - Atualizada em 14/06/2024 às 12h03min

Programa de segurança viária da Falconi é finalista em prêmio de mobilidade urbana

Projeto que busca diminuir óbitos decorrentes de acidentes de trânsito foi reconhecido com menção honrosa durante evento

DIEGO AMORIM
Consultoria Falconi
Divulgação/Falconi
O programa Brasília Vida Segura foi finalista do Prêmio Parque da Mobilidade Urbana, que reconhece iniciativas que promovam a mobilidade urbana sustentável, segura e inclusiva. A cerimônia de premiação ocorreu nesta quinta-feira (13), em São Paulo. O trabalho é fruto de uma parceria da consultoria Falconi com a Cervejaria Ambev e com a sua fundação global, a ABInbev Foundation, e buscou melhorar a qualidade de vida da população do Distrito Federal (DF) por meio de um olhar mais atento à segurança viária.

No evento, o programa recebeu uma menção honrosa como forma de reconhecimento.

O projeto faz parte de uma iniciativa global baseada na cooperação entre os setores público e privado para diminuir em 50% os óbitos decorrentes de acidentes de trânsito. Aplicada entre os anos de 2017 e 2020, o programa contou com estruturação da base de dados, alinhamento de metas, entendimento dos perfis e pontos críticos, ações claras e eficazes e implantação de sistemática de gestão e da rotina de controle de resultados.

O vice-presidente da Falconi para Setor Público, Vinicius Brum, conta que o programa possibilitou reduzir as despesas decorrentes de acidentes de trânsito e disponibilizar os serviços de emergência médica para outras necessidades. Em Brasília, o projeto levou à redução de 51% do número de acidentes com mortes. Com isso, estima-se que cerca de 520 vidas foram preservadas. “Foram estabelecidas frentes de atuação que envolveram o diagnóstico de riscos e intervenções de engenharia, a elaboração e implantação de estratégias de fiscalização e a criação de programas e campanhas de conscientização.”

O executivo reforça a importância de se entender todos os riscos para desenvolver um plano de ações públicas que os municípios possam implementar. “Com o conhecimento sobre os riscos, é possível elaborar um plano de ações públicas para serem colocadas em prática pelos municípios. E as medidas práticas podem envolver a colocação de uma lombada, mudanças na temporização do semáforo, proibição de conversão, troca de lâmpadas e pintura de faixa de pedestres”, diz Brum.

Foram reconhecidas iniciativas públicas e privadas em favor da mobilidade sustentável, que inovam e transformam a segurança viária. Os prêmios foram entregues durante o Parque da Mobilidade Urbana, maior evento do setor da América Latina que reuniu empresas comprometidas com o tema e que permeia os diferentes atores do contexto.

Tecnologia pode ser mais uma aliada
Campanhas de conscientização sobre segurança no trânsito são fundamentais para a redução de acidentes nas estradas e rodovias. Contudo, hoje as soluções podem ir além e envolver ferramentas de inteligência artificial (IA), sendo a tecnologia cada vez mais uma aliada na maneira como nós lidamos com a segurança no trânsito. Nesse cenário, a Falconi desenvolve um projeto com a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) a partir de dados disponibilizados pelo Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito (Renaest), sistema eletrônico que consolida as informações das vias de todo o Brasil.

A ferramenta combina o uso de analytics avançado e de IA com machine learning. O projeto também tem o apoio da Ambev. Assim, na prática, o algoritmo responsável é abastecido com informações que podem influenciar o trânsito, como a existência de feriado ou evento e as chances de chuva. A partir daí, o mapa aponta os trechos com maiores chances de ocorrer um acidente, em uma escala de três níveis de intensidade.

Utilizando os dados das cidades de São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG), os resultados mostram que o índice de exatidão chega a quase 80%. Ou seja, oito em cada dez pontos indicados tiveram ocorrência de acidente. Brum conta que a Prefeitura de São Paulo estuda adaptar o modelo e levá-lo para a capital paulista a fim de reduzir os episódios.

"Com a criação de modelos preditivos e a análise de dados, um código trabalha com a inserção de ocorrências históricas e outras informações. O algoritmo então aprimora as projeções e mostra, no mapa, onde as atitudes do condutor podem resultar em acidente. Áreas em vermelho têm probabilidade alta. Se estão em verde, ela é mais baixa. Isso permite ações inteligentes dos órgãos públicos em tempo real", explica o executivo.

O Brasil hoje figura hoje como o terceiro país com mais mortes no trânsito em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Além disso, as mortes resultantes de acidentes de trânsito ocupavam a oitava posição entre as principais causas de óbito no país, de acordo com dados o Ministério da Saúde, chegando a cerca de 34 mil no ano de 2022. Números apresentados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) corroboram esse cenário e revelam que, no ano passado, houve cerca de sete acidentes por hora nas estradas do país, totalizando quase 68 mil acidentes registrados.

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DIEGO AGOSTINHO ALVES DE AMORIM
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