08/05/2024 às 14h09min - Atualizada em 08/05/2024 às 16h05min

35% das empresas brasileiras já adotam regime de trabalho totalmente presencial

Segundo a 27ª edição do Índice de Confiança Robert Half, o modelo de trabalho híbrido ainda é o preferido da maior parte dos entrevistados, tanto para empresas quanto para profissionais

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Robert Half

São Paulo, maio de 2024 — Há quatro anos, ninguém poderia prever como o trabalho remoto iria transformar profissionais, empresas e seus ambientes de trabalho. Mesmo agora, alcançar o ponto de equilíbrio ainda é um desafio. Segundo dados da 27ª edição do Índice de Confiança Robert Half, 35% das companhias exigem a presença diária no escritório, enquanto apenas 6% dos colaboradores preferem esse modelo.

É perceptível o crescimento do número de empresas que optam pelo retorno às atividades inteiramente presenciais. Em relação a essa escolha, houve um aumento de cinco pontos percentuais em comparação com o último trimestre. Apesar do principal ponto de discordância girar em torno do modelo 100% presencial, o esquema de trabalho híbrido ainda é o preferido pela maioria dos entrevistados, tanto na visão das empresas quanto na opinião dos profissionais.

Entre as companhias, 58% estão funcionando em modelo híbrido, 35% de forma presencial e 7% seguem totalmente em home office. Do lado dos profissionais, a preferência pela modalidade híbrida é ainda maior: 77% a consideram como o modelo ideal de trabalho, enquanto 17% indicam o home office integral e apenas 6% o presencial.

De acordo com a pesquisa, o retorno 100% presencial levaria 65% dos profissionais empregados a buscar um novo emprego – sendo que 22% deles afirmam que o retorno ao escritório definitivamente não é uma opção, enquanto 43% indicam que buscariam um novo trabalho, mas que não teriam problemas em permanecer na atual empresa até que encontrassem outra oportunidade.

“Para alguns profissionais, o ambiente do escritório proporciona uma sensação de pertencimento e conexão com a equipe, além de facilitar a troca de ideias e o aprendizado colaborativo. Além disso, para algumas pessoas, o trabalho presencial pode representar uma separação mais clara entre vida pessoal e profissional, ajudando a manter um equilíbrio saudável entre os dois aspectos da vida”, comenta Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.

O executivo da Robert Half avalia que, depois da experiência do trabalho remoto, a maioria dos colaboradores prefere não retornar ao modelo 100% presencial devido ao desejo de manter a flexibilidade, autonomia e qualidade de vida. “Para as empresas, o trabalho presencial facilita a colaboração e a inovação, promovendo a troca de ideias e a resolução de problemas de forma mais eficaz. No entanto, muitas não têm nem espaço físico suficiente para acomodar 100% dos colaboradores 100% do tempo”, complementa Mantovani.  

Além dos impactos na retenção, o retorno presencial ao trabalho pode influenciar na atração de talentos. A pesquisa revela que 11% dos profissionais desempregados só aceitariam uma proposta de trabalho 100% presencial se não tivessem outra escolha.

Desafios de gestão: modelo 100% presencial 

Na visão das empresas, os cinco principais desafios dos gestores que lideram times 100% presenciais são: equilibrar a necessidade de interação presencial com a flexibilidade desejada pelos funcionários; lidar com possíveis resistências à cultura presencial em um cenário mais flexível; manter a comunicação eficiente; adaptar-se às mudanças nas expectativas dos funcionários em relação ao trabalho presencial; e garantir a segurança e saúde dos funcionários no ambiente de trabalho físico.

Desafios de gestão: modelo 100% remoto 

Entre aquelas que atuam em formatos 100% remotos, os cinco desafios de gestão mais latentes são: promover a comunicação clara e eficaz em um ambiente virtual; manter a equipe engajada e motivada à distância; assegurar a segurança da informação; gerenciar efetivamente o desempenho dos funcionários sem uma presença física constante; e monitorar a carga de trabalho para evitar o esgotamento dos colaboradores.

Desafios de gestão: modelo híbrido

Já para as companhias que funcionam em modalidade híbrida, os cinco maiores desafios de gestão são: manter a produtividade e eficiência da equipe, considerando diferentes ambientes de trabalho; gerenciar a comunicação de maneira a manter todos os membros da equipe informados e envolvidos; equilibrar efetivamente a colaboração entre membros da equipe presencial e remota; promover a colaboração e a coesão da equipe; e garantir que as políticas e práticas sejam justas para todos os funcionários, independentemente do local de trabalho.

Desemprego abaixo dos 4%

O cenário torna-se ainda mais complexo ao levar em consideração a taxa de desemprego entre os profissionais qualificados (a partir dos 25 anos com ensino superior completo). De acordo com o ICRH, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, o nível de desocupação dos profissionais qualificados (a partir dos 25 anos e com graduação completa) foi de apenas 3,6% no quatro trimestre de 2023. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a taxa está 0,2 pp mais baixa.

Diante da constante evolução das preferências de trabalho, as organizações devem adotar estratégias flexíveis e proativas não apenas para atrair e reter talentos, mas também para impulsionar os resultados da empresa. A capacidade de se adaptar e responder às necessidades dos colaboradores desempenha um papel fundamental tanto na satisfação e engajamento da equipe como no alcance dos objetivos organizacionais.

“É importante reconhecer que os diferentes modelos de trabalho não vão agradar a todos da mesma forma, e nem todos os negócios têm flexibilidade de oferecer alternativas aos colaboradores. Cabe a cada parte analisar suas necessidades e possibilidades, buscando encontrar um equilíbrio que atenda tanto às demandas individuais quanto às exigências corporativas, independentemente do formato adotado”, destaca Fernando Mantovani. 

Esse recorte faz parte da 27ª edição do ICRH e é resultado de uma sondagem conduzida pela Robert Half com 1.161 profissionais, igualmente divididos em três categorias: recrutadores (profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas ou que têm participação no preenchimento das vagas); profissionais qualificados empregados; e profissionais qualificados desempregados (com 25 anos ou mais e formação superior), distribuídos regionalmente e proporcionalmente pelo Brasil.

Sobre a Robert Half

É a primeira e maior empresa de soluções em talentos no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil selecionando profissionais permanentes e para projetos especializados nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão. Com presença global e atuação na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Oceania, a Robert Half aparece em listas das empresas mais admiradas do mundo. A Robert Half é reconhecida, também, por seu compromisso de promover a igualdade e proporcionar uma cultura que apoia a diversidade.

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