09/04/2024 às 17h32min - Atualizada em 10/04/2024 às 00h07min

Estudo do idioma inglês e viagem de retono à África, atraem brasileiros para Cape Town

Pisar em solo africano é a realização de um sonho para o grupo de viajantes negros

Dayanna Alvarenga Delfino
Joyce Cursino
Foto: Joyce Cursino
 
Com objetivo de imersão na língua inglesa e cultura ancestral, um grupo formado por 17 afrodescendentes de todo o país embarcou em uma viagem de 30 dias rumo à África do Sul. Cada participante traz consigo sua própria história, mas todos compartilham o desejo comum de mergulhar de cabeça nesta aventura.

“Essa viagem tem sido incrível, eu sempre viajei e acreditei que a gente pode estar onde a gente tem vontade. Independente de idade, de gênero, acredite no que você quer e vá atrás. Fazer um curso de língua inglesa na África do Sul, em Capetown, tem sido perfeito, estou tendo agora a possibilidade que eu não tive por N questões.
Acho muito imporatnte e extraordinário, estar viajando com esse coletivo, onde as mulheres focam em estudar, em aprender, e conhecer novos horizontes, tudo graças à Bitonga Travel, Rebecca e a Soul Africa intercambio.” Relata Vilma Queiroz, de Capão redondo, São Paulo.
O idioma inglês é importante quando se fala de carreira e, até mesmo, de viagens. O número de brasileiros que tem escolhido a África do Sul como destino para o aprendizado e aprimoramento da língua tem aumentado bastante desde 2019.
Em janeiro de 2024 foi registrado um alto número de entrada de brasileiros no território sul-africano, esse aumento foi 150% maior do que o registrado no mesmo período de 2023.
A África do Sul como destino de viagem para pessoas pretas, vai além de férias turísticas e/ou  acadêmicas. Ir para África é uma forma de estar em contato com a ancestralidade, com a riqueza cultural do país, histórias e costumes.
“Essa é uma experiência que traz toda uma conexão que envolve a minha ancestralidade de ser um homem preto, descendente de escravos, de seres humanos escravizados, melhor dizendo. Vir para África do sul, em especial, para essa cidade que tem toda uma história relacionada ao colonianismo, imperialismo e a luta do povo preto contra a escravidão, acaba se tornando bastante significativo na minha formação enquanto sujeito, enquanto cidadão, enquanto profissional da educação.
Eu vim pra cá para o aprendizado do inglês, porque eu senti a necessidade de ter o domínio dessa língua para ter a possibilidade de participar de eventos internacionais e de ter mais contato com estrangeiros.
O Pará, de onde eu venho, está em uma região amazônica, uma região que históricamente enfreta uma série de desafios, e de problemas de ordem social, política, economica, e cultural por causa do avanço da modernidade capitalista. Nós estamos na periferia do capitalismo tanto em nível nacional, quanto em nível internacional. O que significa dizer que nós temos uma dificuldade imensa de ter uma segunda língua, e principalemente as populações chamadas tradicionais, eu sou quilombola e sei o que é isso.
E aí, quando nós falamos de estudantes de curso de inglês aqui na África do Sul que saem do norte, do Pará, para aprender a língua, isso acaba se tornando um grande motivador para que possamos então levar essa mensagem incentivadora para nossa cidade, estado, região, para nossa juventude e militantes. Para que assim, eles possam procurar ter essa experiência, e criar estratégias dinâmicas possíveis, para tornar esse incentivo uma realidade.” conta Aiala Couto, de Belém do Pará.
Toda essa experiência de imersão cultural na África do sul foi idealizada por Rebecca Aletheia em parceria com a agência Soul Africa, que levaram os viajantes em uma jornada de autodescoberta, reconexão e celebração da africanidade, construindo pontes de entendimento e solidariedade entre os continentes.

Trazer 16 pessoas para África do Sul, para viver e imergir em uma cultura por 30 dias e com a possibilidade de falar inglês, é uma experiência incrível. Eu estou muito feliz e realizada por poder fazer uma viagem do retorno.
Eu me sinto honrada de ser a anfitriã da viagem e poder compartilhar um pouco do que eu vivo quando eu viajo.  Esse grupo é fantástico, é gente do Pará, gente da Bahia, de Minas, São Paulo, Rio de Janeiro, tem sido muito gostosa, muito respeitosa essa troca, abrangendo todas as idades. Eu me sinto realizada, feliz, porque é a primeira vez que eu faço uma viagem ao continente africano, já fiz viagem pelo Brasil, colombia, em países europeus em grupo. Mas, essa é a primeira vez com um grupo grande em terrítório africano, 30 dias isso é nobre. Eu estou em um momento de muita emoção, viver tudo isso, poder conseguir devolver pra nossa comunidade, pra nossa população e também para os nosso ancestrais, eu tenho entendido esse chamado. Então eu devolvo, muito feliz de ser ponte pra que eles pudessem estudar, aprender mais uma língua, além do português e poder imergir na cultura em solo africano.”, diz Rebecca Aletheia.
Durante a experiência os participantes foram levados para conhecer as maravilhas naturais e culturais da África do Sul, desde as paisagens deslumbrantes dos Parques, Museus, Escolas até as vibrantes ruas de Cape Town.
Amaphupho fezeka, que na língua original Zulu, significa: Os Sonhos se Tornam Realidade!
Juntas, Rebecca e a Soul África, unem esforços para transformar sonhos em realidade, abrindo novos horizontes de possibilidade e potencial.
Este é apenas o começo e elas mal podem esperar para ver o que o futuro as reserva.
Programe-se para as próximas viagens com Rebecca Aletheia para a África do Sul. 

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