04/04/2024 às 11h41min - Atualizada em 04/04/2024 às 16h04min

Show no Sesc 14 Bis

Tio Gê - O Samba Paulista de Geraldo Filme

Redação
Divulgação

Show Tio Gê - O Samba Paulista de Geraldo Filme homenageia o saudoso sambista no Sesc 14 Bis 

Apresentação conta com a participação especial das cantoras Amanda Maria, Graça Cunha, Luciah Helena e Virgínia Rosa, além da atriz Cleide Queiroz

“Samba militante do compositor Geraldo Filme é reavivado em tributo majestoso”, diz a crítica de Mauro Ferreira (G1) sobre o projeto

Ícone do samba paulistano, Geraldo Filme (1927-1995) é dono de verdadeiros hinos que marcaram a memória cultural de São Paulo, como “Tradição (Vai no Bixiga pra Ver)”, “Vá Cuidar da sua Vida” e “Silêncio no Bixiga”. O disco Tio Gê - O Samba Paulista de Geraldo Filme, lançado em 2020 pelo Selo Sesc, reuniu grandes vozes negras para homenageá-lo. 

E agora, nos dias 13 e 14 de abril, o Sesc 14 Bis recebe duas novas apresentações desse tributo incrível, que tem direção artística de Fernando Cardoso e direção musical do maestro Ogair Júnior (teclado e acordeom), que ainda assina os arranjos ao lado de Dino Barioni (violões e guitarra) e Robertinho Carvalho (contrabaixo). Completam a banda do show Jorginho (trombone) e Vitor Alcântara (flauta e sax tenor).

As apresentações contam com a participação nos vocais de Amanda Lira (finalista da última edição do reality show The Voice Brasil), Graça Cunha (que esteve por muitos anos à frente da banda do programa Altas Horas), Luciah Helena (excelente cantora gaúcha) e Virgínia Rosa (que também é atriz).

Já o repertório do show reúne 15 das 26 faixas do disco duplo, entre composições do Tio Gê e textos de Leo Lama, filho do dramaturgo Plínio Marcos, que era um dos melhores amigos e incentivadores do homenageado. Esses textos serão interpretados no palco pela atriz Cleide Queiroz.

Entre os grandes sucessos presentes no disco, estão “Batuque de Pirapora”, “Reencarnação”, “História de Capoeira”, “Que Gente é Essa”, “Eu Vou Mostrar”, “São Paulo Menino Grande”, “Garoto de Pobre”, “Cravo Vermelho”, “Amigo”, “Luxo da Cidade”, “Anúncio” e “Vamos Balançar”.

O CD duplo está disponível para compra nas lojinhas das unidades do Sesc SP e aqui no site da instituição. Também pode ser ouvido nas principais plataformas digitais.

O álbum teve participação especial das cantoras negras Alaíde Costa, Amanda Maria, Áurea Martins, Clarianas (Naruna Costa, Martinha Soares e Naloana Lima), Cleide Queiroz, Ellen Oléria, Eliana Pittman, Fabiana Cozza, Graça Braga, Graça Cunha, Lady Zu, Leci Brandão, Luciah Helena, Maria Alcina, Paula Lima, Rosa Marya Colin, Sandra de Sá, Teresa Cristina, Virgínia Rosa e Xênia França. Somam-se a elas textos do escritor Léo Lama sobre a vida de Tio Gê, narrados pelos atores Aílton Graça, João Acaiabe e Sidney Santiago Kuanza.

Algumas críticas ao tributo:

 “...os arranjos de Robertinho Carvalho, Dino Barioni e do próprio Ogair são uma primorosa extensão da arte do mestre sambista. É como se cada instrumentista proporcionasse um caloroso abraço ao compositor”, de Aquiles Rique Reis (Jornal do Brasil)

Batuque de Pirapora, com Virgínia Rosa, é obra-prima para ser ouvida e cantada na palma da mão”, de Augusto Diniz (Carta Capital)

“Com 20 sambas e um bocado de história, Tio Gê cumpre o tributo prometido com honra, brilho e muito respeito”, diz Pedro Alexandre Sanches (Farofafá)

 

Sobre Geraldo Filmes

Nascido em 1927, Geraldo Filme de Souza passou a infância no bairro da Barra Funda, o que lhe rendeu o apelido de Geraldão da Barra Funda. O menino entregava as marmitas feitas pela mãe, Augusta, que era dona de pensão. Os pais eram filhos da última geração do sistema escravista e gostavam de música. Seu Sebastião, tocava violino e dona Augusta era uma das organizadoras da romaria nas festas do Bom Jesus de Pirapora — onde o batuque de Pirapora acontecia. 

Defensor da cultura caipira e dos cantos negros de trabalho escravo, Tio Gê, forma como era chamado pelas crianças, era contra a apropriação cultural e defendia o espaço sem preconceitos étnicos e raciais. Porém, tocava em porões para fugir da represália policial. 

Sambador, compositor e versador, Geraldo era respeitado por todas as escolas do Carnaval paulista, principalmente, a Unidos do Peruche e a Vai-Vai. Seu único disco solo foi lançado em 1980, intitulado Geraldo Filme. Antes, em 1974, o dramaturgo Plínio Marcos deixa clara a admiração pelo sambista e pelo gênero, ao gravar Nas Quebradas do Mundaréu, reunindo Geraldo Filme, Toniquinho Batuqueiro e Zeca da Casa Verde. 

Em 1982, gravou com Tia Doca da Portela e Clementina de Jesus um dos grandes álbuns da música popular, O Cantos dos Escravos. Geraldo Filme morreu em 1995, em São Paulo, em decorrência de complicações de diabetes e pneumonia.

Serviço

Shows do disco Tio Gê - O Samba Paulista de Geraldo Filme

Quando: 13 e 14 de abril

Sábado, às 20h

Domingo, às 18h

 

Sesc 14 Bis – R. Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista

Ingressos: R$60 (inteira), R$30 (meia-entrada) e R$18 (credencial plena)

Venda online em sescsp.org.br

Classificação: 10 anos

Duração: 90 minutos

Capacidade: 513 lugares

Acessibilidade: local acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida


 
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