14/03/2024 às 14h23min - Atualizada em 15/03/2024 às 00h06min

Raul de Souza ganha tributo em 21 de março, no Manouche

Tem música inédita no roteiro do show dirigido por Glauco Sölter, baixista da sua banda oficial

Monica Ramalho
Belmira Ideias e Conteúdo
Acervo da família

Na quinta, 21 de março, o Manouche receberá a estreia mundial do show "Raul de Souza—>Bone", uma homenagem ao trombonista que mudou a história do seu instrumento e da música brasileira. Inventor do "Souzabone", um trombone com pedal de efeito e quatro (em vez das habituais três) válvulas, o genial Raul de Souza (1934-2021) dividiu a cena com grandes nomes, do calibre dos nossos Airto Moreira, Flora Purim, Sérgio Mendes e dos internacionais George Duke, Freddie Hubbard e Sonny Rollins.

Com direção musical do Glauco Sölter, baixista do mestre, a banda é formada por Marcos Nimrichter (teclados), Eduardo Neves (sax tenor), Leonardo Ramiro (trombone), José Arimatéa (trompete) e Fofo Black (bateria), com Luana Mallet, Tania Tai e Ella Fernandes incrementando a massa sonora no backing vocal, como gostava Raul. Este show tem consultoria artística de Yolaine de Souza, sua viúva, e produção e direção artística de Carol Rosman.

"Perdemos Raul em junho de 2021 e este será o primeiro show no Rio de Janeiro em sua homenagem com a ativa participação de um dos músicos de sua banda oficial, o baixista Glauco Sölter, que tocou com ele nos seus últimos 15 anos. Estou muito feliz por atender ao convite da Yolaine para realizar este show, que batizamos carinhosamente de Raul de Souza—>Bone. Que a música dessa noite chegue aos ouvidos dele!", exulta Carol

No repertório, composições que revelam um lado mais dançante e mais próximo da cultura americana do trombonista que viveu 14 anos nos Estados Unidos, onde lançou discos que fizeram sucesso e venderam no mundo todo. "Overture", "Botton Heart", "Sweet Lucy", "Rio Loco", "Don't Ask My Neighbors", "Wild and Shy", "Banana Tree", "Mitchs Boogie", "Aquelas Coisas Todas" e a inédita "Bom Momento", registrada num disco gravado na França há cerca de uma década e jamais lançado.

"É uma balada linda que Raul gostava muito e passou a tocar ao vivo em todas as apresentações. Parece um tema de filme", adianta Glauco, que fica logo saudoso quando o assunto é o band leader. "A sonoridade do trombone dele lembra um veludo e cada nota brilha como um diamante. E além de ter melodias maravilhosas, as suas composições vêm carregadas de um suingue próprio, brasileiro. O Raul trouxe para o jazz uma linguagem de samba que ele aprendeu nas gafieiras cariocas. Ele nasceu em Bangu e vivia nessas rodas. Tocou até com Pixinguinha", arremata o baixista.

QUANDO: 21 de março, quinta, às 21h
ONDE: Manouche - Rua Jardim Botânico, 983 (subsolo da Casa Camolese), no Jardim Botânico
QUANTO: Ingressos: R$ 70,00 (solidário com 1 kg de alimento não perecível, estudante e idoso que, a partir de agora, será doado para o Retiro dos Artistas) e R$ 140,00 (inteira). Vendas pelo: https://linktr.ee/clubemanouche
E MAIS: Há 90 lugares para o público sentado


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