11/03/2024 às 15h34min - Atualizada em 12/03/2024 às 00h03min

Centro Cultural São Paulo recebe o solo DEUSAS, com a bailarina Luma Preto, dias 12, 13 e 14/03 às 21h. Espetáculo é gratuito

Cultura;

Micheletto Comunicação
Divulgação
DEUSAS é um trabalho solo de dança que estará em breve temporada no CCSP dias 12, 13 e 14 de março às 21h. O trabalho é uma realização do Núcleo Boia de Dança, com criação e interpretação de Luma Preto, direção e concepção de Ilana Elkis. Com curadoria de Mark Van Loo, DEUSAS integra a programação deste mês junto à outras artistas da dança, em comemoração ao Mês da Mulher.

DEUSAS (2023) é um braço da obra MUSA (2020-2022), que aqui se desmembra em uma versão solo, que busca refletir sobre coreografias impregnadas no corpo, a partir de valores culturais que ditam o ideal da mulher. A partir de um olhar sob a mulher na história da arte, da antiguidade à contemporaneidade, ambos trabalhos, propõem-se a instaurar uma discussão acerca da mulher como objeto-imagem, sob a perspectiva do olhar do seu consumidor- espectador, em um contexto patriarcal e ocidental.

Enquanto MUSA é realizado por quatro-performers, Deusas é um trabalho solo, onde a criadora-intérprete, Luma Preto, incorpora tais assuntos, somando a um olhar para algumas deusas da mitologia grega do livro “Mulheres e Deusas” de Renato Nogueira.

A distribuição do público ao redor da bailarina, seminua, faz alusão a uma experiência de exposição de uma obra de arte, contexto onde o corpo da mulher é contemplado e objetificado sistematicamente, sob um olhar hegemônico, geralmente masculino.

Durante o trabalho, que tem duração de 40 minutos, a bailarina vai compondo instantaneamente tensões e torções, onde imagens- sensações, vão sugerindo em nosso imaginário, figuras híbridas, entre o real e o mítico, que instauram uma experiência de sensações que passam pelo encantamento ao incômodo. Após o término da apresentação, vai ter um bate-papo com o público, a direção e a bailarina, para fomentar discussões sobre o trabalho em si, assim como sobre processos de criação em dança, realizado por mulheres.

Sobre o BOIA e o solo DEUSAS
BOIA é um núcleo artístico de pesquisa em dança, que Ilana Elkis desde
2018| SP vem coordenando junto às parcerias artísticas, para concentrar e articular
investigações e práticas. O nome BOIA, se trata de uma metáfora escolhida, justamente para imaginar uma plataforma que busca se estabilizar dentro de contextos instáveis da realidade, que nos é apresentada ao trabalhar com arte e cultura em São Paulo, no Brasil e no mundo. BOIA é um lugar inventado para resistir e dar continuidade ao labor processual.

DEUSAS foi criado de forma independente, com apoio do programa do Centro de Referência da Dança, mas sem nenhum financiamento público ou privado. Teve a oportunidade de se apresentar em diferentes contextos. Foi apresentado pela primeira vez como mostra de processo em março/2023, na Mostra de Residentes do Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo. Teve sua estreia oficial em maio/2023 em uma breve temporada de quatro dias no Teatro Centro da Terra, sob a curadoria de Diogo Granato. Em agosto/2023 foi convidada para participar da semana de inauguração do novo espaço do curso de Graduação em Dança da Universidade Anhembi Morumbi e, em setembro/2023, a obra foi contemplada a participar da 7ª edição do Mulheres em Cena, idealizado por Vanessa Macedo e produzido pela Cia. Fragmento de Dança, onde se apresentou na Oficina Cultural Oswald de Andrade.

Sobre a Diretora Ilana Elkis

Ilana Elkis é artista da dança e das artes performativas. Nasceu em 1982 na cidade de São Paulo, onde trabalha atualmente como bailarina, coreógrafa, pesquisadora, diretora e professora. É bacharel e licenciada em Dança e Movimento pela Universidade Anhembi Morumbi (2010), e Mestre em Artes Cênicas pela ECA–USP, onde desenvolveu a dissertação Entre Lugares, acerca da dança em espaços dentro-fora da caixa cênica. Em 2018, fundou o núcleo BOIA, no qual assina a direção/ coreografia de dois trabalhos Lampejo (2019) e Musa (2021), que foi contemplado pela Lei Municipal Aldir Blanc. Atualmente, desenvolve um solo dança-instalação Lugar Provisórios (2021-22) que traça um diálogo performativo com a dança, e retoma a investigação de som-movimento-imagem de Ressonuance (2016). Em 2011/2016, co-coreografou Plongeé – dança site-specific, contemplado por dois prêmios e NC: NC-Site –Specific do CCSP (2011) e FUNARTE circulação Klauss Vianna (2015). Também é intérprete-criadora, há 14 anos, dos núcleos artísticos paulistanos – Silenciosas e Núcleo Cinematográfico de Dança. Professora atuante de Dança Contemporânea na Sala Crisântempo é parceria pontual no curso de extensão da São Paulo Escola de Dança, como professora de técnica de chão. Atua como educadora do movimento, através das abordagens somáticas e Pilates em estúdios e salas, em São Paulo.


Sobre a bailarina Luma Preto - Instagram Luma Preto
Luma Ribeiro Preto, 33 anos, natural da cidade de São Paulo/SP, é bailarina, professora e pesquisadora em Dança, formada em Bacharel e Licenciatura em Dança pela Universidade Anhembi Morumbi, desde 2018. Formada em Ballet Clássico pelo método cubano da Escuela Nacional de Ballet de Cuba, a partir da escola de dança Ballet Paula Castro, desde 2012. Estudou ballet por três meses com bolsa de estudos, na Escuela Nacional de Ballet de Cuba em Havana/Cuba, em 2011. Atuou como bailarina na companhia Ballet Centro del Conocimiento em Posadas - Missiones/ Argentina, em 2013. Atua como intérprete-criadora do BOIA Núcleo de Dança sob direção de IlanaElkis, desde 2018. Atua como professora de balé no projeto Balé na Vila sob direção de Zélia Monteiro, com quem mantém aulas regulares de balé. Atua como professora na Associação Fernanda Bianchini, onde ministra aulas de balé e dança para adultos e crianças com e sem deficiência. Desenvolveu em 2022/2023 um solo de dança contemporânea, nomeado DEUSAS, junto ao BOIA Núcleo de Dança sob direção de Ilana Elkis que reflete sobre influências ocidentais que formam um corpo feminino, e possíveis transformações e ressignificações dessas influências. Além disso, desde junho/2023 participa do Grupo de Estudos dirigido por Diogo Granato.


Ficha Técnica Completa
Nome da obra: DEUSAS
Grupo: Boia Núcleo de Dança
Criação, produção e interpretação: Luma Preto
Direção: Ilana Elkis
Curadoria: Mark Van Loo
Criação de Luz: Fellipe Oliveira
Operação de luz: Letícia Trovijo e Giorgia Tolaini
Comunicação: Mara Ribeiro
Criação da trilha: Natália Nery e Lana Scott
Operação de som: Ilana Elkis
Produção: Verônica Piccini
Vídeo: Mayra Azzi
Foto: Mica Wernicke
Agradecimentos: Centro de Referência da Dança, Jambu Galpão e Bombelêla Estúdio de Dança
Duração: 60min
Classificação indicativa: 16 anos
Data: 12, 13 e 14 de março/2024
Local: Centro Cultural São Paulo - Sala Jardel Filho
Endereço: Rua Vergueiro, 1000 - Liberdade - São Paulo/SP
 
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