05/03/2024 às 14h58min - Atualizada em 06/03/2024 às 00h08min

A Próxima Companhia apresenta Répi Auer e Guerra

A mostra de repertório acontece entre os dias 15 de março e 3 de maio na sede do grupo

Redação
Noelia Nájera
 

A Próxima Companhia apresenta Répi Auer e Guerra em mostra de repertório entre os dias 15 de março e 3 de maio na sede do grupo

Com atmosferas bem diferentes, as peças criam retratos sobre amores e disputas na vida em São Paulo

 

Dois lados bem opostos da vida na capital paulistana, a maior cidade do Brasil, são retratados pelos espetáculos Répi Auer e Guerra, que compõem uma mostra de repertório d’A Próxima Companhia, apresentada entre os dias 15 de março e 03 de maio na sede do grupo na Santa Cecília.

Répi Auer, que pode ser conferido de 15 de março a 3 de maio, às sextas-feiras, às 20h, tem dramaturgia de Renato Mendes e traz no elenco Caio Franzolin, Caio Marinho, Gabriel Küster, Juliana Oliveira e Paula Praia.

A peça fala sobre o amor que resiste em São Paulo mesmo diante de toda a confusão, violência e correria que a vida na cidade traz consigo. Trata-se de uma festa-intervenção-espetáculo que explora o universo da música brega e do ambiente de bares populares de karaokê.

Na trama, personagens inspirados na vida noturna do Centro fazem sua despedida do bar Momentos Felizes, que, assim como tantos espaços de festa e diversão da cidade sucumbiram às dificuldades de permanência – por conta do alto valor do aluguel, da proibição do uso da rua, da gentrificação e da expulsão de um modo de vida que “não pode caber mais no bairro". E essa celebração é feita através de canções clássicas presentes na boemia paulistana.

“São Paulo é confusão, disputa, corre-corre, mas é também afeto, encontro e oportunidade. E, depois de tanto tempo de tela, solidão, reclusão e desencanto com o mundo durante a pandemia de Covid-19, precisamos mais do que nunca celebrar a vida juntos. Nada como uma festa para aguentar desaforo, os dias trabalho pesados, as perdas - e olha que a gente tem perdido muita coisa nos últimos anos. Para não morrer assim prenhe de ódio e razão, vamos imaginar outras possibilidades, outros modos de vida, outro bairro, outro país, outro mundo falando desse amor que está pelas ruas da cidade, pelos cantos, nos bares e videokês”, comenta o autor Renato Mendes.

Guerra, que fica em cartaz de 23 de março a 21 de abril, aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h, tem dramaturgia de Victor Nóvoa, direção de Edgar Castro, direção musical de Laruama Alves e elenco formado por Caio Franzolin, Caio Marinho, Gabriel Küster, Juliana Oliveira, Lígia Campos, Paula Praia e Rebeka Teixeira.

 

O trabalho é resultado de um ano de pesquisas e experimentos realizados pel’A Próxima Companhia sobre as disputas existentes no Centro de São Paulo. Partindo da tragédia Os Sete Contra Tebas, de Ésquilo, o grupo explorou o entorno da sua sede, nos Campos Elíseos, para falar sobre disputas de território, apagamento cultural e outros temas tão presentes na realidade da região central.

A dramaturgia foi construída coletivamente a partir de uma série de experiências cênicas dirigidas por Iarlei Rangel, Edgar Castro, Cida Almeida, Luis Mármora, Ariela Goldman, Cláudia Schapira e Lu Favoreto em territórios como Largo do Arouche, Cracolândia, Santa Efigênia, Favela do Moinho, Luz, Higienópolis e Minhocão. 

As 12 cenas que surgiram desse processo foram organizadas e costuradas pelo dramaturgo Victor Nóvoa. Em cada uma das cenas, os atores buscam construir uma instalação que simboliza as disputas centrais nos portais explorados pelos artistas nessa investigação. 

A peça constrói, na presença e com a participação do público, um corpo-cidade, um corpo em luta, um coro em formação que atravessa o campo de batalha. “Vejo essa peça como um teatro híbrido – e não puramente documental. As questões principais que são motivos de disputa nas regiões da cidade por onde passamos estão presentes e são facilmente identificadas, mesmo quando transfiguradas. Porém, elas se confundem com o subjetivo do relato pessoal dos integrantes”, explica o diretor Edgar Castro.

Serviço

Mostra de Repertório da Próxima Companhia

Espaço Cultural A Próxima Companhia - Rua Barão de Campinas, 529, Campos Elíseos, São Paulo 


Ingressos: pague quanto puder 

Site: http://www.aproximacompanhia.com.br/

Facebook: https://www.facebook.com/aproximacompanhia/

Instagram: https://www.instagram.com/aproximacompanhia/

Espetáculo Répi Auer

Temporada: 15 de março a 3 de maio, às sextas-feiras, às 20h
Gênero: Teatro Adulto
Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos

Sinopse: A partir do universo da música brega e do ambiente de bares populares de karaokê, A Próxima Companhia desenvolve o espetáculo/festa/intervenção Répi Auer! Criando personagens inspirados na vida noturna do centro de São Paulo, que através de canções clássicas presentes na boemia paulistana fazem sua celebração e despedida do bar “Momentos Felizes” que, assim como tantos espaços de festa e diversão da cidade que sucumbiram às dificuldades de permanência, pelo preço do aluguel, proibição do uso da rua, gentrificação, a expulsão de um tipo de modo de vida que “não pode caber mais no bairro". 

 

Ficha Técnica: Idealização e Atuação: Caio Franzolin, Caio Marinho, Gabriel Küster, Juliana Oliveira e Paula Praia | Dramaturgia: Renato Mendes | Preparação Vocal: Lilian de Lima | Cenografia e Iluminação: Caio Marinho | Figurinos: Caio Franzolin | Operação de Som: Leandro Wanderley | Produção: Catarina Milani | Assistente de Produção: Flávio Rodrigues

 

Espetáculo: Guerra  

Temporada: 23 de março a 21 de abril, aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h 

Gênero: Teatro Adulto

Classificação: 12 anos

Sinopse: GUERRA traz à cena a cidade em disputa a partir da vida que pulsa em suas ruas. Os conflitos de sete territórios que o grupo percorreu no centro de São Paulo se friccionam com a tragédia Os Sete Contra Tebas, de Ésquilo, em uma tradução contemporânea. GUERRA reúne os fragmentos, os escombros, espólios dos embates que foram presenciados nos territórios do entorno da sede do grupo. A peça constrói, na presença e com a participação do público, um corpo-cidade, um corpo em luta, um coro em formação que atravessa o campo de batalha.

Ficha técnica: Direção: Edgar Castro | Dramaturgia: Victor Nóvoa | Atuação: Caio Franzolin, Caio Marinho, Gabriel Küster, Juliana Oliveira,  Lígia Campos, Paula Praia e Rebeka Teixeira | Direção Musical: Laruama Alves | Cenografia: Julio Dojcsar | Iluminação: Júlio Dojcsar e Matheus Macedo | Figurino: Magê Blanques | Produção: Catarina Milani | Assistente de Produção: Flávio Rodrigues | Operação de Luz e Som: Felipe Mendes | Registro Fotográfico: Jamil Kubruk e Michel Igielka


 
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