26/02/2024 às 16h28min - Atualizada em 26/02/2024 às 20h06min

Ju Dourada faz viagem pessoal pelo Rio São Francisco no clipe e single “Filha de Iemanjá”

Artista celebra suas origens em primeiras canções autorais

Daniel Corrêa
Divulgação

Depois de mergulhar nos relacionamentos obsessivos no clipe “Voltas”, a cantora e compositora Ju Dourada mostra outro lado de suas canções com “Filha de Iemanjá”, uma música poética que busca na água a força e a potência do feminino. A faixa celebra a vivência das populações barranqueiras e ribeirinhas do sertão norte-mineiro, e canta os caminhos que levam o Rio São Francisco até o mar. 

Assista ao clipe “Filha de Iemanjá”: https://youtu.be/CUYv7epfKUs 

Ouça “Filha de Iemanjá”: https://tratore.ffm.to/FilhadeIemanjaJuDourada 

A composição é uma consequência do mergulho pessoal de Ju Dourada em sua própria espiritualidade, em busca de novos caminhos e autoconhecimento. Embora não pratique uma religião específica, a artista abraça o sincretismo, já presente em suas origens católicas, sem se limitar a credos ou crenças. Umbanda, budismo e astrologia fazem parte de suas convicções, de onde a cultura dos orixás desponta como uma importante fonte de conexão.

“‘Filha de Iemanjá’ nasceu da minha ligação com a água, com o mar, que sei é de outras vidas. A melodia me veio quando eu olhava as ondas dentro do mar da Bahia. Muito tempo depois, eu comecei a letra, durante a pandemia de 2020, onde eu vivia um processo de introspecção e resgate da minha espiritualidade. A inspiração veio das lembranças de várias pessoas amigas que cultuam os orixás, que me diziam, do nada: acho que você é Filha de Iemanjá. Pra mim, fez todo sentido, ainda mais da minha ligação com a água. Só tenho paz perto da água. Seja um banho quente, um rio ou o balanço do mar. Como filha do Velho Chico e de Maria Alice, minha mãe (in memorian), incluí o sincretismo das Nossas Senhoras e o nome de minha mãe”, Ju explica.

A influência dos sons, ritmos e cores do norte de Minas Gerais é palpável tanto na música quanto no clipe, gravado nas águas do Velho Chico. Para isso, Dourada contou com cineastas barranqueiros - Gleydson Mota, Nan Ferrési, Lucas Almeida -, cuja vivência às margens do rio é essencial para retratar essa conexão. A fotografia e edição são de Túlio Gustavo e Éric Almeida e  a produção teve participação Coletivo de Cinema Cine Barranco, que já faz um trabalho para popularização do cinema no sertão norte-mineiro.

“Um dos meus maiores sonhos é morar pertinho do mar, o que também é expresso na música. Trabalhando esse sentimento de volta pra casa, gravei o clipe no rio que corre em minhas veias e dá a cor parda de minha pele, o São Francisco, que banha minha terra natal. No videoclipe, relembro que o Velho Chico é minha casa mãe, e, seguindo seus fluxos, um dia chegarei ao meu destino, o mar”, resume Ju Dourada, parafraseando o encerramento do clipe.

A produção da música é de Thuyan Santiago e Lauro Santana, que captaram a vibração de leveza e fluidez da música, embalada por elementos que fazem uma ponte de Minas à vizinha Bahia, chegando ao mar e cruzando o oceano até a África. Tudo isso para dar forma a uma jornada profundamente pessoal para a artista.

“A música foi meu único alimento quando nada me descia pela garganta. Começar a compor foi a salvação de minha alma, e essa música, em especial, me mostrou que a arte, gigante como o mar, é o meu verdadeiro lar. É a celebração do arquétipo de Vênus através da cultura afro-brasileira dos orixás. É a água que representa as emoções, as origens, o abraço materno e a fluidez da alma. O arquétipo da sereia também existe na cultura barranqueira, como a Sereia Iara, cujo ‘Salve IARA’ na música também deixa clara essa união”, completa Ju.

Assista ao clipe “Voltas”: https://youtu.be/ltPb41rRK2o 

Natural de Januária, em Minas Gerais, Ju Dourada é membro do Bloco Ovelha Negra, destaque no Carnaval de sua terra natal, e cofundadora do Movimento Cultural Barrancada, um coletivo que valoriza a cultura musical barranqueira. Agora, revela suas primeiras canções solo.

Iniciando uma nova fase em 2024, Ju Dourada incorpora em suas composições as experiências da vida, sendo “Voltas” a primeira de muitas canções que servirão para consolidar sua visão autoral, agora ampliada com “Filha de Iemanjá”. Os singles estão disponíveis em todas as principais plataformas de streaming, e os clipes no YouTube.

Ficha técnica:

Música

Compositora: Juliana Dourado

Produção musical, Mixagem e Masterização: Thuyan Santiago, Lauro Santana

Gravação musical: 1234 Recording Studio - Brasília-DF

Músicos: Leandro Godoi (baixo), Marcelo Melo(bateria), Dinho Lacerda (percussão)


Videoclipe
Direção: Gleydson Mota 

Direção Criativa: Gleydson Mota e Juliana Dourado

Produção: Cine Barranco e Juliana Dourado

Assistência de Produção: Nan Ferrési (Ernane Silva)

Captação de Imagem: Gleydson Mota e L.A Films

Fotografia, Montagem e Edição: Túlio Gustavo e Éric Almeida

Figurino: Juliana Dourado

Beleza: Nick Roger Beauty

Agradecimentos Especiais: Neto Guacho Pescador e ao Velho Chico


 
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