08/02/2024 às 14h47min - Atualizada em 08/02/2024 às 20h06min

Fantasias de Carnaval mais sustentáveis

Veja como preparar a sua gastando pouco (ou quase nada) e de maneira sustentável

Redação
Divulgação
 

A moda, assim como as diversas outras indústrias que compõem a economia, têm se ocupado cada vez mais em aprimorar seus processos e torná-los mais sustentáveis. Desde as grandes marcas de grife até os menores produtores, observa-se, nos últimos anos, uma busca constante pela melhor utilização de recursos para a produção das roupas que chegarão aos consumidores.

Como parte dessa engrenagem, a produção das fantasias de Carnaval não foge a essa tendência. Para Kledir Salgado, docente do Bacharelado em Design de Moda do Centro Universitário Senac – Santo Amaro, os aspectos sustentáveis já deixaram de ser uma questão em debate e passam a ser parte integrante dos próprios projetos. “Práticas como reaproveitamento, redução de gastos, pagamento justo e cuidados éticos são elementos fundamentais para o consumidor na escolha das fantasias – ou deveria ser”, comenta.

Ao comparar os processos atuais de produção de fantasia com aqueles observados no passado, Salgado afirma que a confecção de indumentárias sempre acompanha os avanços tecnológicos e as demandas sociais vigentes. Desta forma, o docente destaca a união de dois elementos que se fazem presentes nos dias de hoje: a tradição e a inovação.

“Na construção de fantasias de Carnaval podemos ver, de um lado, processos que resgatam manualidades ancestrais de comunidades, como, por exemplo, certos tipos de bordados, tingimentos e ornamentações artesanais, e, por outro lado, processos contemporâneos que trazem inovação e agilizam a confecção – dentre eles, a utilização de resinas especiais que substituem linhas na colagem de pedraria, resinas impermeabilizadoras que protegem as fantasias das intempéries, máquinas de cortes a laser e impressoras 3D”, explica.

Mesmo com tantas novidades, Salgado aponta que, visualmente, as fantasias mantêm a essência, ressaltando outros cuidados para além deste com a sustentabilidade de sua produção. O ético é um deles, com uma preocupação maior com o respeito às identidades, eventuais apropriações culturais e atravessamentos de gênero e etnias. “Hoje vemos, com menos frequência, minorias sendo representadas como fantasias. Dificilmente você verá fantasias de ‘nega maluca’ ou algo do tipo, pois os debates sobre respeito ao outro estão mais avançados”, opina.

Para não errar – e economizar – neste Carnaval o docente Kledir Salgado indica possíveis caminhos para tornar a sua fantasia mais sustentável.

  • Crie suas próprias fantasias através da customização e reutilização;
  • Curadoria em brechós e bazar, pois no mundo já existe roupa demais e uma boa curadoria pode propiciar inúmeras fantasias;
  • Troque com amigos e crie junto;
  • Alugue ou empreste fantasias;
  • Use roupas coloridas e construa seus adereços e acessórios.

“Toda fantasia pode ser sustentável, o que precisa se pensar são os processos para elaboração dessas. Práticas como essas são um bom começo para criar fantasias sustentáveis”, conclui.


 
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