07/12/2023 às 10h54min - Atualizada em 08/12/2023 às 00h06min

Rita Figueiredo lança EP de canções inéditas “Meus Labirintos”

Após o lançamento do single Brasília, a artista apresenta conjunto de canções que flertam com o blues, folk e MPB

Patricia Dornelas
@ritafigueiredo.artist
Divulgação Rita Figueiredo
Foi com surpresa e entusiasmo que a cantautora Rita Figueiredo reencontrou gravações de mais de 20 anos atrás. Ao se deparar com essa cápsula do tempo, a compositora resolveu jogar no mundo as músicas inéditas no EP Meus Labirintos, com temáticas atemporais e arranjos que trazem elementos da MPB, do blues e do folk. Terceiro lançamento da cantora, o EP está disponível no Spotify e nas demais plataformas digitais.
 
A produção musical é de Webster Santos, responsável também pela instrumentação do disco – violão de nylon e aço, guitarra e baixo. Webster comemorou recentemente os seus 30 anos de carreira em uma série de shows na Casa de Francisca, e é parceiro de longa data de grandes nomes, como Zélia Duncan, Zizi Possi, Chico César e Monica Salmaso. No repertório de Meus Labirintos, a instrumentação variada de Webster se une com maestria ao timbre firme e brilhante de Rita, em uma roupagem típica da MPB.
 
Meus Labirintos também é uma forma de comemorar os 10 anos de lançamento do meu primeiro disco, Brasilis”, conta Rita, que além de cantora e compositora, produz os próprios videoclipes. O clipe do single Brasília, lançado no último dia 10, é uma de suas produções, e pode ser assistido neste link. A capa do EP, bem como o projeto gráfico, também é de sua autoria.
 
Meus Labirintos – faixa a faixa
1. A primeira vez
Com um dedilhado ao violão que lembra o descortinar de um mundo novo, a primeira faixa do EP traz um sincopado dançante que nos convida a uma festa no jardim, onde uma troca de olhares acende uma paixão súbita entre a eu-lírica e um rapaz. De forma leve e despretensiosa, o frisson da festa é acompanhado pela melodia cativante da canção, terminando em reticências que nos remetem à habilidade de Rita de contar histórias em suas músicas – algo que veremos ao longo de todo o disco.
 
2. Brasília
Partindo para um tema mais político, a faixa Brasília traz, em um blues irônico, fatos polêmicos muitas vezes esquecidos sobre o processo de construção da nossa capital. A união entre as cordas de Webster e a voz de Rita, em uma melodia com saltos habilidosos realizados sem esforço, soma-se à ironia de uma música com roupagem alegre, mas de letra ácida. Essa combinação faz de Brasília uma faixa destaque do disco, com direito a videoclipe
 
3. Moço bonito
Mais uma para os apaixonados. Nessa balada meio blues, Rita relembra um amor platônico de sua juventude, para quem compôs essa canção – mas até hoje, ele nem desconfia. Solos de violão com efeitos lascivos resgatam no ouvinte as dores e delícias da paixão, complementadas por comentários musicais de Rita. 
 
4. Moscas no xadrez
Como compositora inventiva, Rita muitas vezes vê inspiração para novas canções em cenas do cotidiano. Em Moscas no Xadrez, a imagem trivial de uma mosca sendo esmagada na mesa desperta questões existenciais e políticas, como o ciclo perpétuo da opressão, no qual sempre haverá alguém “pequeno no mundo dos grandes”. A temática, apesar de densa, é apresentada de forma leve, em uma toada cíclica embalada pelos violões e baixo de Webster e agudos cristalinos de Rita. 
 
5. O Equilibrista 
A faixa que encerra o EP  tem como fonte de inspiração uma pintura. Na imagem, um equilibrista atravessa a corda bamba com uma pomba na cabeça e o mundo nas costas. Esse último elemento gerou uma identificação em Rita, que transformou em música suas meditações acerca de filosofias espirituais e o equilíbrio disso com a vida cotidiana. Mais uma vez, a canção revela Rita como compositora de temas profundos, mas que combina leveza e despretensão em suas reflexões. 
 
EP Meus Labirintos
Música, letra e voz: Rita Figueiredo 
Violões de nylon, aço, guitarra e baixo: Webster Santos 
Produção musical: Webster Santos
Ilustração de capa e projeto gráfico: Rita Figueiredo
Mixado e Masterizado por Ezio Filho no Audiolume studio 
Tradução para o Inglês: Benji Kaplan
 
Sobre Rita Figueiredo
A veia musical da artista Rita Figueiredo começou a pulsar desde cedo. Aos 13 anos, costumava cantar em rodas de choro organizadas pela sua mãe e irmã mais velha na casa de sua família, no Alto da Lapa, em São Paulo. As rodas eram abertas e sempre contavam com a presença de grandes músicos, como Isaias e seus chorões, Chico Araújo, Arnaldinho do Cavaco e Maricene Costa, entre outros. Aos 15 anos, a jovem começou a estudar canto lírico na Universidade Livre de Música (ULM), hoje conhecida como EMESP Tom Jobim. 
 
Para aprimorar ainda mais suas habilidades como musicista, passou a estudar canto popular e violão. Aos 20 anos, Rita conheceu a cantora e compositora Vanessa da Mata e através da amizade e convivência entre elas, Rita sentiu o impulso de compor algumas canções inspiradas no processo de composição da amiga que era mais experiente na música. Essas primeiras canções viraram demos e em seguida Rita seguiu fazendo algumas apresentações em diversos clubes de jazz e centros culturais de sua cidade natal, São Paulo. A primeira oportunidade de lançar seu trabalho original surgiu em 2011, quando ganhou o Prêmio Programa de Ação Cultural (ProAC) da Secretaria de Cultura de São Paulo, que financiou integralmente a criação de seu primeiro disco, “Brasilis, produzido por Marcelo Jeneci, Milton More e Webster Santos.
 
Em 2015, Rita mudou-se para Nova York e em 2018 lançou seu segundo álbum, intitulado "Benji & Rita", com 14 músicas em parceria com o compositor, arranjador, cantor e guitarrista nova-iorquino Benji Kaplan. O álbum foi muito bem recebido pela crítica especializada nos EUA, figurando na lista dos álbuns mais bem avaliados da revista Downbeat, All of Jazz, World Music Central, World Music Report e Jazz World Quest. De 2018 a 2021, Rita atuou em vários palcos dos EUA, Brasil e Europa em turnê com Benji & Rita.
 
O lado artista visual de Rita Figueiredo criou e produziu muitos videoclipes animados para músicas do duo Benji & Rita durante a pandemia. Esses vídeos foram selecionados por dezenas de festivais ao redor do mundo e premiados em festivais como NYC Indie Film Awards (EUA), Calcutta International Cult Film Festival (Índia), Rome Prisma Film Awards (Itália), Nawada International Film Festival (Índia), Cinemafest (EUA) e Deep Focus Film Festival (EUA), além de ter um dos vídeos contemplados pelo Prêmio Funarte Respirarte (Brasil).
 
Neste ano, Rita está lançando o seu novo EP “Meus Labirintos” com suas composições produzidas pelo produtor e multi-instrumentista Webster Santos, e produzindo dois novos discos: um com repertório infantil, e outro da dupla Benji & Rita, a ser lançado no início de 2024. 




 
 

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