DivulgaçãoO setor supermercadista é um dos mais fortes e representativos da economia brasileira e, em 2022, alcançou um faturamento de R＄ 695,7 bilhões, correspondendo a cerca de 7,03% do PIB Nacional, com quase 95 mil lojas em todo o Brasil. Os dados são da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), em conjunto com a NielsenIQ, divulgados este ano. Além de indicadores financeiros, a ABRAS também aborda índices estruturais e de eficiência operacional.
No que diz respeito ao desperdício de alimentos, os quase 95 mil supermercados do país enfrentam perdas equivalentes a R＄ 7,6 bilhões em produtos bons para o consumo que são desperdiçados; cerca de 81% são alimentos perecíveis como frutas, hortaliças, carnes e peixes. A pesquisa ainda mostra que a eficiência operacional que engloba e é diretamente responsável pela prevenção das perdas, cresceu apenas 3% de um ano para o outro, passando de 12% em 2022 para 15% em 2023.
“Um ponto importante dessa nova discussão é que o setor não contabiliza de forma adequada o impacto negativo (financeiro, ambiental e social) do desperdício em suas cadeias, apenas levam em consideração os custos do "business as usual". O descarte é quase sempre feito de maneira inadequada, em lixões e aterros sanitários (67%) gerando um alto custo de descarte, custo ambiental e um custo de ineficiência operacional. Sem contar o custo reputacional, tanto para dentro, quanto para fora das empresas”, comenta Alexandre Vasserman, CEO da Infineat.
Os supermercados são os maiores responsáveis pela capilaridade do alimento e a chegada até a mesa do consumidor final. A pesquisa de Eficiência Operacional da ABRAS, de 2022, mostra que 78% dos supermercados brasileiros possui programas de combate ao desperdício de alimentos antes do descarte final: 97,7% rebaixam os preços; 90,4% utilizam os produtos em produções próprias; 81,5% aproveitam os alimentos em refeitórios ou rotisseria; e 68,9% vendem os itens de forma fracionada. Entretanto, o relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente de 2021 aponta que os dados relatados sobre o tema do Brasil (e países da América Latina) são de média a baixa confiança, demonstrando que há um longo caminho a ser percorrido.
Neste contexto, a startup Infineat coloca em prática a estratégia de combate à fome e geração de economia atuando na linha de frente do combate ao desperdício junto ao setor, oferecendo uma solução completa que permite o gerenciamento operacional dessa demanda, contribuindo diretamente para que os alimentos bons para o consumo sejam redirecionados às pessoas de baixa renda, sem acesso a alimentação e que sofrem de insegurança alimentar todos os dias. Além disso, otimiza os processos de gestão do desperdício e doação de alimentos nas redes de supermercados.
A ferramenta, pioneira no Brasil, atua como um modelo totalmente novo sendo o primeiro player a pensar essa dinâmica no país: unificam o controle do processo, desde o treinamento das equipes, local de armazenamento, até coordenação logística com instituições e análise de dados de cada produto coletado.
“Historicamente, supermercados vivenciam um cenário de desperdício de alimentos e, em decorrência disso, sentem a necessidade de criar processos para auxiliar no gerenciamento e aproveitamento desses produtos que são bons para o consumo. Enxergamos, neste contexto, uma oportunidade de ampliar parcerias e fortalecer o ciclo sustentável no varejo de alimentos, que até então só contava com soluções nada tecnológicas e amadoras”, explica Vasserman.
Em 2 anos e meio de atuação, a Infineat já está presente em mais de 20 empresas, 16 Estados do país, quase 200 lojas em 40 cidades. Foram redirecionados R＄28 milhões em valor de produtos do mercado, gerando essa economia total as mais de 120 ONG's beneficiadas diariamente, além de reduzir os custos do descarte e evitar um enorme passivo ambiental.
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