30/11/2023 às 18h02min - Atualizada em 30/11/2023 às 20h24min

October London e Mano Brown brilham no show de encerramento do Festival Boogie Week, que celebrou a diversidade da Cultura Negra

Mesmo com a chuva deste último sábado em São Paulo, o novo Marvin Gaye manteve o público aquecido no Parque Ibirapuera

SI Comunicação
Renata Samarco

A Boogie Week, um dos mais novos festivais de celebração à cultura negra, aconteceu entre os dias 21 e 25 de novembro, em São Paulo. Idealizado por Eliane Dias - CEO da produtora Boogie Naipe -  o evento teve como objetivo criar um espaço novo para a população negra, onde a cor não seja lembrada só para falar de dor, de luta e resistência, mas para criar novas memórias de felicidade em espaços que celebrem a potência da contribuição artística e intelectual negra no Brasil.

O festival começou com a entrega do Prêmio Griô Boogie Week, a duas figuras representativas na preservação da cultura negra. Os homenageados foram Beth Beli, co-fundadora do bloco Ilú Obá De Min, e Emanoel Araujo em uma homenagem póstuma - pela primeira vez na história da premiação -  ao criador do Museu Afro Brasil. Em seguida, a Boogie Week promoveu mesas de debates no Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, em seu Teatro Ruth de Souza, com a participação de personalidades como Maxwell Alexandre, Nelson Triunfo, Soberana Ziza, Rincon Sapiência, Stella Yeshua, entre outros. Foram abordados temas como a representatividade negra nas artes visuais, os 50 anos do Hip Hop e os negócios na música. O festival também exibiu os filmes “O olho e o zarolho”, “Cores e botas” e “As minas do rap”, produções audiovisuais da diretora Juliana Vicente, ligadas à temática preta, para 160 alunos da rede pública de ensino fundamental da cidade de São Paulo. As crianças de 8 e 9 anos, assistiram também à apresentação do Grupo de Dança Identidade e Movimento, com coreografias dedicadas aos ritmos urbanos, recheadas de acrobacias e hits musicais que levaram os alunos da EMEF-Ibrahim Nobre ao delírio.

A Boogie Week chegou ao fim no sábado (25), acumulando a participaçao de mais de 4 mil pessoas, com as apresentações de diversos artistas negros do cenário do funk, hip hop e pop, como MC Carol, Linn da Quebrada, Duquesa, Yunk Vino e Danzo, BK’, DJ Lys Ventura e DJ Cia. Os shows foram abertos com a apresentação do Ilú Oba de Min, que saudou a ancestralidade preta e os Orixás de matrizes africanas. A apresentação da nova promessa afro-americana do R&B, October London, levantou o público mesmo com a chuva que caiu sobre São Paulo durante o dia. Mano Brown também subiu ao palco com o artista, e cantando em dueto músicas inéditas, surpreenderam o público, que foi à loucura.

Para Eliane Dias, CEO da Boogie Naipe e idealizadora do festival, o evento foi um sucesso e confirmou a importância de se ter um espaço como a Boogie Week para celebrar a cultura negra, onde as pessoas pretas possam ter o sentimento de pertencimento.

 

“A Boogie Week foi incrível, cumpriu com o seu papel de ser um espaço seguro para celebrar a nossa ancestralidade, a nossa história, música, arte e raízes. Esperamos alguns dias para termos a mais absoluta certeza, antes de anunciar que não houve nenhum caso de racismo, machismo, LGBTQIAPN+fobia, capacitismo ou qualquer outra ação discriminatória contra nenhum grupo presente em nosso festival! Elaboramos uma cartilha orientativa para toda a nossa equipe e ela está disponível gratuitamente no nosso site, para que todos tenham acesso à possibilidade de também erradicar ocorrências de discriminação em nossos espaços de lazer! Queremos mostrar que a cultura negra é rica, diversa e potente, e que ela está presente em todas as áreas da sociedade. Começamos o evento saudando os mais velhos, recebemos as crianças, os Erês, e encerramos com uma grande celebração onde comemoramos a nossa música”, disse a também advogada e ex-coordenadora do SOS Racismo da ALESP, que já está planejando a próxima edição da Boogie Week para 2024.

O festival Boogie Week inaugurou em 2023 sua parceria com o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, uma instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, administrada pela Associação Museu Afro Brasil. A edição deste ano contou também com os patrocínios da ONErpm e Budweiser, com os apoios da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, Urbia, iFood, Jeep-Dahruj, Eletromidia como parceiro de mídia e Sympla como plataforma oficial de vendas.
 

Mais sobre o festival no site:

www.boogieweek.com.br 


 

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