09/11/2023 às 08h37min - Atualizada em 09/11/2023 às 20h03min

Exposição em São Paulo resgata a cultura Juruna e Arara e possibilita a aquisição de produtos pelo público

Em sua terceira edição, mostra “Juruna e Arara: Terra, Água e Vida na Volta Grande do Xingu” traz para o Instituto Tomie Ohtake a história, arte e sabedoria dos povos indígenas

Assessoria de Imprensa Norte Energia
Foto: Walda Marques
Peças de artesanato da cultura dos povos Juruna e Arara, artigos em tecidos e fotografias são os destaques da terceira edição da exposição “Juruna e Arara: Terra, Água e Vida na Volta Grande do Xingu”, que teve início nesta quinta-feira, dia 9, no Instituto Tomie Ohtake (Loja It Design), no bairro Pinheiros, em São Paulo. A exposição, que já passou por Recife (PE) e Belém (PA), proporciona o contato com a identidade, tradições e conhecimentos ancestrais desses povos. Na capital paulista, 11 indígenas das duas etnias interagem com o público, inclusive com pintura corporal e oficinas educativas, além de comercializar produtos nativos de artesanato feitos na região da Volta Grande do Xingu, no Pará. A exposição irá até o próximo sábado, dia 11, e tem entrada gratuita.
O evento é resultado das ações desenvolvidas pela Norte Energia, concessionária da UHE Belo Monte, no âmbito do Programa de Patrimônio Cultural Material e Imaterial (PPCMI) do Plano Básico Ambiental do Componente Indígena (PBA-CI), aprovado pela Funai e em execução desde 2013. A concepção das mostras culturais contou com o apoio Governo do Estado do Pará e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). As diretrizes da ação estão em conformidade com o que foi definido pelo PPCMI. Por meio do Programa, os Juruna e Arara foram motivados a fortalecer e aprimorar suas práticas culturais, desenvolvendo suas habilidades com criatividade e autonomia através da produção de arte. Hoje, cerca de 140 artesãos indígenas de 11 aldeias, sendo quatro do Povo Arara e sete do Povo Juruna, vivem da produção de artesanatos exclusivos, entre colares, miçangas e pinturas étnicas corporais e em tecidos, como forma de geração de renda para suas aldeias.
"Quando se compra um produto de um povo originário, você não está comprando simplesmente um produto. Você está comprando história e ancestralidade", explica Idanise Hamoy, curadora indígena da mostra. “Trazer essas produções para São Paulo aproxima a cultura indígena do público em geral, possibilita a valorização dos artesanatos e contribui para o fortalecimento cultural destes Povos e a manutenção de seus territórios”, completa Idanise.
A realização do evento na região Sudeste do país reflete a dimensão cada vez maior do resultado das ações do PBA-CI da UHE Belo Monte, que também tem como principal diferencial o protagonismo dos próprios indígenas como expositores, promovendo uma rica e única troca de experiências e oportunidades. “Além de oferecer essa experiência ao público, a exposição estreita os laços com fornecedores de materiais para artesanato, lojistas e profissionais de moda. É importante porque os indígenas podem ver, inclusive através do aspecto de compra e venda, a valorização de sua própria cultura diante de um público cosmopolita”, considera Renato Imbroisi, que também integra a curadoria da exposição.
Além de produtos originais, nos quais o grafismo determina a principal diferença entre as etnias, a exposição tem ilustrações da premiada fotógrafa Walda Marques, que estará presente no evento. Natural de Belém (PA), Walda fez duas incursões na Volta Grande do Xingu para mergulhar no dia a dia da cultura Arara e Juruna. “Foi uma experiência incrível conviver com eles, sentar à mesa, experimentar os sabores, ouvir histórias e poder registrar um pouco do que representa essa exposição, seja nas peças de arte produzidas na floresta ou nas expressões que revelam o modo de vida dessas pessoas”, explica Walda, que também recebeu mulheres indígenas em seu estúdio durante a exposição realizada em Belém, em outubro passado.
De modo geral, o Programa promove ações de valorização do patrimônio cultural material e imaterial desses povos e possui um importante papel no PBA-CI da UHE Belo Monte que é fazer a interface com outras frentes de atuação como o fortalecimento institucional, atividades produtivas e educação escolar indígena. “A Norte Energia, por meio das ações previstas do Licenciamento Ambiental do Componente Indígena, segue empenhada em fortalecer o engajamento dos povos indígenas da área de abrangência da UHE Belo Monte, de modo a possibilitar o protagonismo social e construção de agendas de benefícios mútuos a médio e longo prazo como pode ser observado em eventos com a mostra Juruna e Arara: Terra, Água e Vida na Volta Grande do Xingu. Todos saem ganhando através das trocas de conhecimento e das novas oportunidades de negócios e de públicos que eventos como esse possibilitam”, afirma Nina Fróes Fassarella, Gerente Socioambiental do Componente Indígena da Norte Energia.
 

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