08/11/2023 às 15h11min - Atualizada em 08/11/2023 às 16h08min

Monstros Marinhos, da Cia Dos Imaginários, tem sessões gratuitas no Centro Cultural Olido

Espetáculo caminha pelo realismo fantástico e permeia a tragédia do submarino nuclear Kursk

Da Redação
https://www.instagram.com/cia.dosimaginarios/
Leekyung Kim

Com uma encenação que mira o realismo fantástico permeada pela tragédia do submarino nuclear Kursk, a Cia dos Imaginários conta a história de uma família russa em Monstros Marinhos que chega com sessões gratuitas nos dias 9 e 10 de novembro, quinta e sexta, às 20h, na Centro Cultural Olido. A dramaturgia e a direção são de René Piazentin e a direção musical é de Renata Grazzini. O projeto conta com o Prêmio Zé Renato de Apoio ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

Na trama, uma menina narra a história da sua família a partir de memórias fantásticas: uma avó que diminui de tamanho, um pai invisível, uma mãe que recolhe garrafas com mensagens do mar, um irmão sempre trancado no quarto, amigas imaginárias, fantasmas e um escafandrista. Enquanto isso, um documentário sobre um submarino russo naufragado passa sem parar na televisão.

“A história do naufrágio do submarino sempre me intrigou. Aquelas pessoas confinadas na água, esperando um socorro que não chegou. Um tripulante foi encontrado com bilhetes como uma espécie de diário com várias mensagens. Essa história serve como pano de fundo desta família que assiste ao documentário. O realismo fantástico guia o espetáculo por meio de um olhar ingênuo de uma criança que aos poucos vai trazendo mais camadas”, conta Piazentin.

O elenco é formado por Aline Baba, Anita Prades, Ariel Rodrigues, Fernanda Gama, Giovana Telles, Leandro Galor, Mateus Pigari e Renata Grazzini. A montagem é o primeiro espetáculo do grupo com toda a parte sonora ao vivo. As canções tradicionais e militares russas são cantadas pelos atores com apoio de instrumentos simples como uma sanfona infantil, um violão e garrafas sopradas.

O espaço da encenação é um quadrado delimitado por luz de chão e um tapete azul, remetendo a um aquário gigante, vazio, onde imagens nascem e morrem a todo momento. Sobre ele, o sofá onde a família se reúne, a cadeira usada pelo Irmão para constantemente observar a rua da janela, um televisor que por vezes se confunde com a própria figura do pai e a caixa da Avó, onde ela passa a morar depois de diminuir. Toda a dinâmica da encenação também traz um visual fantasmagórico por meio dos figurinos e disposição dos elementos em cena.

Em Monstros Marinhos, a dramaturgia e a direção andam juntas. “A conclusão do texto  vira um processo que é ditado por meio da direção. Muitas cenas são criadas ou transformadas ao longo do processo, a sala de ensaio alimenta diretamente a escrita. Essa é a primeira produção da cia presencial após a pandemia”, enfatiza o diretor.


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