30/10/2023 às 19h04min - Atualizada em 30/10/2023 às 20h00min

Pontos de intersecção entre a gestão fiscal e o ESG nas empresas

Meta prioritária entre empresas, ESG pode e deve ter o apoio de uma gestão fiscal efetiva e alinhada com preceitos de conformidade

Thaís Borges
Divulgação
Por Thaís Borges*

Trabalhar por uma agenda ESG (Environmental, Social and Governance) é uma missão compartilhada por organizações ao redor do mundo, indo ao encontro de demandas impostas por uma sociedade que já não exime empresas de suas responsabilidades. No Brasil, o cenário é similar, vista a importância de assuntos como sustentabilidade, compromisso social e governança corporativa. De fato, hoje, é possível designar ao ESG uma ocupação de caráter prioritário, o que motiva esforços e inciativas por parte de lideranças conscientes quanto ao imediatismo do tema.

Transcrever discurso em ganhos reais não é fácil. E um bom ponto de partida para que políticas de ESG tenham a aderência desejada é diagnosticar, na prática, como a empresa pode fomentar essa mudança de DNA em sua cultura organizacional. Isso inclui, diretamente, setores diversificados dentro da cadeia operacional de um negócio. Mas você sabe, especificamente falando, qual é a função da gestão fiscal para que o ESG funcione como esperado?  
 

Austeridade, transparência e conformidade

O “G” do ESG, traduzido para governança corporativa, conversa de maneira intrínseca com um espaço de plena conformidade, ou seja, orientado a pilares de Compliance. Para atingir esse estágio, é necessário que a empresa tenha garantias de que está cumprindo com seus deveres fiscais, dentro de um modelo tributário sem brechas para imprevistos ou irregularidades. Por exemplo, se o departamento fiscal está estruturalmente fragilizado, com sistemas ineficientes e que não trabalham a segurança das informações movimentadas e manuseadas, como esperar que essa comunicação com órgãos fiscalizatórios seja conduzida à excelência?  

O dia a dia fiscal é sabidamente marcado por um volume informacional elevado, com nuances e detalhes que dificultam a vida de profissionais com pouca expertise na área. Naturalmente, isso traz insegurança jurídica, deixando, em muitos casos, a empresa no escuro, seja quanto ao recolhimento devido de seus impostos e até mesmo à incapacidade de acompanhar prazos e alterações.  

É preciso jogar luz às atividades fiscais. Em outras palavras, caso o gestor tenha o ESG como prioridade, realizar ações pontuais para reformular a infraestrutura do setor tributário ganha tons de obrigatoriedade. A tecnologia é uma opção bem-vinda, pois contribui para uma rotina de processos agilizada, eficiente e segura, liberando os colaboradores para tarefas estratégicas e desenvolvendo um ambiente de maior conformidade. De forma categórica, esse é um passo determinante para a instituição do Compliance como filosofia corporativa.  
 

Segurança fiscal para avançar com pautas atuais

Indo além dos aprimoramentos impostos à área fiscal – os quais, vale relembrar, são importantíssimos para o funcionalismo e o crescimento de qualquer negócio –, ter esse alto nível de maturidade tributária também é um pressuposto exigido para que outras pautas promissoras sejam desenvolvidas. Se o objetivo é avançar com medidas de sustentabilidade, é sumariamente preferível que a empresa esteja resguardada com suas obrigações fiscais, bem como preparada para adequar suas operações a um novo patamar produtivo, com demandas legais alinhadas com essa mentalidade sustentável.

Para concluir, os pontos de intersecção entre gestão fiscal e ESG são numerosos e navegam por vertentes variadas dentro de um negócio. Não por acaso, o tema pode ser levado para caminhos distintos, desde a estruturação de um cenário contábil que possibilite decisões financeiras conscientes à criação de um espaço de mais transparência e conformidade. Por estar inserido no coração das empresas, como uma das engrenagens responsáveis pela estabilidade econômica e jurídica, o departamento tributário deve, cada vez mais, ser visualizado como um aliado para a implementação do ESG, sob o compromisso de avalizar toda e qualquer iniciativa que incida, mesmo que minimamente, sobre o universo fiscal brasileiro.

*Thais Borges é Sócia e Diretora Comercial da Systax, empresa de inteligência fiscal.  

Sobre a Systax  

A Systax Sistemas Fiscais compartilha inteligência tributária para os negócios de seus clientes, juntos por menos esforços e tributação mais inteligente. Acompanha diariamente as mudanças da legislação tributária para garantir a atualização constante dos parâmetros fiscais nos diversos ERPs e outros sistemas. Também valida as informações tributárias que constam na Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), permitindo a correta geração do SPED. Para tanto, mantém uma base de dados com mais de 25 milhões de regras fiscais estaduais e federais, abrangendo ICMS, ICMS-ST, PIS, COFINS e IPI. A Systax combina essas regras para gerar e monitorar mais de 3,5 bilhões de itens dos clientes, sistematizando a tributação de todos os segmentos econômicos nas 27 Unidades Federativas.

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