18/10/2023 às 10h50min - Atualizada em 19/10/2023 às 00h03min

Rivaldo: “Eles me pediram para que eu não fosse para o Real Madrid”

Em mais uma edição do “Fala, Rivaldo!”, o pentacampeão e embaixador da Betfair contou detalhadamente sobre como funcionam as transferências e negociações no mundo do futebol

Carlos Silva
Betfair
 

Sendo um jogador diferenciado, Rivaldo nunca teve um empresário de fato durante sua carreira no futebol. Em mais um episódio do “Fala, Rivaldo”, disponível no Youtube da Betfair, o pentacampeão contou sobre as suas transferências e negociações, além de comentar sobre como é esse mercado que se destaca cada vez mais pelas cifras que aumentam dentro do mundo do Futebol.

 

Transferência frustrada com o Parma e ida para o La Coruña

 

Depois de uma vitoriosa passagem pelo Verdão, Rivaldo recebeu algumas propostas do velho continente. Porém, o primeiro clube que bateu na sua porta, acabou não sendo bem sucedido. “A primeira proposta para a Europa foi o Parma, tanto que o Amaral acabou indo para lá. Como o Palmeiras era Parmalat, tinha uma boa relação para fazer essa ponte com o time. Eu não fui para o Parma porque eles não quiseram me pagar os 15%. Eles queriam fazer um contato fechado, então eu falei que seguiria no Palmeiras”, comentou Rivaldo à Betfair.

 

Mas quis o destino aparecer o clube espanhol La Coruña, com uma ajuda brasileira de um companheiro de Rivaldo na Seleção: o volante Mauro Silva. “Quando apareceu o La Coruña, o Mauro Silva, que foi um grande jogador e grande amigo e na época jogava lá, veio com os representantes e quiseram me contratar. Lá eles me pagaram tudo da forma que eu queria e preferi, com os 15% do valor da compra, e resolvi me transferir para o clube espanhol.”

 

Ida “vetada” ao Real Madrid

 

Após cinco anos vivendo glórias onde foi eleito o melhor jogador do mundo em 1999, Rivaldo também comentou sobre um único “pedido” feito pelo Barcelona para sua saída do clube em 2002, após ser campeão mundial com a Seleção Brasileira. “Eles só me pediram para que eu não fosse para o Real Madrid caso o clube me procurasse. Eu concordei com eles, mas eu sabia que poderia ir para o time que eu quisesse naquela altura da minha carreira profissional. Eu precisava trabalhar e poderia ir para o clube que eu preferisse.”

 

‘Custo zero’ na ida para o Milan

 

“Não houve negociação de clube para clube. Eu ainda tinha mais um ano de contrato com o Barcelona, mas quando eles trouxeram o Louis van Gaal eu falei que não gostaria de ser treinado novamente por ele. E ele mesmo também disse ao Barcelona que não gostaria de trabalhar comigo”, declarou o embaixador da Betfair.

 

Ele relembrou a conversa com o clube catalão. “Eu estava no Brasil e conversei por telefone com os diretores do time para entrar em um acordo, já que eu não jogaria mais pelo Barcelona e o treinador também não me queria”. E, apesar de uma resistência da equipe, Rivaldo conseguiu sua liberação do Barcelona. “Como eles estavam me devendo um valor, o acordo foi que eles me pagassem esse valor e me deixassem livre depois do Mundial. Eles não queriam me liberar, mas eu apertei o Barcelona porque, já que eles tinham contratado o Louis van Gaal e não teria como voltar atrás, eles tiveram que me liberar e fui para o Milan ser campeão da Champions em 2003”, relembrou o pentacampeão em entrevista à Betfair.

 

A hora de pensar no financeiro

 

Antes de voltar para o Brasil para encerrar sua carreira, Rivaldo teve passagens por times de países menos tradicionais no futebol: Grécia (Olympiakos e AEK FC), Angola (Kabuscorp) e Uzbequistão (Bunyodkor). Ele comentou quando sentiu que era o momento de fazer essa mudança para sua carreira. “Acho que a idade tem um peso nisso, além do que você está produzindo. Quando se joga uma competição forte, você sente que vai ficando cada vez mais difícil”, declarou à Betfair.

 

O ex-jogador também comentou sobre os valores que essas ligas “menos badaladas” podem oferecer. “Depois de um período jogando em alto nível, você vê outros campeonatos mais fáceis e que dão muito dinheiro. O pensamento em se transferir para essas ligas é claro, passa pelo financeiro, mas você também conhece outra cultura, outros projetos que te oferecerem, como foi no meu caso do Uzbequistão.”

 

Rivaldo destacou sua ida para a equipe do Kabuscorp, da Angola, onde outras questões, além da financeira, marcaram a sua transferência para o clube Africano. “Angola é um país pobre e que tinha muitas questões sociais, por isso foi um ano que aprendi muito. Minha ida para lá não foi 100% dinheiro, porque eu fui para lá recebendo muito pouco e quase todo esse dinheiro eu acabei gastando no país. Por onde andei, como me vesti, o que vi e aprendi, foi uma experiência para além do dinheiro”, relembrou. 

 

Rivaldo também falou sobre muitos outros assuntos sobre transferências no futebol, para conferir o episódio completo, basta acessar o link para o Youtube da Betfair.


 

Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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