DivulgaçãoO Grupo Ewé, conhecido por sua dedicação à pesquisa em dança e à promoção da cultura africana, está mais uma vez está mais uma vez promovendo debates acerca de arte e cultura para além da normativa eurocentrada na cena artística de São Paulo. Essa iniciativa abrangente inclui o lançamento de um livro infantil e um videodança, além de rodas de conversa sobre o processo criativo afrocentrado.
O projeto Igbá representa um passo adiante na missão do Grupo Ewé de celebrar e compartilhar as ricas influências das culturas de matrizes africanas. Desde 2011, o coletivo vem construindo sua poética e pesquisa artística, oferecendo uma plataforma para as estéticas negras e desafiando os padrões eurocêntricos de produção artística. Segundo Luiz Anastacio, coreógrafo, criador e diretor do grupo, o projeto Igbá expande essa missão de diversas maneiras.
Um dos elementos-chave da iniciativa é o lançamento do livro infantil "Igbá", que convida o leitor a explorar a criação do mundo com base em várias histórias dos iorubá, um povo de origem africana com uma presença significativa no Brasil. A narrativa gira em torno dos irmãos gêmeos Ibeji, que desempenham um papel fundamental na criação do mundo por meio de sua dança. A obra é assinada pelo autor Luiz Anastácio, com organização em conjunto com Ian Muntoreanu, responsável também pelo projeto gráfico e ilustrações, e revisão do texto por Beatriz Oliveira e Ian Muntoreanu.
Em paralelo, o videodança "Igbá" reflete o processo de criação do grupo e suas produções artísticas, mergulhando ainda mais fundo na exploração do termo "Igbasilẹ", que significa "registro" em iorubá. Utilizando a cabaça, um elemento sagrado do candomblé, o Grupo Ewé investiga as histórias que são registradas e compartilhadas pela comunidade negra. O videodança é uma manifestação artística que provoca reflexões sobre as histórias, o espaço-tempo e a identidade negra. Luiz Anastácio atua como diretor geral, diretor artístico e coreógrafo, com uma equipe talentosa contribuindo para todos os aspectos da produção, desde direção de arte até figurino e iluminação.
O projeto "Da laje para garagem", contemplado pela 31ª edição do edital de Fomento à Dança, também faz parte do projeto e vem se destacando na cena artística de São Paulo ao abordar questões cruciais sobre a representatividade do corpo negro na dança contemporânea. Iniciado em fevereiro de 2022, o projeto tem suas raízes nas ricas tradições das danças de matrizes africanas, promovendo uma pesquisa que vai além dos aspectos estéticos, adentrando nas profundas questões filosóficas e simbólicas desse universo.
Além das apresentações artísticas, o coletivo também promove workshops e atividades educacionais para compartilhar o conhecimento e as experiências adquiridas ao longo de sua jornada. Essa abordagem educativa é essencial para promover uma compreensão mais profunda das questões que envolvem a representatividade do corpo negro na dança e na sociedade em geral.
Os lançamentos preveem atividades envolvendo o lançamento do livro "IGBÁ", o videodança "IGBÁ" e rodas de conversa sobre o processo criativo afrocentrado, com eventos realizados online e na ETEC de Artes.
Sobre o livro: Você sabia que todos os povos têm uma história sobre a criação do mundo? Igbá é um livro que conta sobre a criação do mundo com base em várias histórias dos iorubá, povo de origem africana muito presente no Brasil. Venha descobrir como os irmãos gêmeos Ibeji ajudam a criar o mundo através de sua dança!
FICHA TÉCNICA LIVRO IGBÁ
Autor: Luiz Anastácio
Organização: Luiz Anastácio
Projeto gráfico e ilustrações: Ian Muntoreanu
Revisão do texto: Beatriz Oliveira e Ian Muntoreanu
Sobre o videodança: Igbasile é a palavra iorubá para registro. Através da cabaça, elemento sagrado do candomblé, nos propusemos refletir sobre "Quais histórias registramos?". Igbá é um videodança que reflete sobre os registros que nós, pessoas pretas, criamos, sobre nossas histórias, sobre nosso espaço-tempo, sobre nosso Igbá.
FICHA TÉCNICA VIDEODANÇA IGBÁ
Diretor geral, Diretor artístico e Coreógrafo - Luiz Anastácio
Diretor de arte - Luiz Anastácio
Assistente de direção - Beatriz Oliveira
Intérpretes - Beatriz Oliveira, Joyce Aparecida, Luiz Anastácio, Rafaela Araújo e Thico Lopes
Bailarina aprendiz - Jéssica do Carmo Guilherme
Designer e Diretor de mídia - Ian Muntoreanu
Maquiagem (conceito e criação) - Luiz Anastácio
Figurino (conceito e criação) - Luiz Anastácio
Cenário (conceito) - Luiz Anastácio
Cenário (montagem) - Beatriz Oliveira, Bruna Tovian, Hambria Costa, Ian Muntoreanu e Luiz Anastácio
Iluminação - Ian Muntoreanu
Assistente de iluminação - Bruna Tovian
Montagem de trilha sonora - Ian Muntoreanu
Elementos percussivos - Hambria Costa
Banco de dados sonoros - freesound.org
Banco de imagens e vídeos - pexels.com
Coreógrafo de edição de vídeo - Luiz Anastácio
Edição de vídeo e efeitos especiais - Ian Muntoreanu
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