03/10/2023 às 12h55min - Atualizada em 03/10/2023 às 20h02min

Alimentos processados, tributação e saúde

Nutricionista Ortomolecular comenta o quanto a ingestão de alimentos processados e ultraprocessados impacta na saúde da população

Amanda Silveira
Em Pauta
Assessoria Elisa Lobo
Um estudo, que envolveu pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostrou um aumento da ingestão de alimentos processados e ultraprocessados nos períodos de pandemia de Covid 19. A Nutricionista Ortomolecular, Elisa Lobo, explica que os alimentos ultraprocessados são aqueles que recebem uma adição muito grande de aditivos químicos e ingredientes para aumentar o tempo de validade, adicionar mais sabor, mais cor, mais consistência. “Todo esse aditivo químico é muito nocivo para a nossa saúde. Pagamos um preço muito alto por isso, com a alteração do nosso metabolismo, funções imunológicas e hormonais e com a intoxicação e inflamação do nosso corpo, levando a uma maior predisposição às doenças”, ressalta.
 Os dados foram coletados pelo Instituto Datafolha, numa parceria com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, nos anos de 2019, 2020 e 2021, com amostras representativas da população adulta. 
A especialista considera uma situação de fato preocupante. Segundo ela, são alimentos que deveriam ser evitados e consumidos esporadicamente. Ela explica ainda que o foco está, sobretudo, no consumo diário e constante de alimentos tão inflamatórios e tão prejudiciais à saúde.
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado discutiu, em audiência pública, no mês de agosto, a reforma tributária como oportunidade para estimular o consumo de produtos saudáveis e sustentáveis. A criação de um imposto seletivo sobre produtos considerados prejudiciais à saúde, como cigarro, bebidas alcoólicas e alimentos ultraprocessados está prevista na proposta da reforma (PEC 110/2019), em análise no Senado.
Outro ponto da reforma é a isenção tributária nos produtos da cesta básica e alimentos orgânicos, o que tornaria as opções mais saudáveis também mais acessíveis.
Para Elisa Lobo, apenas aumentar a tributação desses alimentos não é a melhor saída. Ela considera que, se os consumidores não tiverem consciência, aumentar o preço pode piorar outro aspecto da vida delas, que é o econômico. “O que importa de verdade é a conscientização. Quanto mais a população se conscientiza, mais ela pode escolher de forma saudável. A comida de verdade, que deveria ser nossa base alimentar, pode sim ser acessível. Consumir verdura, legume, fruta, ovos, é uma opção possível e não apenas os industrializados”, afirma.
 

Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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