25/09/2023 às 16h03min - Atualizada em 26/09/2023 às 00h08min

Realismo Fantástico marca a estreia de Monstros Marinhos da Cia Dos Imaginários

Primeiro espetáculo do grupo com toda a parte sonora ao vivo, cantada e executada pelos atores

Da Redação
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Anita Prades

Com uma encenação que mira o realismo fantástico permeada pela tragédia do submarino nuclear Kursk, a Cia dos Imaginários conta a história de uma família russa em Monstros Marinhos que estreia no dia 28 de setembro e vai até 22 de outubro no Teatro Cacilda Becker. As sessões são gratuitas e acontecem sempre quinta, sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h. A dramaturgia e a direção são de René Piazentin e a direção musical é de Renata Grazzini. O projeto conta com o Prêmio Zé Renato de Apoio ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

Na trama, uma menina narra a história da sua família a partir de memórias fantásticas: uma avó que diminui de tamanho, um pai invisível, uma mãe que recolhe garrafas com mensagens do mar, um irmão sempre trancado no quarto, amigas imaginárias, fantasmas e um escafandrista. Enquanto isso, um documentário sobre um submarino russo naufragado passa sem parar na televisão.

“A história do naufrágio do submarino sempre me intrigou. Aquelas pessoas confinadas na água, esperando um socorro que não chegou. Um tripulante foi encontrado com bilhetes como uma espécie de diário com várias mensagens. Essa história serve como pano de fundo desta família que assiste ao documentário. O realismo fantástico guia o espetáculo por meio de um olhar ingênuo de uma criança que aos poucos vai trazendo mais camadas”, conta Piazentin.

O elenco é formado por Aline Baba, Anita Prades, Ariel Rodrigues, Fernanda Gama, Giovana Telles, Leandro Galor, Mateus Pigari e Renata Grazzini. A montagem é o primeiro espetáculo do grupo com toda a parte sonora ao vivo. As canções tradicionais e militares russas são cantadas pelos atores com apoio de instrumentos simples como uma sanfona infantil, um violão e garrafas sopradas.

O espaço da encenação é um quadrado delimitado por luz de chão e um tapete azul, remetendo a um aquário gigante, vazio, onde imagens nascem e morrem a todo momento. Sobre ele, o sofá onde a família se reúne, a cadeira usada pelo Irmão para constantemente observar a rua da janela, um televisor que por vezes se confunde com a própria figura do pai e a caixa da Avó, onde ela passa a morar depois de diminuir. Toda a dinâmica da encenação também traz um visual fantasmagórico por meio dos figurinos e disposição dos elementos em cena.

Em Monstros Marinhos, a dramaturgia e a direção andam juntas. “A conclusão do texto  vira um processo que é ditado por meio da direção. Muitas cenas são criadas ou transformadas ao longo do processo, a sala de ensaio alimenta diretamente a escrita. Essa é a primeira produção da cia presencial após a pandemia”, enfatiza o diretor.


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