22/09/2023 às 10h51min - Atualizada em 23/09/2023 às 00h08min

Empresário caxiense que instalou complexo de energia em aldeia indígena no Acre lança documentário “Voz & Energia”

Objetivo é multiplicar projeto para auxiliar outras comunidades do Brasil

Maiara Bachi
Antonio Valiente

Mais de 4 mil quilômetros de distância e uma sintonia tão próxima a ponto de unir o empresário gaúcho Felipe Vaccari, 29 anos, e a aldeia sagrada do povo Yawanawa. O território indígena é localizado em meio à Amazônia acreana, quase na fronteira com o Peru. O cenário por si só já é próprio de um resgate por novas experiências existenciais, mas Vaccari aproveitou para unir isso à concretização de um projeto sustentável que marcou história neste ano.

Desde que Vaccari, proprietário da empresa Engiture, instalou um complexo de energia renovável na aldeia em fevereiro, a ideia de expandir o projeto tornou-se meta. É por isso que o documentário “Voz & Energia” lançado em setembro com o objetivo de atingir o maior número de pessoas possível. 

A narrativa da produção audiovisual mescla a história de autoconhecimento vivida por Vaccari com a ação em prol de um planeta sustentável após ele decidir custear a instalação de um complexo de energia renovável na aldeia. A decisão aconteceu após inúmeras tentativas de apoio de outras empresas, todas sem sucesso. Contar essa história em “Voz & Energia” é uma das apostas de Vaccari para atrair empresas que também se engajem na ideia e façam multiplicar um projeto que já é realidade. Contado em cerca de 40 minutos, o documentário recebe os créditos do diretor Andrei Castanha, dos diretores de fotografia Gabriela Demore e Antonio Valiente, com o precioso depoimento dos povos originários presentes na localidade.

A experiência profunda vivida por Vaccari é narrada no documentário que funde compreensão espiritual com engenharia, tecnologia e natureza. A autodescoberta e a vontade de melhorar o planeta moveram o empresário, que mira na sustentabilidade e na qualidade de vida, promovida por energias renováveis. O documentário estará disponível gratuitamente no site.

Livro digital para viabilizar novos projetos

Além da iniciativa de lançar este registro audiovisual, Vaccari e sua equipe trabalham no fechamento de um livro digital que conta a história do projeto. A obra será vendida para que o valor arrecadado seja destinado a futuros projetos, ou seja, com o intuito de motivar a implantação de mais complexos de energia que deverão ser instalados Brasil afora. 

Três voos, estradas e horas de barco

Para Vaccari chegar à aldeia Yawanawa, foram necessários deslocamentos aéreos, terrestres e marítimos. Saindo da sua cidade, Caxias do Sul (RS), são cerca de duas horas por estrada até Porto Alegre (RS). Na capital gaúcha, o primeiro voo é realizado com destino a Brasília. De lá, o destino é a capital do Acre, Rio Branco, de onde ele embarcou para Cruzeiro do Sul (AC). A partir da cidade, são mais três horas de deslocamento terrestre até a ponte São Vicente, localizada próximo ao município de Tarauacá, onde um barco que sobe o rio Gregório leva os passageiros por cerca de 10 horas até a aldeia sagrada do povo Yawanawa - localizada no extremo noroeste do Brasil, próxima à fronteira com o Peru, em meio a floresta amazônica. Atualmente, cerca de 100 indígenas vivem na aldeia, mas em alguns períodos pode contar com mais moradores.

Quatro toneladas de equipamentos transportados

Se o roteiro já é um desafio para o deslocamento de pessoas, imagine para uma bagagem de 4 toneladas. Foram 200 peças que compõem o complexo deslocadas a partir de Caxias do Sul até a aldeia. Para que isso fosse realidade, Vaccari alugou uma fazenda próxima ao rio Gregório e enviou as placas que integram o local via balsa.

De acordo com Vaccari, o impacto social é o combustível que o levou a tomar todas as decisões que envolveram o projeto. “O impacto social de alimentar a aldeia toda com energia para refrigerar o alimento, para que eles produzam seu artesanato e vivenciem todas utilidades da vida cotidiana com qualidade é impagável”, diz. 

Antes disso, a comunidade utilizava energia elétrica por meio de geradores movidos a gasolina. Esse formato representava 40% do custo de vida do grupo.
 

Ficha técnica

Diretor: Andrei J Castanha

Roteirista: Fernando Portela 

Produção Executiva: Felipe Vaccari 

Câmera 1: Gabriela Demore

Câmera 2: Andrei Castanha

Imagens de Drone: Antonio Valiente

Som direto: Gabriela Demore 

Montagem e Finalização: Júnior Bazzo e Jorge Rosseto 

Trilha sonora original: Povo Yawanawá

Mixagem de som e Trilha Sonora: Guilherme Kuhn

Legendas: Carolina Zucolotto


Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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