12/09/2023 às 18h09min - Atualizada em 14/09/2023 às 12h00min

Gaúchos trocam investimentos ultraconservadores, mas não deixam a renda fixa

Levantamento do Santander Brasil no Rio Grande do Sul mostra que CDBs, LCIs, LCAs e LIGs cresceram 17% no primeiro semestre deste ano em relação a 2022, enquanto poupança e fundos DI perderam espaço

Silvia Dias da Costa
Divulgação
Investimentos ultraconservadores perderam espaço na carteira dos aplicadores gaúchos neste primeiro semestre do ano. Levantamento realizado pelo Santander Brasil no Rio Grande do Sul mostra que fundos DI e até a poupança cederam espaço para opções como Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs). O estudo compara os investimentos realizados pelos clientes entre janeiro e junho de 2023 ante o mesmo período do ano passado. Os números acompanham o cenário nacional que registrou movimento similar.

No Rio Grande do Sul, a renda fixa – que engloba CDBs, LCI, LCA e LIGs – foi a categoria que mais cresceu no período: 17%, saltando de 39,54% do total da carteira dos investidores no primeiro semestre de 2022 para 46,19%, de janeiro a junho de 2023. Outra categoria que também registrou crescimento entre os gaúchos, no mesmo período, foram os Certificados de Operações Estruturadas (COEs), que avançaram 25% em 12 meses, ainda que sua representatividade seja bem menor que a da renda fixa: quase 4% do portfólio ao fim de junho deste ano.

“Os dados revelam maturidade dos investidores dispostos a correr um pouco mais de risco – além de uma menor liquidez – em troca de maiores retornos. Tudo isso sem renunciar à segurança oferecida pela Selic ainda em patamares bastante altos”, afirma Leonardo Siqueira, head de Investimentos do Santander Brasil.

Outros investimentos mais conservadores também ficaram menos atrativos aos olhos dos investidores gaúchos, entre eles fundos de renda fixa, incluindo os fundos DI: os aportes recuaram 17%. Outras categorias que registram queda foram os fundos multimercados, crédito privado e cambiais, que passaram de 9,50% para 6,60% do total do portfólio; fundos de renda variável, que recuaram de 1,90% para 1,10% do total; previdência, de 28,48% para 27,62%; além dos ativos de crédito privado de 1,20% para 0,89%; e ações, ETFs e fundos imobiliários, cuja participação na carteira caiu de 1,90% para 1,02%. Os investimentos no Tesouro Direto se mantiveram estáveis no período, sem oscilação no índice.
 
Até a caderneta de poupança, considerada o investimento preferido dos brasileiros, perdeu espaço, passando de 18,80% do total do portfólio em junho de 2022 para 17,58% em junho deste ano. Uma queda de 7%.
 

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