freepikEm julho, é celebrado o Dia Internacional da Moda Consciente, um movimento que busca entender como os consumidores compram roupas, considerando tanto a produção quanto o consumo de forma reflexiva. Esse movimento incentiva os clientes a questionarem as marcas sobre suas práticas e quem está envolvido na fabricação das roupas.
De acordo com dados da organização sem fins lucrativos Akatu, que promove a conscientização sobre o consumo responsável, mais de 50 milhões de brasileiros são consumidores engajados e conscientes. Outra pesquisa do Instituto Akatu e GlobeScan, chamada "Vida Saudável Sustentável 2021", mostra que 86% dos brasileiros desejam reduzir seu impacto ambiental individual, enquanto a média mundial é de 73%.
A estilista e influenciadora ítalo-brasileira Anne Garcia destaca que a tendência é que os consumidores estejam cada vez mais atentos ao impacto ambiental e social das marcas que apoiam. Ela ressalta a demanda por transparência, práticas sustentáveis e condições de trabalho justas, motivando as marcas a repensarem seus hábitos para atender às expectativas e evitar práticas prejudiciais, como o trabalho análogo à escravidão.
A colaboração entre as marcas da indústria da moda e as organizações de proteção ambiental é considerada essencial para a preservação do meio ambiente. A expertise em design e sustentabilidade pode impulsionar práticas de negócios mais ecológicas e conscientes. A mídia também tem um papel importante na promoção da moda consciente, educando o público sobre os impactos ambientais e sociais do consumo irresponsável.
O consumo da moda consciente pelo mundo
Comparando o consumo consciente entre a Europa e o Brasil, Anne Garcia menciona que países europeus como Dinamarca e Suécia lideram a mudança para uma economia circular e são conhecidos por suas práticas sustentáveis. Enquanto isso, o Brasil enfrenta desafios socioeconômicos, como a falta de infraestrutura e regulamentação para práticas sustentáveis, o que resulta em um movimento de consumo consciente mais lento em comparação com a Europa.
Dicas para adotar uma moda responsável e sustentável
A estilista apresenta algumas dicas para adotar uma moda responsável e sustentável. O conceito de "slow fashion" ganhou destaque, incentivando alternativas conscientes e sustentáveis para o consumo de roupas. Dentre as dicas estão reutilizar e reinventar roupas de diversas maneiras, fazer upcycling para criar peças novas ou personalizar itens existentes, trocar roupas com amigos e familiares e comprar em brechós para prolongar a vida útil das roupas e reduzir o impacto ambiental.
Adotar uma abordagem de "cápsula" para o vestuário, com um número limitado de peças versáteis, também é recomendado pela estilista Anne Garcia. Antes de comprar, é importante questionar se realmente precisa do item em questão.
Concluindo, adotar práticas de consumo consciente não apenas mantém as pessoas na moda, mas também contribui para um mundo melhor, para as próximas gerações e, principalmente, para a preservação da natureza.
Sobre Anne Garcia
Anne Garcia é uma empresária ítalo-brasileira, estilista e influenciadora, divide a vida entre a Itália e o Brasil por conta de seus diversos empreendimentos. Anne morou na Itália por mais de 15 anos, onde adquiriu conhecimento e experiência em moda. Em Roma, Anne estudou moda e aprendeu técnicas handmade (confecção de peças artesanais), onde despertou sua paixão pelo setor. Em 2013, lançou sua linha de biquínis de luxo com detalhes em ouro e diamantes, para a alta sociedade italiana e árabe. Atualmente, na Itália, possui uma produtora de filmes independentes chamada PONNTO PRODUCTION. Considerado um dos pilares de seus negócios, Anne Garcia visa atender seu público com dicas sobre sustentabilidade e preservação do meio ambiente no mundo da moda. Além disso, a empresária planeja lançar coleções que possam ajudar a natureza ao longo dos anos e também para o público LGBTI+.
