14/07/2023 às 08h15min - Atualizada em 14/07/2023 às 16h06min

Escola Lumiar adota Praça Ida Trilli em Santos

A iniciativa da escola tem um componente nostálgico, a praça foi palco dos primeiros encontros das famílias fundadoras da Lumiar Santos

Bartira Betini
 

A adoção de praças públicas é um ato de responsabilidade social e de cidadania para preservar áreas verdes e oferecer espaços de convívio aos moradores. Na cidade de São Paulo, 1.042 praças estão adotadas este ano, o que representa 17% do total de espaços disponíveis para adoção na cidade, de 6.224 áreas, dentro do Programa Adote uma Praça, segundo a administração municipal. Em Santos, o Projeto Cidade Verde tinha 30 espaços públicos adotados até o ano passado e este ano disponibilizou 39 novas áreas verdes para serem cuidadas pela iniciativa privada. 

 

Um desses espaços, a Praça Ida Trilli, na Ponta da Praia, foi adotada pela Escola Lumiar pelos próximos três anos. A iniciativa da escola tem um componente nostálgico, a praça foi palco dos primeiros encontros das famílias fundadoras da Lumiar Santos. Segundo a diretora da escola, Karla Lacerda, no local nasceu o olhar cuidadoso, responsável e afetivo com o verde e as primeiras relações com os moradores do bairro. A educadora da Lumiar, Mariana Santos, comenta que a escola já tinha uma comissão de estudantes dedicada à praça. 

 

“Nossos estudantes amam a praça e agora poderão cuidar dela, além de brincar e realizar projetos”, diz Mariana. A escola é responsável pela manutenção e limpeza do local, com acompanhamento de engenheiro agrônomo, mantendo as características do paisagismo ou propondo revitalização, desde que haja concordância do poder público. Em contrapartida, a Prefeitura autoriza o uso pedagógico da área pública e instala uma placa sobre a adoção. 

 

A Praça Ida Trilli é bastante frequentada pelos moradores do entorno e ponto de encontro para diferentes idades, tem muito verde e um parque para as crianças. “A adoção do espaço pela Lumiar promove união com a comunidade para cuidar da área verde, dos pássaros e das relações humanas. Brincar, preservar e construir novas relações serão alguns dos objetivos dos estudantes”, afirma a educadora.

 

Mariana aponta que a escola é um lugar importante e muitas vezes determinante para o desenvolvimento dos estudantes, onde eles constroem conhecimentos, habilidades e valores que irão influenciar suas escolhas de vida no presente e no futuro. Mas ela afirma que é preciso olhar para além dos muros e atuar de forma responsável e autoral com o território.

 

“A escola que assume o território como campo de pesquisa, currículo e lugar de estudo se aproxima dos arredores, das praças e das pessoas que fazem parte da cultura local, possibilitando a ampliação dos espaços educativos ocupados por afetos. É preciso dar sentido ao aprender e estabelecer um diálogo permanentemente com o contexto de vida dos estudantes. O fazer é o melhor caminho para o saber”, alega Mariana. Ela defende que quando os estudantes se comprometem com o território, constroem sua trajetória com democracia e se tornam protagonistas de suas aprendizagens.

 

Karla Lacerda explica que a responsabilidade vem com o gosto do saber, do agir e do transformar. A escola e o território são partes da comunidade e, quando juntas, ajudam a criar um ambiente mais favorável para a educação inovadora, com aprendizado relevante, significativo e transformador, alega. Ao mesmo tempo, todo o território se beneficia da parceria na formação de cidadãos mais conscientes e atuantes, com atividades culturais, artísticas, esportivas, de preservação e estudos ambientais.


 
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