07/07/2023 às 10h23min - Atualizada em 07/07/2023 às 16h08min

SescTV faz homenagem a Zé Celso, dramaturgo criador do Teatro Oficina

SALA DA NOTÍCIA SI Comunicação

O Brasil perdeu hoje o diretor, ator, dramaturgo e encenador brasileiro, José Celso Martinez Corrêa, o “Zé Celso”, aos 87 anos. Em homenagem a ele, o SescTV reuniu uma seleção com sete produções que abordam a trajetória do artista e a história do Teatro Oficina Uzyna Uzona, companhia de teatro criada por ele, que se tornou a maior e uma das mais antigas companhias em atividade no Brasil. Os programas trazem ainda contextos históricos das manifestações artísticas no Brasil ao longo dos anos. Todo conteúdo estará disponível a partir de sexta (7/7) sob demanda em sesctv.org.br
 

Teatro e Circunstância: Paradigmas: T(e)atro Oficina Usyna Uzona

A importância histórica do Teatro Oficina não se prende apenas ao fazer artístico: desdobra-se na discussão sobre o espaço cênico, a arquitetura teatral, além de propostas urbanísticas que levam o teatro para fora da sala de espetáculos. A trajetória do grupo é narrada pelo diretor José Celso Martinez Corrêa, pelo ator e dramaturgo Renato Borghi, pelas atrizes Etty Fraser e Miriam Mehler, pelo ator Pascoal da Conceição e pelo arquiteto Edson Elito. Os entrevistados relembram a história do Oficina desde sua criação, ainda como teatro amador, em 1958. Apenas em 1961 o Oficina se profissionalizaria, com a vinda de atores profissionais, como Etty Fraser e Eugênio Kusnet. A peça A Incubadeira levou prêmios na época. Na época da ditadura militar, peças como O Rei da Vela, de Oswald de Andrade, e Galileu Galilei criticavam o regime e foram duramente censuradas. O programa integra a quinta temporada da série, que tem como tema Paradigmas. 14 anos.

Exibições: Sexta, 7/7, 20h. Sábado, 8/7, 23h30.
 

Teatro e Circunstância: A desconstrução do espaço cênico: Transgressões 

O crítico Jefferson Del Rios narra a mudança dos conceitos pré-estabelecidos na cena teatral a partir da encenação de “O Balcão”, de Jean Genet – que sob a direção do argentino, Vitor García no teatro Ruth Escobar, transformou o espaço cênico incluindo a plateia no cenário. O teatro Oficina, no centro da capital paulista, também faz parte desta história. 12 anos.

Exibições: Sexta, 7/7, 19h. Domingo, 9/7, 20h
 

Temporal: Política do Amor

Neste episódio, as relações amorosas entre diferentes gerações são apresentadas em depoimentos que revelam as dificuldades, afinidades e preconceitos que foram vivenciados por pessoas que optaram por esse tipo de relacionamento. 16 anos.

Exibições: Sexta, 7/7, 22h30.
 

Paulo Autran, o senhor dos palcos

Documentário de Marco Abujamra faz uma homenagem ao ator Paulo Autran, mestre da interpretação que dedicou toda sua vida ao teatro. Momentos importantes de sua carreira e depoimentos de grandes amigos do palco, como Fernanda Montenegro, Zé Celso e Karin Rodrigues - com quem o ator foi casado e foi sua grande companheira de vida e palco.

Exibições: Sábado, 8/7, 19h30
 

100 Anos de Cultura e Conflitos: A Semana de Arte Moderna

Pensadores questionam quem entra ou não na modernidade brasileira, se índios, negros, mulheres e se há um movimento permanente de recuperação, incorporação e revisão desses marcos históricos.  1922 foi o tempo em que os intelectuais estavam querendo romper com as tradições, já estavam alimentados de uma reflexão muito grande e de um tradicionalismo que machucava o Brasil.  Quando pensamos em movimentos como a Greve Geral de 1917, a Marcha dos 18 em Copacabana ou o Movimento Tenentista, 1922 é uma movimentação da sociedade civil muito forte. Para estudiosos do assunto, as décadas de 1910 e 1920 precisam ser repensadas e considerar que 1922 está nesse caldeirão de crítica e apelo por renovação. Livre.

Exibições: Sexta, 7/7, 23h30. Domingo, 9/7, 18h.
 

Tchekov é um Cogumelo

Esta dramaturgia apresenta o resultado da adaptação da peça 'Três Irmãs', de Anton Tchekhov. Gravado no Teatro Anchieta (Sesc Consolação), o espetáculo mistura neurociência, ficção e documentário para abordar os múltiplos ângulos da obra de Tchekhov. A proposta envolve a criação de um haikai, com temas como apatia, caos, esperança e desejo de mudança, em diálogo com o tempo presente. 12 anos.

Exibições: Sábado, 8/7, 21h. Domingo, 9/7, 22h30
 

22 em XXI

Um olhar para a Semana de 22, seus antecedentes e seus realizadores, a partir de entrevistas com historiadores, artistas, filósofos, ativistas, sociólogos e pesquisadores de diversas áreas.

Sexta, 7/7, 21h. Sábado, 8/7, 18h. Domingo, 9/7, 18h30.

 

Sobre o Zé Celso 

José Celso Martinez Corrêa (Araraquara, 30 de março de 1937 – São Paulo, 6 de julho de 2023), conhecido como Zé Celso, foi um diretor, ator, dramaturgo e encenador brasileiro. Interessado em eventos culturais, artísticos e políticos, ele se intercalava entre o cinema e o teatro. Seu trabalho, encarado às vezes como orgiástico e antropofágico, iniciou-se no fim da década de 1950, e se definiu na década de 1960 quando liderou a importante Teatro Oficina − grupo formado quando integrava o Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo − onde apresentava sua inquietude e irreverência, realizando trabalhos de caráter inovador. 

 


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp