27/06/2023 às 15h22min - Atualizada em 28/06/2023 às 04h07min

Estudo indica que 14% dos cães e gatos possuem diabetes

Realizada pela Petlove com 220 pets, pesquisa faz parte do Programa de Cuidados ao Paciente Crônico, projeto piloto da companhia em prol da saúde dos animais

SALA DA NOTÍCIA Luciana Cunha
Foto: Marcelo Krasilcic

Assim como os humanos, cães e gatos também podem sofrer com doenças crônicas que precisam de um acompanhamento veterinário mais próximo, tanto para a remissão dos sintomas decorrentes quanto para o controle dos problemas.  Dentre as enfermidades que mais acometem os pets, um estudo feito com 220 animais pelo Grupo Petlove – maior ecossistema pet do Brasil  – indica que 14% sofrem com diabetes, um mal que exige tratamento adequado e mudanças na rotina alimentar e comportamental tanto para o controle das taxas de glicose bem como a possível remissão da doença nos felinos. Mas, segundo especialistas, muitos tutores ficam tão apreensivos com o diagnóstico de um problema crônico que, às vezes, esquecem das informações recebidas em consulta ou as dúvidas surgem depois.

Para orientar os tutores nestes cuidados com o animal após a descoberta da patologia, a Petlove desenvolveu o Programa de Cuidados ao Paciente Crônico, projeto-piloto inédito na medicina veterinária no Brasil que tem como objetivo auxiliar o dono do cão ou gato a oferecer uma melhor qualidade de vida ao pet e ter uma maior autonomia no gerenciamento de crises da doença crônica, sabendo identificar as complicações graves e conseguindo agir o mais breve possível. Também é abordado o que pode ser esperado da evolução da patologia, deixando o tutor preparado para todas as fases que virão pela frente. Seguindo a legislação atual e atuando via teleorientação conduzida por médicos-veterinários, o serviço tem como inspiração programas semelhantes na medicina humana e na veterinária em outros países e já está disponível para pets cobertos pelos Planos de Saúde da empresa. 

No caso dos cães e gatos que sofrem com a diabetes, o Programa da Petlove atua para levar conhecimento sobre o problema ao tutor, desde o manejo correto da insulina até os sinais de alerta de descompensação. “Ao conhecer detalhes sobre a doença e contar com o apoio da nossa equipe, o tutor consegue implementar medidas simples de controle da diabetes que podem influenciar na estabilidade do pet, como rotina alimentar, prática de exercícios físicos, periodicidade de exames e visitas ao endocrinologista. Saber em detalhes sobre os desafios da enfermidade é estar pronto para eles e acreditamos muito que, especialmente na diabetes, não são só os medicamentos que salvam, mas sim todos os demais cuidados envolvidos no cotidiano do cão e gatos”, explica a médica-veterinária Joana Portin, responsável pelo projeto na Petlove. 

A especialista comenta ainda que as duas complicações mais graves da diabetes, a cetoacidose metabólica e a hipoglicemia, trazem um grande risco de vida para o animal, mas, se identificadas precocemente, podem ser revertidas. Essa orientação direcionada também informa sobre doenças concomitantes que podem surgir tanto pela diabetes - como a cegueira (catarata diabética), cistites recorrentes, infecções recorrentes devido à baixa imunidade, alterações metabólicas como doenças hepáticas e pancreáticas - quanto pela idade avançada do pet. Assim, a equipe veterinária do Programa atua para trazer essa visão mais ampla do problema para que o tutor tenha condições de agir da melhor maneira ao primeiro sinal de alerta. 

No caso específicos dos gatos diabéticos, quando a doença é diagnosticada precocemente e após o tratamento, manejo alimentar e controle da glicemia  adequados, eles podem ter a remissão da diabetes, isto é, pode-se promover o controle até que o pet fique curado, dependendo da gravidade e do estágio do caso. Este é um exemplo da importância deste tipo de projeto, visto que, quanto melhor o tutor estiver informado sobre o problema, maiores são as chances do gato ou do cão apresentarem uma melhor qualidade de vida.

A rotina de acompanhamento do Programa da Petlove é estabelecida já na primeira ligação,de acordo com o quadro atual do pet e sua categoria de risco. Na maioria das vezes, os acompanhamentos são mensais e/ou bimestrais, porém, se o pet apresentar sinais que indiquem alguma condição agravante, a rotina é ajustada e os contatos podem ser feitos semanalmente.

“Entendemos que, além de todo o protocolo terapêutico estabelecido pelo veterinário do pet, é importante que o tutor tenha o suporte para os desafios da doença e é aí que entramos com ações que objetivam esclarecer todas as dúvidas. Orientamos sobre a importância de um acompanhamento periódico com especialista, sobre realização de exames, a identificação de sintomas que possam indicar alguma descompensação da doença e necessidades de ajustes no manejo diário com o animal“, conclui Joana.

 

Como identificar e tratar a diabetes
Para auxiliar na identificação dos primeiros sinais de que o pet pode ter diabetes, a veterinária da Petlove chama a atenção para algumas mudanças no comportamento: 
- aumento na produção de urina;
- maior consumo de água, aparentando ter mais sede;
- emagrecimento;
- respiração ofegante;
- vômitos;
- falta de apetite (o que evidencia a doença mais avançada);
- especificamente nos gatos, o “andar plantígrado”, que é quando os felinos caminham encostando o calcanhar no chão, um sintoma que aparece em estágios mais avançados.

Caso o tutor note tais mudanças, a orientação é procurar o médico-veterinário o mais breve possível para o diagnóstico correto da doença. 

Após a identificação da diabetes, o tratamento indicado é a aplicação de insulina - que, por padrão, deve ser feita a cada 12 horas - e uma readequação na rotina alimentar do cão e do gato. O recomendado é passar a adotar rações específicas para pets diabéticos sempre que possível, já que elas contêm fibras que ajudam na manutenção da glicose no sangue e melhoram a ação da insulina. Essa alimentação terapêutica é essencial para que esse objetivo seja alcançado e ainda contém carboidratos de baixo índice glicêmico, que ajudam muito na estabilidade da glicose.  

Além disso, é importante evitar oferecer ao pet com diabetes petiscos industrializados a base de farinha, frutas e legumes com muito açúcar (como a cenoura e a beterraba), alimentos gordurosos, carboidratos de alto índice glicêmico como arroz branco, batata inglesa e formulações a base de farinha branca.

Também é fundamental incluir no cotidiano dos cães e gatos exercícios físicos de modo regular, principalmente quando se estabelece uma rotina fixa (alimentação + exercício físico de baixa intensidade sempre no mesmo horário, por exemplo). Essa prática ajuda a manter os níveis de glicose estáveis. 


Sobre o Grupo Petlove
Fundada em 1999, a Petlove iniciou suas atividades como um e-commerce, pioneiro no setor no país, e hoje se consolida como o primeiro ecossistema pet no Brasil. Atualmente, a companhia engloba outras frentes de negócios, como saúde, hospedagem e serviços, sempre focada em oferecer soluções completas para tutores e pets, seja no mundo virtual ou presencial. Com as marcas DogHero, Porto.Pet e Nofaro - que estão sendo integradas à Petlove, em uma marca única – a companhia conecta a jornada do cliente, que pode resolver todas as questões relativas ao pet em um só lugar. A empresa também tem forte atuação no segmento B2B e busca a valorização dos profissionais do setor, com soluções voltadas a médicos veterinários e petshops, empreendedores e pet sitters, fortalecendo todo o ecossistema pet por meio das plataformas de conteúdos técnicos e auxílio ao médico veterinário e de gestão de negócios com as marcas Vet Smart e Vetus, respectivamente.


 
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