De volta do Recife, Caetana brinda São Paulo com a riqueza musical do Nordeste em três shows únicos

Uma experiência musical autêntica, que transcende fronteiras e celebra a diversidade de forma mais vibrante, estreia em São Paulo na voz da cantora e compositora Caetana. Natural de Recife e radicada na capital paulista, ela vem trazer as influências musicais do Nordeste para os agitos paulistanos na turnê Futuro Caetana Afronordestina. As apresentações acontecem nos dias 25, 26 e 27 de maio, no Centro Cultural Afrika, na Casa de Cultura Campo Limpo e no Aparelha Luzia, respectivamente. 
 
“Eu sempre penso muito nas coisas que faço e falo. E pensar nesse show, para mim, foi perceber a maturidade que eu estou recebendo do Sudeste, em corresponder ao carinho e ao respeito que eu celebro com o meu trabalho. Eu tenho trabalhado muito e essa é a fórmula do meu sucesso”, afirma a cantora.
 
Mulher trans, negra e periférica, Caetana tem suas raízes nos variados gêneros musicais e danças típicas do Nordeste, como Coco de Roda, Maracatu, Frevo, Brega Funk, e uma infinidade de outros ritmos cativantes. Em 2020, ela lançou seu primeiro disco solo chamado Afronordestina, com participação de Deize Tigrona. O álbum conta com 13 faixas e dez composições autorais que vão além da sonoridade nordestina para apresentar outros gêneros como funk, hip hop e rap, fruto de seu envolvimento com outras produções de seu interesse.
 
É justamente essa mistura de ritmos e gêneros que levará o público da turnê a uma viagem musical, onde o tradicional e o contemporâneo se encontram. Nessa celebração artística da diversidade, destacam-se as notas e versos de Caetana permeados por suas raízes nordestinas e que trazem à tona a riqueza cultural de sua terra natal, incluindo, ainda, uma das manifestações culturais mais tradicionais da região: o Coco de Roda. 
 
Assim, a turnê será uma oportunidade para testemunhar o encontro marcante entre as influências do Nordeste e o cenário musical de São Paulo sob a autenticidade de Caetana, como um marco no cenário da música e da representatividade. 
 
“Eu expressei e materializei a obra do show, pensando em como sair de uma região musical universal já explorada e muito conhecida para saltar em direção a uma outra ainda em processo de expansão. Por isso, eu trago o Coco de Roda.” E Caetana se preocupou com cada detalhe para a organização de seu show: cada ato, palavra, tom da música, figurino, cenário, entre várias outras questões.
 
Nascida no ano de 1993, a artista atua no universo da arte, cultura e educação desde 2007, quando iniciou sua formação em dança, teatro e música, atuando profissionalmente já em 2011. Ela já realizou mais de 50 shows, entre eles seis festivais em Recife, e tem se destacado positivamente não somente entre o público, mas também entre os críticos musicais. 
 
Originária de uma realidade periférica, Caetana utiliza sua arte como um veículo para transmitir mensagens de empoderamento, resiliência e luta por igualdade. Ela é uma voz representativa e inspiradora para a população trans, negra e periférica, mostrando que a arte tem o poder de unir, transformar e reafirmar a importância da diversidade. Contudo, ela ressalta a dificuldade em alcançar um maior número de pessoas negras e trans na participação de sua turnê pela falta de recursos. “A vida de um artista no Brasil não é fácil, por isso é importante que o público conheça e valorize nosso trabalho, a fim de que eu proporcione mais equidade”, conclui.