23/05/2023 às 11h47min - Atualizada em 23/05/2023 às 20h04min

Joe Welch, a diva da disco music e flashback, mostra que canções nostálgicas voltaram com tudo

Conhecida por sua potência vocal, a cantora se apresenta no Teatro Paiol Cultural, em São Paulo

SALA DA NOTÍCIA Humberto Costa
Duda Morais / Portal Pepper
Talento. Substantivo masculino que atualmente está escasso no mercado musical, porém, existem artistas talentosos que sobrevivem à nova era intitulada – viral. E como sabemos, os vírus não são benéficos para a saúde humana, que dirá intelectualmente. Na contramão surge Joecyl Welch Delcaton Zago Guimarães, atriz e cantora, da região de Campinas, interior de São Paulo. Com a música entrelaçada em suas veias, a garota sonhadora se transforma em Joe Welch e com determinação e garra ganha o título de “rainha das pistas” por trazer música eletrônica ao vivo para as grandes casas de show nacionais.

Com tanto domínio de palco, Joe Welch traz ao festival Pepper Music, no Teatro Paiol Cultural, em São Paulo, no dia 25 de maio, o melhor do flashback, dance music e trilhas sonoras que marcaram uma geração – prepare-se – a nostalgia está no ar. “Acredito que seja um show muito esperado por ser recheado de hits, divas, temas de filmes e novelas. As pessoas irão voltar no tempo e reviver bons momentos. A nostalgia vai imperar e quem sentir vontade de levantar e dançar, vai fazer isso, pois esse show vai ser pé no peito”, comenta a cantora.

Após deixar a carreira de atriz de teatro infantil, em 1995, Joe Welch se torna cantora profissional e integra o duo de ópera dance – Doo-Dad, parceria com Fernando Zuben. Nascida em família de músicos, onde a mãe era pianista e cantora lírica, o pai cantor e seu avô era presidente da banda Carlos Gomes, era inevitável seu destino ser diferente. “Desde pequena ouvi as divas pretas americanas do jazz e disco music, não tinha como sair desse cenário, até tentei. Sou formada em enfermagem e veterinária, mas a música é uma lady que me possui”, relembra.

A cantora ficou conhecida ao integrar a banda do Domingão do Faustão, por quase três anos, fazendo com que seu talento fosse notado em rede nacional. Dona de uma voz potente e marcante, Joe era figurinha carimbada nas principais casas noturnas de São Paulo, seu estilo próprio atraia os olhares da plateia – “Acredito que tivemos um diferencial. O estilo de fazer house music (música eletrônica) ao vivo, na época era diferente e inusitado. E honro meu sangue negro e a pegada pé no peito, que, no Brasil, acaba assustando, pelo lado bom ou ruim, eu dei sorte”, diz.
 

Após um momento pandêmico avassalador, Joe Welch observou que as pessoas sentem saudades da juventude, bailes, coreografias – com isso, mergulhou no universo do flashback e da disco music trazendo o público aos tempos áureos novamente. “’Os ‘vintages’, esse público que curtiu a época áurea do flashback ainda continua com essa realidade na veia. Somos quarentões, mas ainda estamos na ativa. As pessoas querem ver visceralidade nas apresentações. Querem ouvir o sucesso que as remetem a um tempo bom que não vai voltar mais, mas ouvir uma verdade em forma de vocal, que as tocam, que as puxam pra cima, que as incitam a dançar e cantar, que as arrepiam, é o que mais pesa”, adianta a cantora sobre o que o público pode esperar em sua apresentação.

Com vários singles lançados e um álbum na carreira, intitulado “Simples”, a artista emplacou nas principais rádios os hits “Lollipop” “I Get it All”, fazendo com que explodisse nas pistas de dança, onde várias artistas da noite dublavam e “batiam o cabelo” ao som da “rainha das pistas” – Joe Welch acabava de cativar o público LGBTQIA+. Para sua apresentação no festival Pepper Music, a cantora conta com a sua banda completa formada por Junior Kain, Thiago Guerra, Janaina Zuba, Joel Correia e Fernando Madeira. E para o segundo semestre deste ano a cantora adianta – “logo mais teremos algumas regravações, parcerias e single novo”.

Assim como inúmeros profissionais do setor musical, Joe Welch sente o descaso quando o assunto é música de qualidade, ao quais as gravadoras visam a lucratividade sem se preocupar com o que realmente importa – qualidade. “O mercado está se perdendo e estão empurrando muita porcaria. Sei que sempre foi assim, mas agora está inacreditável, é tudo descartável. Uma música não dura três meses, viraliza e se torna meme, agora uma música de qualidade, não viraliza, a não ser que venha acrescida de milhões de reais investidos, e ainda assim músicas de pouca nota, cheia de besteiras na letra e dancinhas. Acho que vou virar uma velha chata [risos]”, desabafa.

“O mercado musical está nos enfiando goela abaixo porcarias intermináveis. Atualmente, existem famosos e poucos artistas no mercado. Hoje você pode arrotar no microfone que eles arrumam e sai um agudo limpo e com direito a um vibrato no fim. É o fim do mundo! É muita gente que rouba espaço de profissionais de verdade – é revoltante. Isso existia no passado, mas era diferente e escasso, hoje em dia está escancarado. Já dizia um antigo amigo meu, o meu querido Caçulinha: “é de bosta que o povo gosta – doa a quem doer”, finaliza.

SERVIÇO
Pepper Music – Joe Welch
Onde: Teatro Paiol Cultural
Endereço: Rua Amaral Gurgel, 164, Vila Buarque, Centro – São Paulo
Quando: 25 de maio
Horário: 20h
Quanto: R$ 70 (inteira) R$ 35 (meia)
Classificação etária: 12 anos
Duração: 90 minutos
Informações: (11) 2364-5671
Ingressos: através do site
Estacionamento conveniado com o Teatro Paiol Cultural – Rua Marquês de Itu, 401, Vila Buarque, Centro, São Paulo – Valor único: R$ 20
Acessibilidade
 
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