22/05/2023 às 13h15min - Atualizada em 22/05/2023 às 18h02min

Cresce o número de obesos no país e estudo mostra que vacina da covid-19 tem menor tempo de eficácia nesse público

Obesidade atinge 6,7 milhões de pessoas no Brasil

SALA DA NOTÍCIA PAULA BATISTA
Pixabay
Dados do Ministério da Saúde apontam que a obesidade atinge 6,7 milhões de pessoas no Brasil. O número de pessoas com obesidade mórbida ou índice de massa corporal (IMC) grau III, acima de 40 kg/m², atingiu 863.086 pessoas no ano passado. As informações públicas estão sendo divulgadas pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).
            A obesidade grau I atinge 20% e a obesidade grau II já é 7,7% da população, o que representa 1,6 milhões de pessoas em 2022. Já o sobrepeso atinge atualmente 31% ou 6,72 milhões dos brasileiros que participaram da tabulação do SISVAN. 
            Obesidade é o excesso de peso pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. A obesidade é classificada utilizando o índice de massa corporal (IMC), que é a relação entre o peso corporal e a estatura. Considera-se sobrepeso quando está acima de 25 Kg/m2 e obesidade se o IMC for maior ou igual a 30 Kg/m2. A classificação da obesidade é feita da seguinte forma: Grau I: IMC entre 30 e 34,9; Grau II: IMC entre 35 e 39,9 e Grau III: (obesidade mórbida): IMC acima de 40.
            Outros problemas causados pela obesidade são as comorbidades e, entre elas, a diminuição da eficácia de vacinas, principalmente, a da covid-19, conforme estudo publicado pelas universidades de Cambridge e Edimburgo. Segundo os pesquisadores, as pessoas com alto peso precisam de doses mais frequentes para manter em dia a sua imunidade. O estudo publicado nesta semana, na revista Nature Medicine, mostra que os obesos têm a capacidade de neutralizar o vírus diminuída em tempo inferior do que as de peso normal, além disso, as pessoas com obesidade grave (IMC superior a 40 kg/m²) têm risco 76% maior de resultados graves com a covid-19.
            Dr. Giorgio Baretta, cirurgião do aparelho digestivo e bariátrico do Pilar Hospital em Curitiba (PR) explica que a questão da obesidade vai além das questões estéticas. “A cirurgia bariátrica não só auxilia na perda de peso como salva vidas. Ela é altamente eficaz também para que, sofre com doenças relacionadas à obesidade, as comorbidades, como a hipertensão, problemas cardiovasculares, diabetes e outras, além daqueles pacientes que têm indicativo de desenvolver alguma dessas doenças no futuro”, explica. O especialista comenta que a pandemia mostrou também a hipersensibilidade desses pacientes nos casos de doenças respiratórias. “Ficou demonstrado que os pacientes obesos corriam risco muito superior àqueles com peso normal e agora os estudos mostram que as vacinas duram um tempo menor em relação às demais pessoas. Por isso, é importante resolver o problema da obesidade”, completa.
            A cirurgia bariátrica é indicada quando o paciente já possui um histórico de tratamentos não efetivos que vão desde atividade física, reeducação alimentar e acompanhamento psicológico. “A bariátrica pode começar a ser considerada em um IMC a partir de 35,0, mas, além do peso, é preciso analisar como esse excesso afeta a qualidade de vida do paciente, com doenças como diabetes, pressão alta, colesterol, tromboses e cardiopatias, todas elas podem ser tratadas e controladas com a cirurgia”, explica Dr. Baretta.
            No Pilar Hospital as cirurgias bariátricas são realizadas com o auxílio do robô Da Vinci, que ajuda o cirurgião a realizar movimentos ainda mais precisos, além de procedimentos minimamente invasivos que permitem uma recuperação e saída do hospital em um menor tempo. “Na maior parte dos casos é possível receber alta e ir pra casa em 24 horas, pois as cirurgias são menores, contribui para que o paciente sinta menos dor e perca menos sangue”, completa o especialista.
 
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