18/05/2023 às 10h58min - Atualizada em 19/05/2023 às 06h06min

Fogos de artifício e a saúde pet: como se comportar?

Os problemas ocasionados pelo excesso de barulho não devem ser menosprezados; como o tutor pode se comportar?

SALA DA NOTÍCIA Ketheleen Oliveira
https://dogphones.com.br/
Por Dr. Pedro Mancini, MV, MSc* 
 
Cuidar e preservar a saúde dos pets é um hábito comum entre os tutores. Poucas coisas são tão agonizantes quanto ver nossos bichinhos em condições ruins, isso é fato. E para quem vive em centros urbanos, a poluição sonora surge como um dos grandes vilões da harmonia e a boa vivência dos animais.
 
Hoje, infelizmente, o exemplo dos fogos de artifício se mostra bastante presente, enquanto um fator característico de metrópoles brasileiras. Sejam motivados por partidas de futebol, eventos de alta relevância ou feriados nacionais, é praticamente impossível se livrar dos barulhos provocados por essa prática tão disseminada entre a população.
 
Não por acaso, o assunto é polêmico e tem movimentado lideranças públicas no intuito de inibir o estouro de fogos de artifício. Mas a realidade é que eles existem e, sob a perspectiva de tutores e especialistas veterinários, a preocupação maior é garantir que os animais não saiam prejudicados, especialmente se considerarmos a fragilidade auditiva que eles possuem.
 
Os riscos são persistentes e desafiam tutores
Antes de tudo, é importante reconhecer que os danos provocados por fogos de artifício ao bem-estar dos pets são variados, o que torna o assunto ainda mais complexo. No caso dos cães, que compartilham uma audição extremamente sensível, os problemas passam pela esfera física e psicológica, com ataques de pânico, ansiedade excessiva, tremedeira, perda de apetite, entre outros sintomas nocivos à qualidade de vida dos bichinhos.
 
Se não tratadas com a devida atenção, consequências como as citadas anteriormente podem se tornar mais críticas, causando, por exemplo, vômitos, diarreia e até mesmo ataques cardíacos, em quadros de gravidade elevada. Sem dúvidas, todo cuidado é pouco.
 
Afinal, o que fazer?
Frente ao desejo de proteger os pets a qualquer custo, em muitos casos, os tutores acabam cedendo a medidas de baixa efetividade, que não apresentam os resultados desejados. Na internet, é possível encontrar uma lista de conselhos e ações para minimizar o impacto da poluição sonora, mas em todas as hipóteses, é sempre recomendável adotar uma postura de criticidade, com foco em alternativas realmente positivas, de excelência comprovada e reconhecida pelo setor veterinário.
 
Claro, vale mencionar que, quando o sintoma já está sendo identificado pelo tutor, após uma situação de crise causada por barulhos estonteantes, a procura por profissionais veterinários especializados é o ideal, para que o tratamento mais adequado seja encaminhado, a fim de evitar que condições ruins acabem agravadas. É preciso estar de olho e atento aos sinais.
 
Como diz o ditado, prevenir é melhor que remediar. Aqui, essa premissa também se faz valer. Existem fones de ouvido desenvolvidos justamente para proteger a audição canina de sons comuns no dia a dia - inclusive os de fogos de artifício. Para os cachorros, além de uma proteção a mais, esses produtos representam uma forma confortável, moderna e verdadeiramente eficaz de mitigar riscos sonoros e preservar a saúde de quem está à mercê de perigos que fogem do nosso controle.
 
*Dr. Pedro Mancini é CEO da DogPhones, startup que utiliza a tecnologia para desenvolver fones de ouvido para pets. Médico veterinário pela Universidade de Marília, é Mestre em oftalmologia pela USP.

 
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