Mês da Mulher: vamos falar sobre menopausa?

Especialista explica como manter a qualidade de vida nesta fase de mudanças para as mulheres

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A menopausa é uma fase da vida da mulher em que ocorre a interrupção natural e definitiva do ciclo menstrual. Em geral, ela começa entre os 45 e 55 anos. Entretanto, por diversos fatores, a menopausa pode acontecer precocemente, antes dos 40 anos.
“Traumas no hipófise, mulheres que tiveram puberdade precoce, ou seja iniciaram o ciclo menstrual antes dos oito anos, desordem hormonal após a gestação, tabagismo, doenças autoimunes também podem adiantar a menopausa”, ressalta a farmacêutica e especialista em fitoterapia Suzan Nunes. Ela conta que um estudo da Universidade de Leeds, realizado no Reino Unido com 914 mulheres britânicas, sugere que uma alimentação rica em carboidratos pode adiantar em um ano e meio a chegada da menopausa.
Os principais sintomas    
Os sintomas da menopausa são fogachos (ondas de calor) noturno e/ou diurno, oscilações de humor, irregularidade do ciclo menstrual, falta de lubrificação vaginal e oscilações de libido. “Tudo isso acontece pelos baixos níveis de estrogênios e progesterona, que são consequências de um ovário que entrou em falência pela perda dos folículos, que são as células germinativas das mulheres”, explica.
De acordo com a especialista, devido à falta de lubrificação vaginal, também podem ocorrer manifestações urogenitais, como as infecções urinárias de repetição, dificuldade de esvaziar a bexiga e incontinência urinária. “Outras consequências são os sintomas psíquicos, decorrentes da supressão da monoamina oxidase, a MAO, uma enzima produzida pelo intestino que degrada algumas aminas, como serotonina, dopamina, epinefrina e norepinefrina, que são responsáveis por fome, saciedade e humor”, afirma a especialista.
“O desequilíbrio do bioma intestinal também acarreta diminuição de absorção de aminoácidos, vitaminas e minerais, o que prejudica o viço do cabelo e pele, altera a massa magra e depósitos de gordura corporal e também o funcionamento do intestino em geral”, acrescenta. Na fase da menopausa, a absorção e remodelação óssea também é reduzida. Isso ocorre, segundo a especialista, porque a queda nos níveis de estrógenos prejudica a transformação da vitamina D inativa em vitamina D de forma ativa, podendo acarretar osteopenia e osteoporose.
Boas notícias
Apesar de tudo isso, temos uma boa notícia para as mulheres que se cuidam: os sintomas podem ser adiados ou nem se manifestarem.  “Suplementos fitoterápicos como Amora, Dong quai, Red clover, Isoflavona de soja, Feno Greco (testofen), Mucuna, Bacopa Monnieri são exemplos de “fito-hormônios”, substancias extraidas das plantas que minimizam o efeitos dos hormônios naturais. Com uma dieta equilibrada, sem excesso de açúcares, atividade física regular e acompanhamento do seu ginecologista, para checar se é necessário fazer a reposição hormonal, você pode ter a diminuição dos sintomas e até mesmo ausência deles”, destaca.
 Segundo a farmacêutica, nos quatro primeiros anos da menopausa, a mulher perde de 25% a 30% da matriz de colágeno. “Por isso, é necessária a suplementação do colágeno hidroxilado associado ao silicio orgânico e vitamina C. Sem esses elementos não conseguimos o aproveitamento total da suplementação de colágeno. Para a manutenção da qualidade de vida na menopausa, também é indicado um reforço da suplementação de vitamina D, magnésio, cálcio, vitamina E, óleos ricos em HDL, que é o bom colesterol, pois mesmo que consumidos na dieta não são suficientemente absorbidos pelo intestino.  “Porém, antes de qualquer coisa, é necessário elencar junto ao seu profissional da saúde, os fitoquimicos mais necessários no seu caso para estabelecer a dosagem ideal para a sua saúde, de acordo com os sintomas apresentados”, recomenda.
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